Jornal Correio Popular: Nome Completo, idade, você é casado? Tem filhos?
Wilson Leite: Francisco Wilson Leite da Silva, 36
anos, Técnico em Informática, casado com Irisnete Galeno (13 anos), pai de
quatro meninas: Ariane, Thamires, as gêmeas Lailla e Rayara.
Jornal Correio Popular: como você iniciou na carreira política?
Wilson Leite: Já na escola participava da vida
política, disputamos alguns cargos estudantis e já militávamos no movimento
estudantil da cidade, ocasião que participamos do congresso da UBES-União
Brasileira dos Estudantes Secundaristas, juntamente com o atual vereador Carlos
Hermes, André Santos dirigente do PT e Cleumir Leal realizado em Juiz de
Fora/MG em 1996.
Em 2005, ajudamos a
reunir assinaturas para a construção do PSOL em imperatriz e nos filiamos
cumprindo algumas tarefas partidárias como direção da sigla e candidato
representando o projeto do partido.
Jornal Correio Popular: ao longo de todo esse tempo, quais os
acontecimentos você destaca como os mais importantes de sua carreira?
Wilson Leite: Não considero minha militância
política como uma “carreira”, costumo afirmar que não podemos ficar nos
sustentando no que fomos no passado, é preciso que esse passado seja reafirmado
dia a dia para que tenha coerência. Acho que toda a caminhada de militância foi
importante, pois dentro das siglas partidárias tínhamos muitos militantes com
uma bagagem ideológica e acadêmica muito superior a mim – sou um trabalhador
assalariado com ensino médio -, mas ao contrário eu acabava sempre assumindo as
principais tarefas de figura pública, isso me fez crescer em experiências que
soube aproveitar bem.
Jornal Correio Popular: como foi que você se envolveu no movimento fora VBL?
Wilson Leite: O debate do transporte público
(municipalização) era ponto do nosso programa de governo na campanha de 2012
para prefeito. Quando ficamos sabendo do movimento encabeçado pela juventude
universitária da UFMA isso nos deu uma grande empolgação, pois o movimento
estudantil geralmente era puxado pelos estudantes da UFMA. Vimos os chamados para os apitaços e como é uma luta da classe (trabalhadora e estudantil) como
militante político de esquerda é dever nosso participar, e dar nossa
colaboração acerca dos apontamentos para a solução da questão, pois a nosso ver
não basta tirar a VBL e a concessão permanecer nas mãos da iniciativa privada,
para nós a única saída é a municipalização com a criação de uma empresa pública
de transporte público, garantindo qualidade e pontualidade com passe livre aos
estudantes e aos desempregados. É como diz Che:
“Se você é capaz de
tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então
somos companheiros.”
Jornal Correio Popular: e quais são seus planos para o futuro?
Wilson Leite: O futuro é ver uma sociedade justa,
sem opressão, sem miséria... uma sociedade socialista. Enquanto não alcançamos
esse objetivo estaremos construindo o PSTU em Imperatriz juntamente com os
camaradas do Maranhão. Essa não é uma tarefa fácil, ainda mais com o sentimento
“anti-partido” que ressurgiu com essas mobilizações de junho, a nosso ver um
equívoco, pois os que causaram essas indignações não foram todos os partidos,
foram àqueles que se aliaram ao capital para chegar ao poder com a perspectiva
de torná-lo “humanizado” coisa que nunca existirá, o capitalismo é selvagem e
só constrói barbárie.
Então nossa tarefa
imediata é uma só, construir nossa organização partidária buscando a adesão de
trabalhadores, trabalhadoras, jovens, camponeses, idosos, ou seja, todos àqueles
que tenham como perspectiva de uma revolução socialista, pois é a única saída
para a humanidade.
Jornal Correio Popular: mais alguma coisa que você queira acrescentar?
Wilson Leite: Sem dúvida agradecer o espaço dado
pelo Jornal Correio Popular a um trabalhador e militante de uma partido de
esquerda que luta pela derrubada de um modo de produção hoje hegemônico – o
capitalismo – que destrói os recursos naturais, expulsa indígenas e camponeses
da terra, explora a classe trabalhadora e que sempre estiveram aliados aos
partidos que os representa. E, encerrar com uma frase do camarada Trotsky: “As
Revoluções são impossíveis até que se tornem inevitáveis!”, as mobilizações de
junho reafirmaram isso.
Entrevista concedida via Facebook à jornalista Hyana Reis do Jornal Correio Popular (Edição 695 de 23/07/2013)
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