domingo, 30 de dezembro de 2012

PEÃOZADA DE IMPERATRIZ PASSA A SI VER COMO UMA CATEGORIA


Num momento de aquecimento do ramo da construção civil em Imperatriz, que iniciou a cerca de sete anos, vem criando uma grande massa de trabalhadores – os “peões” da construção civil como são conhecidos -, e, junto com essa “peãozada” vem o surgimento de mais uma categoria que tende a se organizar para reivindicar dos patrões seus direitos e lutar contra eles para conquistar outros.

“[...]Ela produz, antes do mais, o seu próprio coveiro. O seu declínio e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis”. Karl Marx, Manifesto do Partido Comunista 1848.

O mês de dezembro serve como data-base para que a representação sindical monte uma mesa de negociações com o sindicato patronal da categoria para negociações entre índice de aumento de salários, reivindicações de direitos legais, condições de trabalho, benefícios específicos da categoria, etc. Nesse momento, o acordo coletivo determina um acordo entre sindicato dos trabalhadores e do patronato para o período de um ano. Por esse motivo, as negociações são importantes para conquistas da categoria.
Com o aumento do número de operários, fruto da necessidade de mão de obra para tocar os investimentos privados nas construções de edifícios, casas, fábricas, indústrias etc, Imperatriz passa por um momento importante de consolidação de lideranças que podem surgir de dentro da “peãozada”, que se levanta para propor conquistas nunca antes pensadas à categoria na cidade.

É nesse ponto que gostaríamos de destacar: até então os processos de negociação para fechamento do acordo coletivo de trabalho ficava meramente a cargo da direção do sindicato e uma pequena – ou quase inexistente – parcela dos trabalhadores, onde o que era fechado ficava meramente em reajustes salariais que basicamente agradava os empresários, apesar de que para os empresários o melhor seria 0%, mas como isso é impossível, se contentavam na garantia no reajuste do percentual dos índices divulgados pelos institutos que medem a inflação.

O que está acontecendo nessa negociação do Acordo Coletivo de Trabalho da Construção Civil de Imperatriz é bem diferente, basta saber que os trabalhadores já vão para a terceira assembleia geral para discutir as propostas e contrapropostas apresentadas pelos patrões. Ou seja, caso a assembleia não aceite o que foi proposto os trabalhadores iniciarão o ano sem um acordo fechado, passando assim para um acirramento entre os interesses dos trabalhadores e dos patrões. Ouvi de alguns operários que acompanham essa discussão de que pela primeira vez na história da cidade há uma possibilidade de que os trabalhadores da construção civil tenham que usar o direito de greve para forçar conquistas para a categoria, um movimento impensável, até mesmo pelos trabalhadores.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O QUE É ISSO COMPANHEIRO? RATEIO DO FUNDEB SIM OU NÃO?

Ao visitar o site do STEEI me deparei com a seguinte matéria com o título: Fundeb 2012: quem vai pagar a conta?, onde o sindicato demonstra a preocupação para a manutenção do reajuste de vencimentos dos profissionais do ensino devido a não atualização do valor-aluno que é base para determinar o montante do repasse do Fundo de Manutenção de Desenvolvimento da Educação Básica-FUNDEB aos municípios.

Até aqui acompanhamos a preocupação, mais à frente há uma passagem da matéria que nos deixou estarrecido:

“Em reuniões com o secretário de Educação de Imperatriz, o Steei foi informado que há um déficit nos repasses, porém a secretaria não repassou ao sindicato os documentos que comprovem a real situação e se vai haver ou não sobras para que seja feito o rateio, já que o ano ainda não acabou.”

Ora, em gestões anteriores, todo o fim de exercício financeiros víamos a movimentação do sindicato reivindicando que a prefeitura fizesse o repasse em forma de rateio o valor que não foi pago aos professores - que na prática é as sobras dos 60% para pagamento de salários de professores (em efetivo exercício) do montante do FUNDEB repassado às contas da prefeitura, quando isso não ocorre o poder executivo fica na obrigação de “ratear” igualmente o valor que não foi pago durante os 12 meses de salários em forma de um abono, assim fechando o percentual que manda a lei – onde a direção apresentava até o valor que o sindicato reconhecia como sobras, alguns desses valores chegavam até as vias da justiça para obrigação do pagamento. Mas o que estamos vendo na atual gestão é que a decisão de que se haverá sobras ou não vai ficar exclusivamente ao prefeito municipal e secretaria de Educação.

Pelo visto o sindicato não vem acompanhando de forma efetiva as contas dos FUNDEB, que por sinal é consulta aberta via site do banco do Brasil (até o momento da consulta 28.12.2012 o valor acumulado é de R$ 87.394.713,57), dessa forma fica complicado fazer a defesa dos direitos dos trabalhadores da categoria, pelo menos no básico que é o direito de receber seus salários como manda a lei.

Um sindicato forte não pode ser medido em compra de áreas de lazer e ou inauguração de piscinas, sindicato forte está na confiança que os trabalhadores têm em sua representação e além do mais, que essa mesma direção tenha uma reciprocidade junto aos trabalhadores. A direção não pode ficar em nenhum momento na dependência do que diz a gestão municipal nem mesmo de acreditar nos dados que eles venham repassar, é preciso acompanhar com conhecimento técnico, jurídico e de classe os direitos dos trabalhadores.


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O QUE SIGNIFICA A PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL?


Para os menos atentos a disputa pela presidência de uma câmara municipal pode ficar meramente no status junto aos demais vereadores, aos outros entes públicos e aos cidadãos, mas o principal motivo anda longe de ser só isso. 

A presidência representa antes de mais nada a responsabilidade de administrar um “pequeno” orçamento que quer dizer definir contratações/prestadores de serviços, gerenciar folha de pagamento, receber em dobro o valor de subsídio de um vereador comum, decidir sobre liberações como indenizações, reembolso de despesas e outros “agrados” [financeiros] aos seus pares e é nesse último ponto que dá a “força política” necessária ao presidente da Câmara para ter outra influência fora da casa legislativa. 

Os recursos financeiros que são repassados para financiar tudo isso seguem a legislação (Constituição Federal, art. 29; Lei 4.320/64 e Lei Complementar nº 101/2000) que em resumo diz: é obrigatório ao poder executivo repassar ao legislativo um percentual (para Imperatriz é 6%) correspondente à apuração da Receita Corrente Liquida-RCL do município em parcelas (12) mensais. 

Para o poder executivo é essencial ter na presidência alguém de “confiança” que possa vincular os interesses da gestão aos trâmites de aprovação dos projetos de leis do poder executivo e nesse sentido, ter uma diretoria toda atrelada ao executivo é o objetivo do gestor. 

Em Imperatriz esse jogo de acordos entre as presidências da Câmara sempre funcionou a contento, as direções do poder legislativos foram nas suas essências um apêndice do Palácio Renato Cortez Moreira, basta analisar como foi a atuação dos últimos presidentes e suas diretorias. 

Na primeira sessão ordinária em 2013 da câmara haverá a reeleição da manutenção desse atrelamento. Como falamos no parágrafo acima, é bem provável que veremos o atrelamento dos vereadores ditos de “oposição” à ordem da casa, regados com mais ou menos recursos, apesar disso aumentou o número dos que usarão a tribuna para fazer o teatro do discurso inflamado – gabarito para isso têm – vamos aguardar em que isso se reflete na prática dentro da ordem do parlamento burguês. Para exemplificar isso não tem como não citar o não reeleito vereador Edmílson Sanches, que passou 4 anos recebendo dessa estrutura e agora anda cuspindo no prato que comeu, só depois que saiu de lá, será porquê? 

Estamos aguardando alguns dados para escrever um outro post específico sobre questões financeiras administrativas da Câmara, procuraremos demonstrar o quando de dinheiro rola para manter aquela casa de espetáculos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

USUÁRIO DO TRANSPORTE INTERURBANO EMITE NOTA DE REPÚDIO CONTRA VBL

Venho por meio deste documento informal expor minha opinião a respeito da Empresa VBL (Viação Branca do Leste), acreditando não ser uma opinião individual, exponho os descasos e desrespeito que a mesma (VBL) submete os cidadãos das cidades de Amarante do Maranhão, Buritirana, João Lisboa e Senador La Rocque e seus povoados circunvizinhos nos seus deveres como empresa. Faço isso em forma desta nota de REPÚDIO que demonstra claramente minha insatisfação a respeito da empresa VBL.

A mesma que detém, acredito em forma de Licitação, o monopólio de trafego, bem como, de transporte publico na Rodovia Estadual MA-122 que liga a cidade de Imperatriz à de Amarante, não respeitando os brasileiros e brasileiras que dependem de seus serviços por não terem outros meios para se locomoverem. Venho tornar publico alguns dos muitos DESRESPEITOS da empresa para com seus usuários.

Um dos principais é na questão da “logística da empresa”, os horários não funcionam; a taxas cobradas são as mais altas da região (a de Imperatriz a Amarante aumentou substancialmente nos últimos meses); a “empresa amiga dos idosos” mais parece inimiga deles; os ônibus executivos, acredito eu, serem os piores não tendo estrutura nem para as necessidades fisiológicas de seus usuários, isso é um ultraja. No que se refera à estrutura, podemos destacar o funcionamento dos ônibus: é raro o dia em que não se pode ver um ou dois ônibus quebrados nessa estrada (MA-122), as maquinas são umas “bombas ambulantes”.

Assim termino minha fala exclamando aos senhores prefeitos eleitos das cidades acima citadas, que por obséquio lembrem-se dos seus concidadãos na hora de renovar licitações com essa empresa ou com qualquer outra, pois vocês foram eleitos pelo povo e devem governar para o povo e não para empresas que enganam, desrespeitam e desqualificam seus conterrâneos, portanto aos usuários que tem o mínimo de crítica desejo-lhes boa-sorte e fico triste pela omissão, pois enquanto não acontecer uma catástrofe com vítimas fatais nada será feito.
(Vinicius Sousa Silva, Amarantino)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

ELEIÇÕES SINPROESEMMA, VOTAÇÃO INICIA A PARTIR DAS 8HS NESTA QUINTA-FEIRA(13/12)

Acontece durante todo dia de hoje, quinta-feira 13/12, a eleição para a nova diretoria de um dos maiores sindicatos do Maranhão, SINPORESEMMA. Com cerca de 25.000 filiados em 217 municípios o SINPROESEMA após 14 anos sem eleição direta – a direção era eleita em congresso – realizará seu pleito para que os profissionais da educação decidam pela permanência da base da direção que comando o sindicato há 14 anos ou se busca uma nova direção.

Muitas coisas nesse processo estão obscuras, mesmo assim, a oposição montou uma chapa para concorrer contra a máquina sindical que é atrelado ao PcdoB, que tem como prioridade continuar na direção com vistas a ter uma base visando as eleições 2014 do dirigente maior da sigla, Flávio Dino, principal nome apontado par aconcorrer ao cargo de Governador.

A maioria da direção vinculada ao PcdoB que comando o SINPROESEMMA demonstrou em várias ocasiões esse atrelamento aos governos  usando a estrutura sindical para barganhar com governos, rifando os interesses da categoria. Essa eleição pode dar um novo norte, em defesa da categoria, que vem a anos sofrendo duros ataques de governos e tem sua direção apática.

Em Imperatriz, a segunda maior cidade de estado terá apenas 3 seções fixas e nove itinerantes.  É preciso que os trabalhadores tenham interesse e opinar nesse processo, pois no regimento da eleição não há quorum minimo, ou seja, se votar apenas um o processo será homologado.

Segue abaixo algumas informações importantes para o processo:


Urnas fixas em Imperatriz:
SEDE DO SINDICATO, rua Mirador nº 09 - Nova Imperatriz e
CE GRAÇA ARANHA, rua 13 de maio, centro;
CE NASCIMENTO DE MORAIS, rua Leoncio Pires Dourado, Bacuri

Ouça spot da Chapa 2: Resistência, Luta e Mudança

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Por Isac Santos: NATAL E CONSUMO

Com abraços, sorrisos e felicitações, começa e termina um dia para exercer a bondade, o respeito e o amor ao próximo, embora nem o amor ou muito menos a bondade, sejam obras de um dia. É Natal, e a questão fundamental não é decidir sobre a sua controversa origem, se pagã com persas e babilônios, ou cristã com o menino Jesus, uma vez que em determinado sentido, ambas cristãs ou pagãs, coadunam para um mesmo propósito: celebrarem a vida, então a questão não se trata de desnudar a autoria, porém concentra-se em reencontrar o espírito originário e a verdadeira essência, que fez desta data um marco da concórdia; concomitante a essa arremetida do amor humano, avaliar quais as causas históricas que fizeram desta mesma, ponto culminante do consumo compulsivo e, portanto, a ceia particular da publicidade e por sua vez o banquete dos capitalistas.

Em busca da identidade genuína do Natal como podemos ver, encontramos no máximo um conflito de datas, fins e autorias, apesar destas eventuais discordâncias, diga-se de passagem, suscitadas por religiosos e historiadores no intuito de promoverem respectivamente, ou os alicerces da fé cristã, ou a reputação da ciência como infalível, não podemos encontrar nos seus primórdios, nem elemento que o deturpe, nem que o viole, de modo que assim é assegurado sua moralidade, ao contrário do que se possa pensar instantaneamente, constata-se que essa data considerada sagrada, somente tem esse status por precisamente manter, fomentar e promover a paz, a união, o amor e outros tantos sentimentos bons do homem, a exemplo deste primitivo espírito tem-se os três reis Magos que viajaram doze dias para entregarem em Belém seus presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus, numa  das primeiras amostras de que essa data arrebata e humaniza. Se essa data teve como caracterização o respeito, a reciprocidade e o afeto, não podemos falar da sua continuidade histórica com os mesmos termos, adjetivos e admiração, pois em meados do século XVI, Martinho Lutero com um pinheiro, velas e outros enfeites, idealizou a árvore de Natal e também a desconfiança de que tanto suas 95 teses como a sua invenção, foram uma corroboração à burguesia e ao consumo moderno. Século XIX, e na medida em que passou o tempo, desfaleceu o real significado do Natal, não como consequência da memória, contudo em razão dos avanços da propagada e como resultado da exploração comercial deste, a família passiva, entretanto, conservou tangencialmente espírito natalino, surge a era coca cola e com esta a reinvenção da resoluta família, de quebra uma nova imagem para o Papai Noel, pobre São Nicolau, nosso primeiro papai Noel, um bispo do século III; transformado em santo após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele, agora peça publicitária de um produto, carro chefe de uma marca. Século XXI e formação quase final da composição do Natal: ceia de Natal, árvore de Natal, o inestimável Papai Noel, músicas natalinas, o presépio, as decorações, uns abraços e sentimentos adormecidos por um ano inteiro, mas sempre a deixar espaço para o incremento de um novo produto ou para desconfiguração original do mesmo. É Natal novamente e promoções de fim de ano visam aquecer o comércio, vagas de emprego temporário estão disponíveis no comércio varejista, é hora de descartar as quinquilharias, e a questão é, o que tais noticias têm haver com espírito natalino? Nada ou tudo, dependendo da maneira que se retoma a linha histórica, ou seja, se começamos pelo o início, nada, pois no início o Natal era uma aproximação da essência do que é ser sociável, um efeito da assemelhação da criatura ao criador, tudo, ao fim da mesma por ter se preposterado numa data mercantil. Em resumo o Natal não é mais o que foi, uma celebração da vida, uma reverência a ela.

Enfim, se de consumo ou da família, chegamos à última trincheira, não com a resposta, menos com a solução, a questão é, se o capital transporá à última trincheira, cabe à resistência coletiva ao consumo, responder, e ainda que individualmente possamos dar uma resposta, esta seguramente não surtirá como efeitos gerais, ou seja, não será o desfecho de uma questão secular e coletiva, mas isso não que dizer que não deixará marcas ou precedentes para implicações futuras, será então, a ponta de uma flecha, baseada na convicção de que no futuro tomaremos o caráter monopolista desta festividade, e que se inúmeras outras flechas apontarem para o mesmo alvo, teremos finalmente a solução ao consumo, a resposta à tradição e o retorno à comunhão com os nossos antepassados.

Isac Santos, acadêmico em Administração na Uema/Cesi e militante do PSTU de Imperatriz.

sábado, 8 de dezembro de 2012

ELEIÇÃO SINPROESEMMA: DOLORES SILVA PEDE VOTOS EM IMPERATRIZ

Após quatorze anos de “ditadura” onde a direção era escolhida de forma indireta, o SINPROESEMMA realizará no dia 13/12 a eleição direta para a nova direção do sindicato, mas isso ainda não quer dizer que o processo é democrático e que a direção tenta se perpetuar no poder, fazendo com que o sindicato fique atrelado aos governos com acordos rebaixados para a categoria.

O processo eleitoral está totalmente viciado, a eleição que deveria acontecer em fevereiro de 2013 foi antecipado em três meses, à comissão eleitoral foi indicada pela atual direção – que dirige o sindicato há 14 anos – as urnas de coleta de voto são desproporcionais entre as cidades, exemplo Codó terá mais urnas que Imperatriz e São Luís, o candidato a presidente da chapa 1 tem vínculo duvidoso com a categoria. Todo o processo será em apenas um dia, para uma eleição estadual do tamanho territorial que temos e o que é mais absurdo, todo local de votação é automaticamente local de apuração imaginem o que acontecerá nesse processo?

Mesmo com as tentativas da atual diretoria em prejudicar a organização de uma oposição um grupo de professores – antigo MOSEP (Movimento de Oposição Sindical de Educadores Públicos) – conseguiu se articular e montar uma chapa em tempo recorde – 3 dias – contemplando mais de 16 municípios do estado, tendo como candidata à presidenta a professora Dolores Silva – Chapa 2 – “Resistência, luta e Mudança”, que tem uma relação estreita com os profissionais de educação da região Tocantina e com Imperatriz. Foi através do MOSEP que nos anos 90 um grupo de professores aguerridos reconquistou o STEEI de Imperatriz e transformou no que ele é hoje, com várias lutas de lá pra cá, além de debates em congressos e seminários onde sempre a professora Dolores colaborava. De Imperatriz compõe a chapa a professora Eurami Reis.


Nesta sexta-feira (07/12) a professora Dolores Silva fez uma reunião com lideranças sindicais da região para chamar a atenção do modelo sindical que é imposto pela atual direção e pela chapa que tenta manter-se no poder além das discussões acerca da necessidade de organização da categoria contra o ataque dos governos contra a educação publica e os profissionais da educação. Além da reunião Dolores também visitou escolas, concedeu entrevistas a emissoras locais e visitou a redação do Jornal o Progresso onde fez questão de denunciar o processo eleitoral.

Dolores retornou ontem a noite a São Luis onde reuni com os membros da Chapa 2 que também foram durante o dia de ontem há vários municípios do estado para fazer a articulação na base dos profissionais, a professora acredita que: “um sindicato forte é um sindicato horizontal que tem suas raízes enfincadas na base da categoria controlando sua direção, esse é o modelo sindical que faz um sindicato forte” diz Dolores.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CASO VANUSA OLIVEIRA: ASSÉDIO MORAL A MULHERES SERVIDORAS PÚBLICAS EM IMPERATRIZ

A servidora municipal Vanusa oliveira, técnica em enfermagem que foi demitida pela  secretária de saúde por duas vezes. Sendo afastada pela segunda vem sem nenhuma comunicação prévia: ao chegar para trabalhar seu nome não constava mais no quadro de funcionários, a demissão seria motivada pela declaração de voto em outro candidato que não o candidato à reeleição, caracterizando como perseguição política. Após vários questionamento aos chefes diretos a servidora pública foi atrás dos seus direitos, fez denuncia pública através de um canal de  TV local, programa Imperatriz 24 horas, além de procurar o MP  e  o Promotor Público Sandro Bíscaro. deu também entrada em uma ação trabalhista junto a Justiça do trabalho, onde reclamou seus direitos, como perca salarial, indenização por danos morais trabalhistas e reintegração ao seu local de trabalho, pois nada que desabone sua conduta profissional foi provado, e aguarda ainda um atendimento com o defensor público Fábio Machado.
 “Não podemos nos calar! Aqui em Imperatriz estamos vivendo novamente a era da ditadura, da perseguição, do governo truculento, não podemos nos expressar, temos que viver engessados, amordaçados, acuados, mas se o povo soubesse a força que tem, não se calaria, vamos fazer essa história mudar, nós podemos, vivemos em um país ainda democrático de direito, na área da saúde e educação tem muita gente fora do seu lugar de trabalho, privado de desenvolver suas atividades laborais simplesmente por não apoiar politicamente o atual e reeleito Prefeito da Cidade, a Câmara Municipal, estar inerte, não temos o poder legislativo na nossa cidade, os vereadores estão todos coniventes com as atitudes do Prefeito, nossos vereadores brincam de legislar, o prefeito brinca de administrar e a cidade vai ficando assim, quase uma terra sem lei, você procura a Promotoria Pública, o Promotor da Probidade Administrativa cruza os braços, o Juiz da vara da Fazenda Pública, não tem cerimônia em deixar claro a parcialidade para com o gestor do município, e nós cidadãos Imperatrizenses vamos ficar calados diante disso tudo, não podemos deixar de exercer nossos direitos de cidadania”
É de conhecimento público outros casos similares de assédio moral e perseguição política patrocinados por chefes de setor, secretários, com a conivência anônima do chefe do poder executivo, pois são seus comandados que na ânsia de defender o interesses de seu patrão e seus próprios assedia todos que tem posicionamento contrário ao governo. vamos citar aqui alguns nomes/casos que estão sendo perseguidos pelos gestores do município:
- Vanusa Oliveira Sousa - Técnica em Enfermagem 
- Francisca Vieira – Técnica em Enfermagem
- Enfermeiro Marcos do Conjunto Vitória
- Naide – Técnica em Enfermagem
- Silvana Pitol – Técnica em Enfermagem
- Eduardo da Farmácia do Socorrão
- Rodolfo Moreira – Enfermeiro
- Carlos Eduardo – Técnico em Enfermagem
-  Uiliene Araujo Santa Rosa - Professora

“[...]E assim são vários aqui só alguns que lembro no momento, isso não é justo, o gestor não quer dizer que seja o dono da cidade, estamos diante de um caos administrativo na cidade e as autoridades estão sendo coniventes com a situação, até quando vai ser assim, até onde vai isso, quem vai parar esse Prefeito Ditador?” Questiona Vanusa Oliveira.
Assista a denuncia feita por Vanusa, exibida no programa Imperatriz 24 horas da TV Capital:




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

PSDB E AERCIO NEVES, SER OU NÃO SER OPOSIÇÃO


Circula na internet a pressão que o ex-presidente FHC/PSDB faz a Aécio Neves, no seminário promovido pelo PSDB e Instituto do partido (ITV) para anunciar seu nome como concorrente ao cargo de presidente da república em 2014.  Para alguns é de certa estranheza, a pesar de todo o partido fechar em torno de seu nome, mesmo assim ele preferiu postergar o anuncio.

Coma a eleição de Lula após assumir os interesses da grande burguesia nacional e do capital financeiro especulativo, que vem tendo bons resultados nesses doze anos, com o aumento da rentabilidade dos bancos, pagamento religioso dos juros da dívida, políticas de incentivos fiscais (redução do IPI) para aumento da produção nacional, desoneração do INSS PATRONAL da folha de pagamento das empresas, patrocinado pelos constantes arrochos salariais dos servidores federais, há anos não há aumento para muitas categorias.

Com essas medidas, o governo de “frente popular” LULA-DILMA/PT vem cumprindo com melhor eficácia os desejos da grande burguesia, com a vantagem de não haver grandes conflitos populares, pois os trabalhadores e os movimentos populares ainda acham que esse governo trouxe melhorias para suas vidas.
Por esse motivo o PSDB passou a ser uma mera “oposição”, usando seus meios de comunicação para amplificar as denuncias de corrupção que vem sendo descobertas pelas ações da PF e pelos X9’s desses esquemas de corrupção, ou seja, não tem nenhuma crítica econômica mais contundente, pois os governos do PT estão seguindo o receituário econômico neoliberal iniciado no governo FHC/PSDB.

Analisando essa conjuntura de fragilidade do PSDB em ser mera oposição ao PT, e, não é de agora que Aécio tenta uma aproximação com o PT para montar uma coalizão nacional. O fato de seu anuncio – a dois anos das eleições - como concorrente do palácio do planalto não é bem visto por ele para alcançar esse objetivo.

Pra quem pensa que a dificuldade conjuntural de combater um governo de “frente popular” é apenas dos partidos de esquerda está muito enganado, vejam que os partidos da grande burguesia estão num beco sem saída, pois o governo implantado está a seu lado na defesa dos interesses da classe social dominante – a burguesia - e tendo o aval dela para permanecer.

sábado, 1 de dezembro de 2012

A GERAÇÃO INDIFERENTE, POLITICA E TECNOLOGIA


Por Isac Santos*

A principio, embora, pareça que política e avanços tecnológicos sejam inconciliáveis e que o fluir de um é o inevitável esgotar do outro, ao fim do curso será repreendida essa ideia trivial e pálida que só pode e só deve se sustentar aos olhos do senso comum, ao homem burguês e imediatamente comum.

Meia noite e imóvel na sua cadeira presidente, apoiando os cotovelos sobre a rack, a olhar fixamente para o monitor, a interagir, ora digitando, ora compenetrado e entusiasmado pelo anonimato da rede. Adepto do  Facebook, Orkut, MySpace e Twitter, consumidor tecnológico voraz: tablet, games, android, iphone, ipad, windows, linux, Mac, isolado acusticamente da família e do mundo pelo fone de ouvido, com uma nova linguagem  contrapondo-se a normativa, com hábitos e comportamentos, que se não, são um impacto para os pais, são novos objetos para a psicologia, encontra-se o mais típico representante de uma nova geração: a geração dos indiferentes políticos, avessos  pela falta de continuísmo,   ausência de interesse e repulsa dos últimos escândalos, seja como e porque causa, a perderem a linha de transformação social, tão necessária atualmente, de modo a comprometerem todos os avanços sociais, políticos, filosóficos e ideológicos das gerações anteriores, duramente conquistados. Vítimas inconscientes do progresso tecnológico ou produtos do sistema socioeconômico? A resposta é complexa, porém não impossível e nem improvável.

Milhares de informações, velocidade no tráfego, conexão a uma rede global, interação com os mais diversos grupos sociais, mobilidade, acesso remoto, redução do espaço, ampliação das alternativas, acumulação e armazenamento das informações, compilação e processamento de dados, são os benefícios mais proeminentes dos recursos tecnológicos e consequentemente autores de uma nova maneira de ampliar, de conectar e massificar ideias, conteúdos, pensamentos e, sobretudo pessoas, logo seria impossível conceber um mundo atual sem tecnologia, porém, assim como se faz incontornavelmente necessária a vida presente e futura dos homens de igual modo tem os levado a dependência virtual, ao sedentarismo físico, ao comportamento fac-símile, ao novo modo de agir,  pensar,  sentir e finalmente às salas de psicólogos e psiquiatras. Se por um lado a internet maximiza as relações humanas, quebra as barreiras do real e virtual, por outro, ela afasta as pessoas do convívio social acentuando seu individualismo, porém, fatalmente as tornam um problema social, como por exemplo, os problemas da violência,  falta de moradia e de saneamento, logo são apenas resultado do excesso e do acesso à web. A questão da aversão política como se pode notar, não gira em torno da internet em si, pois uma coisa não pode ser boa ou ruim em si mesma e que só faz sentido procurar a sua utilidade em quem a controla, logo se refuta a tese de que são vitimas do progresso tecnológico, a questão, no entanto, é invariavelmente arremetida para quem controla e com que finalidade controla.

A internet hoje de forma análoga à televisão dadas algumas variações de possibilidades, tecnológicas e diferenças temporais, se equivalem em propósitos e fins: manipular, controlar, padronizar e principalmente conformar socialmente, são alguns dos propósitos comuns, portanto a função essencial de quem controla, se resume a gerenciar esses meios, a conformar os indivíduos socialmente e levá-los ao consumo através desses meios e subsidiariamente aponta para esses mesmos meios como responsáveis por sua condição social e aversão política. Sutilmente a classe dirigente forma e educa a classe intermediária para cumprir papeis pré-estabelecidos por essa última, para acreditarem em última estância que estas não são culpadas pelo seu insucesso social e por sua alienação virtual, assim vão criado gerações que correspondem ao estágio de desenvolvimento da classe dirigente, ou seja, à medida que há avanços tecnológicos a classe intermediaria é forçadamente obrigada a acompanhar o progresso com finalidade de consumir os novos avanços, e é por essa razão que temos a geração dos indiferentes, reconhecidamente ligada ao mundo virtual, dos televisivos caracterizado pelas novelas, e dos idiotas operários que acham que são capitalistas, logo a ideia de ser indiferente político por causa da internet ou de outros meios de comunicação e difusão da informação, não é só parcialmente errada, é na verdade totalmente equivocada, uma ideia que está longe de corresponder com a realidade, na verdade, a internet amplia de forma jamais vista ideias e acontecimentos, há inúmeros exemplos da sua utilidade e fertilidade social: no Oriente Médio ou mais recentemente na Europa, manifestações foram programadas nas redes sociais, candidatos ganham ou perdem espaço pelas influências da rede, opiniões em todos os âmbitos são formadas, discutidas e reformuladas através desse meio maravilhoso, mas na medida em que esse meio se torna uma das formas mais democráticas do conhecimento, crescem também as reações conservadoras no sentido de limitá-la, fazendo grandes filtros do que pode ser acessado e se a princípio a internet gozava de uma ampla liberdade, hoje já não goza mais, a título ilustrativo temos o fundador do Wikileaks que teve sua vida pessoal devastada,em razão de ter divulgado informação secretas, como se pode observar tudo conspira para a restrição de sua liberdade de acesso, divulgação de informação e conhecimentos.

Finalmente, prevalece a conclusão de que internet, bem como o interesse pela política são fundamentais para o desenvolvimento humano, para a tomada de consciência de classe e ambas para a construção do futuro.

Isac Santos, acadêmico em Administração na Uema/Cesi e militante do PSTU de Imperatriz.