domingo, 17 de maio de 2009

CONHECENDO O MARANHÃO II

Observando o funcionamento dos pequenos municípios maranhenses - que têm em sua maioria entre 8 a 40 mil habitantes - podemos perceber como a hegemonia oligarca dos Sarneys e das siglas partidárias que a compõem.
Nesses municípios a única fonte de renda é através de programas assistencialistas do governo federal, aposentadorias e pensões; e o maior empregador, a prefeitura ou os fornecidos pelo grande agropecuarista e/ou agricultor do município.
Daí surge o domínio político, caracterizado pelo detentor econômico que é visto pela população com um "patrão" que garantirá seu emprego e renda, seja com uma vaga nos quadros da prefeitura, seja no seu negócio particular. Sabendo do poder de barganha com os eleitores usam isso na disputa eleitoral, oferecendo emprego em troca de votos.
Em outros municípios surge também a figura de profissionais como médicos, advogados e jornalistas com ações populistas com o simples interesse eleitoral.
Conhecendo bem essa configuração o grupo Sarney procura esses indivíduos e lhes dão o respaldo político para que juntos obtenham as condições de chegar e permanecer no poder.
O eleitorado desses municípios geralmente formados por grandes famílias costuma seguir a indicação do chefe da família. Por sua vez os políticos encontram nesses chefes o caminho e a possibilidade real do sucesso eleitoral.
Está aí o "calcanhar de Aquiles" dessa ou de qualquer oligarquia que tente se estruturar tendo como base esse modelo maranhense de "feudalismo". Esses municípios só conseguirão se livrar desse ciclo alcançando um desenvolvimento econômico e educacional de seus cidadãos.

sábado, 16 de maio de 2009

SOLUÇÃO

Oculta, tu estás presente;
Antigo e recente te sinto;
E sinto muitas vezes, gosto de absinto;

Percebo a propagação do verbo, velozmente;
Visualizo nas ondas, vozes estridente;
Procuro no obscuro um ponto de luz no escuro;

Viajo continuamente deslizando em massas ardentes;
Desviando-me de descargas elétricas incandescentes;
Tocando em cada porta que se abre e fecha
incalculavelmente;

Em portas largas, palavras eufóricas se propagam em ondas, incansavelmente;
Na porta estreita, perguntas e respostas sussurram,
continuamente;
Peço, declaro autoritariamente;
Luz propaga-se suavemente;

No obscuro, o brilho;
A luz radia novamente;
Tu estás presente, na face;
Na face oculta da mente.

Rubem Machado

sexta-feira, 15 de maio de 2009

INTERVENÇÃO OU MESQUINHARIA?

Solicitado a comentar o texto "Não à intervenção!", produzido pelo Jornalista Josué Moura postado em seu blog: http://josue-moura.blog.uol.com.br/ Postei o seguinte:
Josué,
Identificaste bem as “peças”: “O prefeito de Imperatriz é o Madeira, Roseana é a governadora e Adhemar Freitas apenas secretário”. Faltou dizer que ambos são políticos das mesmas práticas.
Essa “briga” pelo dinheiro do povo e pelas obras que ele pode representar é típica da política mesquinha com o interesse de quem vai por o nome na placa de inauguração ou quem será o “pai da criança” - a obra.
Já vimos muitas dessas mesquinharias em obras aqui em imperatriz (Av. Industrial, Av. JK, praça de Fátima), a ultima da ponte – nosso “elefante branco” – que fora inaugurada antes de ser concluída, para que o “pai” não deixasse o filho ser adotado por outro.
Veja como são os políticos demagogos, nos discursos pregam o bem estar da população, mas na pratica só querem ser reconhecidos como os salvadores da pátria, pensando apenas no resultado eleitoral que isso venha trazer.
Parem de mesquinharia e ponham as mãos à obra, pois foram eleitos para isso, o papel dos governos é trazer melhorias quer seja o município, o estado ou a união. Agora, caso o governo oligarca – que tomou o governo de um populista com projetos oligarca – não cumpra com as promessas, como é de prache, caberá ao gestor municipal cobrar, se são capazes de desagradar quem tem o poder da maquina do estado nas mãos e que pode voltar a compartilhar do conforto do NINHO.
Resposta de Josué ao comentário:
"Posição complicada a sua. Mas digna de respeito, afinal o que você relata em relação aos políticos tem sido a praxe, tanto que quando aparece uma pessoa comprometida como o Madeira ainda não conta com o crédito de pessoas "excabreadas" como você. Quanto ao final desse último comentário não entendi bem quando se refere ao "NINHO". De qualquer forma, obrigado pela participação, seja sempre bemvindo com a suas opiniões."

sexta-feira, 8 de maio de 2009

PRECISAMOS CONHECER O MARANHÃO

Nas reuniões de militância do partido no qual faço parte esse assunto é dos mais discutidos, Carlos Lopes que puxou o tema vêm trazendo dados novos que subsidia as discussões entre os militantes tais como:

- Temos uma população de 6 milhões de maranhenses, dos quais as três maiores cidades têm apenas 2 milhões e os outros 4 milhões moram em pequenas cidades de 8 a 40 mil habitantes.

- O PIB (Produto Interno Bruto) em sua maioria é formado pela exportação de minério de ferro, que e extraído no Pará, siderurgia no pólo de Açailândia; beneficiamento de alumínio, trazidos de outros paises - que não querem siderúrgicas em seus territórios; da exportação da soja parte dela produzida em Balsas; de carnes do rebanho de produtores maranhenses; e ainda do comercio e da pequena parcela de beneficiamento de madeira e produção de carvão vegetal. Tudo isso concentrado em poucas cidades.

- Populações isoladas sem nenhuma perspectiva de desenvolvimento econômico, muito menos social são a grande fonte de votos das oligarquias para se manterem no poder.

- Se imperatriz é a “Sibéria” maranhense – como caracteriza o escritor Adalberto Franklin, o maranhão é o “ELO PERDIDO” do Brasil. Graças a essa característica territorial as comunidades e os movimentos sociais e os sindicatos ficam a mercê do clientelismo dos partidos políticos e seus governos.

Muitas outras particularidades sociais, econômicas e políticas precisam ser analisadas para que o PSOL do Maranhão apresente propostas coerentes com o objetivo de dar autonomia aos trabalhadores e políticas públicas que garantam saúde, educação, habitação, infraestrutura a todos os 217 municípios que formam nosso Estado.