sábado, 30 de julho de 2011

Política no Maranhão? por Lucio Costa*

Há quem sinta ainda a essência do que seria política: a nobre arte de cuidar da cidade. Uma essência grega organizada pelos romanos. Tempo em que a oratória e as discussões giravam em torno do bem comum. Muitos séculos passaram, muitas mudanças ocorreram na cultura, na arte, ciência e tecnologia e etc.. Mudanças, principalmente, no cenário político. A política se confunde com politicagem, seu conceito vive desgastado pela sociedade e o político encarna o papel de ator corrupto e refém da burocracia de uma justiça que não é cega. Existe a permanente aliança entre poder econômico e política. No Maranhão não é diferente. Nossa situação é catastrófica. Vivemos numa tirania constante, de um grupo de famílias e de pessoas que mantém o poder estatal. Aqui as pessoas se conhecem pelos sobrenomes e não como agentes políticos.

Vivemos sufocados pela “miséria cultural” provocada por interesses, pessoais e particulares, entre as famílias poderosas. É tudo muito intimo, particular e individual. Sentimos e vivemos a exclusão social. Famílias enriquecem e garantem o futuro de seus filhos e netos através do dinheiro publico. Existe uma ideologia dominante que é responsável por manter a ordem, a disciplina, o adestramento e a manipulação dos eleitores na hora do voto. É tudo muito estratégico e caro aos cofres públicos. O povo e a classe trabalhadora, não consegue, se quer, exercer os seus direitos fundamentais, ainda que garantidos na constituição, pois, quem bate o martelo, no final, é um sistema jurídico manipulado pela oligarquia familiar de um grupo de governantes. O estado brinca com o povo e sorri de sua miséria. A educação, em vez de formar cidadãos críticos, cria marionetes a serviço do poder dominante. Alunos são tratados como números para estatísticas manipuladas por veículos de comunicação dos grandes “empresários políticos”.O povo não tem direito a uma educação publica de qualidade, muito menos, tempo disponível ao lazer cultural e esportivo. A “casa do povo” atual assembléia legislativa do estado, só tem interesse com seus próprios problemas. Ali reina uma verdadeira universidade de dissimulação. A única verdade é a retórica camuflada em personagens teatrais que se tratam como vossas excelências. Infelizmente os responsáveis por formular e aplicar leis em beneficio da cidade, não beneficiam o povo, ou melhor, nem se quer deixam-no entrar em sua casa. A casa do povo não beneficia o povo e se justificam com discursos manjados e camuflados pela burocratização da política nacional.

Enfim, voltemos à pergunta inicial: existe política no maranhão? Diante do exposto, creio que vivemos tempos catastróficos. Sabemos o que tem que ser feito mais não fazemos. Afirmo que não existe atualmente política no maranhão, mas somente uma brincadeira entre famílias rivais que não se importam com o bem comum do cidadão, com sua educação e com sua cultura. Enquanto cidadão, creio que vivemos refém de uma ditadura que manipula e rompe com o espírito critico do ser humano, negando os seus direitos fundamentais. Diante de tudo isso, sinto em meu espírito a sensação de que a única diferença do poder exercido pela tirania político-familiar maranhense e o nazismo, é que nosso ditador se esqueceu de raspar mais o bigode.


Lucio Cost, professor de filosofia de Vitória do Mearim-MA

terça-feira, 26 de julho de 2011

MADEIRA SEM SAÍDA OU QUEM NÃO TEM SAÍDA SÃO OS QUE ATÉ ONTEM ERAM SEUS ALIADOS?

Analisar as condições nas quais levaram à eleição de Sebastião Madeira e os partidos aliados que compuseram o projeto de poder que chega à sua reta final num pontual enfraquecimento não pode ser considerado em nenhum momento como pragmatismo de minha parte. Pragmáticos mesmo são aqueles que não se sentiram em condições de por em pratica seus anseios pessoais compondo um governo como o de Sebastião Madeira. Vejamos então.

Em nível estadual o PDT, que indicou o vice Jean Carlo para a chapa em 2008, tinha a máquina do Estado nas mãos e os principais cargos do governo eram ocupados pelo PSDB de Sebastião Madeira, o PPS por sua vez era o vice-governador do Estado e de Imperatriz, Pastor Porto, com uma coligação com um apelo emocional, o mesmo que levou Jackson a conquistar o Palácio dos Leões: “FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE IMPERATRIZ”

Dito isso, vamos aos partidos:

A frente era composta pelos seguintes partidos: PSDB / PDT / PPS / PRB / PTC / PSDC / PSB que apesar das declarações de que vários que compuseram essa aliança estão insatisfeitos, não com a gestão, mas com a falta de espaço no comando do leme da nau-Imperatriz, principalmente dos gabinetes que ficam mais próximos ao cofre, isso tudo é a velha máxima de quem não chora não mana sendo posta em prática.

Nenhum desses partidos está em condições de romper em definitivo com o PSDB, leia-se melhor, com a máquina municipal. Ter uma sigla partidária sob seu comando não quer dizer que a candidatura se sustente, sem que antes disso encerrem as negociatas comuns a alianças que visam a locupletação dos caciques. Como a natureza da política defendida é o pulo para o galho mais seguro, o mais seguro sempre será onde estão.

Hoje se desenha a disputa entre quatro grupos neoliberais para 2012. O capitaneado por Madeira sai na frente nessa pelos motivos que já citei, e, a tendência é que o grupo de partidos que se coligaram venha a aumentar, graças às negociações comuns a esses partidos no loteamento da máquina, consolidando o poder da elite e do dinheiro na disputa política.

O grupo que, teoricamente, teria mais “força” para dificultar a reeleição de Madeira seria o PT, por vários motivos, um deles é ter uma presidente e um vice-governador da sua sigla – bem parecido com as condições dadas para a eleição de Madeira em 2008 -, mas sem o apoio de outros partidos do campo da falaciosa esquerda e com a eminência de uma intervenção aos petistas rebeldes deixam em condições frágeis para essa disputa.

A falsa esquerda do PCdoB que numa composição com o PT poderia fortalecer as duas siglas deu um tiro no pé ao fechar uma “contrato pré-nupcial” com Edmilson Sanches, não diria um ex-PSDBista, pois Edmílson é uma “entidade” superior aos partidos e aos homo-sapiens normais, claro, segundo ele mesmo.

O PMDB em aliança dos ultra-reacionários do DEM é uma força que não pode ser subestimada pelos demais, pensar que derrotarão Ildon Marques pelos tribunais é um erro. Ildon Marques mesmo sendo “ficha suja” não estará fora da disputa por esse motivo, apesar de sua queda de credibilidade junto aos sarneystas - devido a baixíssima votação da governadora em Imperatriz - tem em suas mãos o poder econômico e a experiência adquirida para comprar votos, e conta também com o apoio da divisão dos votos entre Madeira, PCdoB e PTistas, claro, se o PT não compuser chapa de Ildon/PMDB, que é o mais provável.

Orbitando sobre esses grupos está várias siglas satélites que estão preocupados mesmo em que lado poderão sair ganhando mais. Mesmo aqueles que se dizem apoiar o fortalecimento de um dito campo “democrático e popular” terão que se submeter aos acordos se quiserem participar dessas alianças, uma tendência será a definição clara da linha política deixando claro o que é a esquerda e o que é a ala que tem um discurso voltado aos trabalhadores mas com base de apoio na burguesia.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Seminário no Maranhão debate situação mundial


O PSTU Maranhão e o CAC (Coletivo Ação Comunista, grupo que rompeu com PSOL em março) realizaram seminário no último dia 16 sobre a situação mundial que contou na mesa com a presença de militantes da LIT-QI e do PSTU Nacional.

O seminário apresentou as discussões que fazem parte dos pré-congressos do PSTU e da LIT-QI, que devem ocorrer no segundo semestre deste ano.

Pela manhã, a exposição se concentrou sobre a situação no Oriente Médio, Europa e Norte da África quando o significado e o caráter dos atuais processos revolucionários foram discutidos. Durante a tarde a conjuntura de lutas na América Latina e Brasil também foi bastante debatida.

As intervenções do plenário identificaram a crise estrutural e política que vive o capitalismo e que a saída encontrada pelo sistema tem sido fazer ataques ainda mais violentos aos trabalhadores.

Após os informes os militantes das organizações presentes destacaram a importância dos debates sobre a restauração capitalista no Leste Europeu, China e Cuba, a queda do stalinismo, as mudanças ocorridas no cenário econômico mundial e seus impactos na economia brasileira.

terça-feira, 19 de julho de 2011

CHARGE

Imperatriz não perdoa.

QUILOMBOLAS CONTINUAM SOB A "MIRA" DA DIREITA REACIONÁRIA, São Luis 16/07/2011

Manoel do Charco, um dos lideres ameaçados de morte pelos latifundiários do Maranhão, esteve no encontro do PSTU (acompanhado de três policiais da força nacional) para denunciar ação da lider da bancada ruralista Kátia Abreu/DEM que impetrou ADIN (3239), questionando a constitucionalidade do decreto 4887/2003.



segunda-feira, 18 de julho de 2011

ENTEVISTA COMPLETA JÁ ESTÁ NO SITE DO JORNAL "OPINIÃO SOCIALISTA"

Edição nº 426 De 30 de junho a 13 de julho
“Hoje o PSOL não é uma alternativa socialista para os revolucionários”

Há pouco mais de dois meses, um manifesto assinado por 49 militantes anunciava nova ruptura com o PSOL, no Maranhão. O texto considerava o partido “uma caricatura do PT” e afirma que “nosso combate é outro”. O Opinião entrevistou Saulo Arcangeli, trabalhador do Judiciário Federal e liderança da CSP-Conlutas e Wilson Leite, de Imperatriz, que falaram em nome do Coletivo Ação Comunista (CAC)


• Como vocês avaliam o PSOL e quais os principais motivos da ruptura?
Saulo Arcangeli
– O PSOL teve uma rápida degeneração. Nestes sete anos, buscamos inserir o partido nas lutas e na defesa do socialismo. Mas o partido tomou outro rumo. Transformou-se em um partido reformista, que buscou a institucionalidade e afastou-se das lutas. Passou a não cumprir seu programa e estatuto, inclusive recebendo recursos do grande capital.

Tivemos vários embates nestes anos com a Direção Nacional e, recentemente, uma atitude foi a gota d’água e serviu como base para sairmos: a intervenção para filiar ex-petistas. Já haviamos debatido na estadual e não aprovamos as filiações. Mas a nacional permitiu.

O que tem de pior nesse grupo?
Saulo Arcangeli
– A maior parte não participa da militância e das lutas e sempre defendeu políticas do governo Lula. Há alguns que estiveram próximos dos tucanos, inclusive em cargos. Defendiam estes projetos até o ano passado...
Esse grupo procurou o PSOL porque não tinha mais espaço no PT estadual, hoje influenciado pelos Sarney. Na direção estadual, avaliamos que eles não divergiam do projeto petista e impugnamos as filiações. Mas a direção nacional aceitou, passando por cima.

Wilson Leite – O que de pior no grupo é exatamente buscar a conciliação de classe. Achar que os trabalhadores precisam se aliar conjunturalmente com a direita. Acham que não adianta o partido ser forte. Tem de ter cargos.

Outros grupos também romperam. não há mais espaço no PSOL para uma alternativa socialista?
Saulo
– O partido foi criado principalmente a partir da rupturas com o PT, inclusive de uma parte de nós, e não tivemos aprofundamento nas discussões para criar um partido que se propunha a ser uma alternativa socialista. Desde o início combatemos o cupulismo nas decisões, das tendências majoritárias. Estas se dividiram e disputam acirradamente a hegemonia. As instâncias não funcionavam e os congressos basicamente eram palco da disputa pela direção.

O partido foi uma tentativa que nós e outros grupos fizemos, mas podemos afirmar que hoje o PSOL não é uma alternativa socialista para os revolucionários deste país. Então essas pessoas que fundaram, acreditaram em um projeto diferente, estão deixando o partido.

Wilson Isso que o Saulo falou ficou perceptível no I Congresso. A discussão sobre a conjuntura econômica e social, lutas, ficou de lado. A disputa entre as correntes foi acompanhada de políticas que repetem o projeto democrático e popular do PT, que nada mais é do que o projeto de conciliação de classes.

O curioso é que teses de correntes traziam um pouco do que a gente buscava. Mas havia uma diferença grande entre o que estava escrito, no papel, e na prática. A gente percebeu não só nas plenárias, mas no contato com as pessoas.

Recentemente saiu o Censo, que revelou a miséria no Maranhão. Há ainda ataques aos quilombolas, racismo, greves e conflitos. Como é a realidade política do estado?


Saulo – O cenário é de miséria absoluta, com os piores indicadores em Educação do país. Na Saúde, quase 90% da população depende do SUS e temos a menor proporção de médico por habitante. É uma situação muito difícil.

Agora, vemos o avanço do agronegócio, principalmente no sul, em uma devastação. Aumenta o confronto entre capital e trabalho, com ameaças a trabalhadores rurais, indígenas e remanescentes de quilombos. Há ao menos 30 lideranças quilombolas ameaçadas.

Wilson – O governo tem mostrado muito as obras, o desenvolvimento, um Maranhão onde há progresso... Esquecem de mostrar o outro lado nas propagandas. A vida em muitos lugares aqui é comparável a locais de catástrofes, guerras. Isso não mostram. Muitas empresas vêm atrás da mão-de-obra barata e trabalho precário. Sem falar no trabalho escravo. Aqui quem decide se uma empresa será instalada não é o órgão ambiental. Na prática, é a própria empresa. O governo baixa a caneta e libera.

Saulo – O Maranhão é dominado pelo clã dos Sarney, com tentáculos no Legislativo e no Judiciário. E usa contra os movimentos sociais, como na greve dos professores. O governo Roseana perseguiu, remanejou, fez assédio moral... Os professores mantiveram a greve por cerca de 70 dias, com muita resistência.

Como está organizado o grupo de vocês? Onde atuam, em quais cidades?
Saulo
– Somos um coletivo. O grupo é variado, composto por sindicalistas que atuam na CSP-Conlutas. Há professores, há bancários, servidores públicos e ativistas do movimento popular.

Wilson – Também estamos aqui em Imperatriz e em Caxias. Pela distância, pelo isolamento, a gente costuma brincar que aqui é a “Sibéria” do Maranhão...

Além das lutas, vocês buscam ser uma alternativa política. Como está o debate estratégico no grupo?


Saulo – O Coletivo Ação Comunista (CAC) foi criado ainda no PSOL para fazer uma intervenção política mais organizada. Os membros saíram de forma conjunta, permanecemos atuando nas lutas sociais e agora nos reunimos sistematicamente, para traçar nossa estratégia de intervenção.

Hoje fazemos uma discussão para decidirmos como será nossa atuação daqui para frente e quais ações e rumos tomaremos. Dentre eles, está inserida a discussão partidária.

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As afirmações dadas na entrevista foram confirmadas pelo atual dirigente do PSOL de Imperatriz que representa a linha da direção nacional através de seu blog e na própria política entreguista defendida por esse grupo.




Escreveu Carlos Leen em seu blog:
"Os companheiros tiveram a decisão de compor com o PSOL logo que perceberam a dimensão totalmente nova que vivia o partido, mais oxigenado e menos carregado ideologicamente, sem perder de rumo seu caráter de esquerda socialista."

domingo, 17 de julho de 2011

SÃO LUÍS JÁ FAZ CAMPANHA ANTICASTELO

A administração desastrosa que o PSDB vem fazendo na capital do estado tem deixado inquietos muitos ludovicenses. Muitos destacam o abandono dos espaços públicos da cidade, a buraqueira na malha asfáltica e o grande uso de peças publicitárias para tentar mudar o foco da péssima administração que todos vêem.

Para expor essa insatisfação, encontramos muitos carros com adesivo que tinha trocadilho muito apropriado para caracterização da gestão Castelo/PSDB, mesma frase usada durante a campanha de 2008: “São Luis é Castelo”. Três anos após assumir, São Luis é Caostelo


Não muito diferente da gestão tucana de Imperatriz, que tem suas principais obras tapas buracos e troca de luminárias. Muitas das obras eleitoreiras anunciadas não passaram até agora de placas.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

BLOG DA PROFra. AMANDA GURGEL PÚBLICA VÍDEO DE UMA ALUNA DE IMPERATRIZ

Vídeo: Depoimento de uma aluna de escola pública no Maranhão

Oi gente. Nesse domingo, dia 10, recebi um importante vídeo com o depoimento da estudante Ariany Galeno, de 11 anos, lá da cidade de Imperatriz, no Maranhão. Ariany cursa o 7º ano numa escola pública do município e, junto com seu pai, resolveu gravar o vídeo para denunciar as condições precárias da educação e somar forças na luta pelos 10% do PIB Já. Fiquei muito contente em ver que nossa campanha está chegando a todos os lugares do país. Agradeço de coração a contribuição da jovem Ariany e de seu pai. E aproveito para fazer um pedido a tod@s os meus colegas da educação no Brasil inteiro: façam seus vídeos com suas denúncias e mandem para cá. É preciso transformar toda essa nossa angústia em ação. Abaixo, o vídeo da Ariany.






Fonte: Blog da Professora Amanda Gurgel

sexta-feira, 8 de julho de 2011

CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SAUDE, A MÁQUINA EM AÇÃO



Fiz uma rápida visita na secretaria de Saúde onde ocorria a Conferência Municipal de Saúde. Não vi nada que eu já não esperasse, a máquina pública estava em peso, lotando as dependências do auditório, o espaço para o debate da população era muito complicado.

A ordem era clara, defender a gestão, e criticas, era rapidamente contida ou repassado a questões financeiras ou ao recebimento de pacientes de outros municípios. O que me surpreendeu foi a presença de uma jovem, Beatriz Souza, que estava lá para deixar um recado de sua comunidade: “estou aqui para reivindicar ao meu bairro, o Santa Inês, melhor atendimento no posto de saúde com a presença de médicos e uma lista mais diversificada de medicamentos, pois o único medicamento disponível para todos é a dipirona”.

Vejam um pequeno vídeo com seu depoimento:







Saúde é um direito de todos, independente de o usuário esteja ou não em sua área, que o município receba ou não os recursos para o atendimento. Primeiro deve-se garantir o atendimento e depois o município deve ir em busca do ressarcimento do valor gasto.

Não é dando justificativas financeiras que se consegue universalizar o atendimento, além do que muito dos recursos são direcionados para outros fins que não são o para o investimento em saúde pública, por isso é importante ter conselheiros que assine de olhos fechados as prestações de contas dos gastos, sem questionamento, meros paus mandados das gestões.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

NOVO TRECHO DA ENTREVISTA COM SAULO E WILSON AO OPNIÃO SOCIALISTA.

Outros grupos também romperam. Não há mais espaço no PSOL para uma alternativa socialista?


Saulo – O partido foi criado principalmente a partir das rupturas com o PT, inclusive de uma parte de nós, e não tivemos aprofundamento nas discussões para criar um partido que se propunha a ser uma alternativa socialista. Desde o início combatemos o cupulismo nas decisões, das tendências majoritárias. Estas se dividiram e disputam acirradamente a hegemonia. As instâncias não funcionavam e os congressos basicamente eram palco da disputa pela direção. O partido foi uma tentativa que nós e outros grupos fizemos, mas podemos afirmar que hoje o PSOL não é uma alternativa socialista para os revolucionários deste país. Então essas pessoas que fundaram, acreditaram em um projeto diferente, estão deixando o partido.

Wilson – Isso que o Saulo falou ficou perceptível no I Congresso. A discussão sobre a conjuntura econômica e social, lutas, ficou de lado. A disputa entre as correntes foi acompanhada de políticas que repetem o projeto democrático e popular do PT, que nada mais é do que o projeto de conciliação de classes. O curioso é que teses de correntes traziam um pouco do que a gente buscava. Mas havia uma diferença grande entre o que estava escrito, no papel, e na prática. A gente percebeu não só nas plenárias, mas no contato com as pessoas.




Fonte: JORNAL OPINIÃO SOCIALISTA/PSTU

segunda-feira, 4 de julho de 2011

FALA HONORÁVEL O QUE TU PENSAS



A falsa esquerda do Maranhão dá mais um sinal de contradição do discurso e da prática. Após entrevista onde Flávio Dino afirmou que os latifundiários o ajudariam a desenvolver o Maranhão, dar beijinhos carinhosos à candidata, Roseana Sarney, assumir o cargo na EMBRATUR subordinado ao Ministro Sarneysta, Pedro Novais, agora dá depoimento onde reconhece, segundo ele, o presidente do senado José Sarney “exerce um relevantíssimo papel no Congresso Nacional”.

O cargo na EMBRATUR não é apenas um cala-boca a Flávio Dino patrocinado pelo governo Dilma Rousself ao menino revoltado do Maranhão, que apesar de ter nascido nas hostis do clã, hoje tenta assumir o papel - sem consentimento de Sarney - do poder no estado, pregando uma falsa oposição ao grupo. Pelo jeito é uma tentativa de acomodar Flávio Dino num projeto de aliança que a nível federal tem dado certo, pelo mesmo para o PT e PMDB.


Em maio de 2010 fiz um breve comentário sobre as forças políticas do Maranhão com o título FORÇAS POLÍTICAS DO MARANHÃO III: FLÁVIO DINO E A “NOVA ESQUERDA”. Leiam

sexta-feira, 1 de julho de 2011

SAULO E WILSON LEITE SÃO ENTREVISTADOS PELO JORNAL OPINIÃO SOCIALISTA DO PSTU



Saulo Arcangelli (sindicalista e ex-candidato ao governo pelo PSOL-MA) e Wilson Leite (técnico em Informática e ex-candidato a deputado federal/PSOL-MA, residente em Imperatriz), foram contactados pelos editores do jornal OPINIÃO SOCIALISTA, órgão de Imprensa do PSTU Nacional e falaram sobre o processo de degeneração do PSOL e a ruptura do grupo que procura manter a coerência na defesa por um partido verdadeiramente revolucionário.

Por mais de duas horas, via conferência telefônica, o repórter gustavo Sixel, do Opinião Socialista conversou com Saulo em São Luis e Wilson Leite em Imperatriz. Parte da entrevista foi publicada na edição de julho do Jornal, Ed. 426, página 12.

Além de falar sobre a ruptura ambos fizeram questão de aproveitar o espaço nacional que o Jornal tem para descrever as condições que a exploração mais efetiva do capital vem fazendo no Estado, a exemplo dos grandes empreendimentos como Alumar, Alcoa etc e agora Suzano e refinaria Premium que poluem indiscrinadamente, enquanto os governos usam em suas propagandas a vinda dessas empresas como se fosse um projeto público, mantendo a concentração da riqueza nas mãos dos poderosos e deixando os baixos índices de desenvolvimento humano a grande parcela da população Maranhense, com ajuda de partidos que buscam meramente a conciliação de classe e o poder como PT, PDT e PCdoB, que terá mais um nesse projeto com a degeneração do PSOL em todo o Brasil.

Trechos da entrevista:

“Wilson – O governo tem mostrado muito as obras, o desenvolvimento, um Maranhão onde há progresso... Esquecem de mostrar o outro lado nas propagandas. A vida em muitos lugares aqui é comparável a locais de catástrofes, guerras. Isso não mostram. Muitas empresas vêm atrás da mão-de-obra barata e trabalho precário. Sem falar no trabalho escravo. Aqui quem decide se uma empresa será instalada não é o órgão ambiental. Na prática, é a própria empresa. O governo baixa a caneta e libera.”

“Saulo – O Maranhão é dominado pelo clã dos Sarney, com tentáculos no Legislativo e no Judiciário. E usa contra Os movimentos sociais, como na greve dos professores. O governo Roseana perseguiu,
remanejou, fez assédio moral... Os professores mantiveram a greve por cerca de 70 dias, com muita resistência.”

Fonte: Jornal Opinião Socialista - PSTU