Por Isac Santos*
A principio, embora,
pareça que política e avanços tecnológicos sejam inconciliáveis e que o fluir
de um é o inevitável esgotar do outro, ao fim do curso será repreendida essa
ideia trivial e pálida que só pode e só deve se sustentar aos olhos do senso comum,
ao homem burguês e imediatamente comum.
Meia noite e imóvel na
sua cadeira presidente, apoiando os cotovelos sobre a rack, a olhar fixamente
para o monitor, a interagir, ora digitando, ora compenetrado e entusiasmado pelo
anonimato da rede. Adepto do Facebook, Orkut, MySpace e Twitter, consumidor
tecnológico voraz: tablet, games, android, iphone, ipad, windows, linux, Mac,
isolado acusticamente da família e do mundo pelo fone de ouvido, com uma nova
linguagem contrapondo-se a normativa,
com hábitos e comportamentos, que se não, são um impacto para os pais, são novos
objetos para a psicologia, encontra-se o mais típico representante de uma nova geração:
a geração dos indiferentes políticos, avessos pela falta de continuísmo, ausência de interesse e repulsa dos últimos escândalos,
seja como e porque causa, a perderem a linha de transformação social, tão
necessária atualmente, de modo a comprometerem todos os avanços sociais,
políticos, filosóficos e ideológicos das gerações anteriores, duramente conquistados.
Vítimas inconscientes do progresso tecnológico ou produtos do sistema socioeconômico?
A resposta é complexa, porém não impossível e nem improvável.
Milhares de informações,
velocidade no tráfego, conexão a uma rede global, interação com os mais
diversos grupos sociais, mobilidade, acesso remoto, redução do espaço,
ampliação das alternativas, acumulação e armazenamento das informações,
compilação e processamento de dados, são os benefícios mais proeminentes dos
recursos tecnológicos e consequentemente autores de uma nova maneira de ampliar,
de conectar e massificar ideias, conteúdos, pensamentos e, sobretudo pessoas,
logo seria impossível conceber um mundo atual sem tecnologia, porém, assim como
se faz incontornavelmente necessária a vida presente e futura dos homens de
igual modo tem os levado a dependência virtual, ao sedentarismo físico, ao
comportamento fac-símile, ao novo modo de agir,
pensar, sentir e finalmente às
salas de psicólogos e psiquiatras. Se por um lado a internet maximiza as
relações humanas, quebra as barreiras do real e virtual, por outro, ela afasta as
pessoas do convívio social acentuando seu individualismo, porém, fatalmente as
tornam um problema social, como por exemplo, os problemas da violência, falta de moradia e de saneamento, logo são
apenas resultado do excesso e do acesso à web. A questão da aversão política como
se pode notar, não gira em torno da internet em si, pois uma coisa não pode ser
boa ou ruim em si mesma e que só faz sentido procurar a sua utilidade em quem a
controla, logo se refuta a tese de que são vitimas do progresso tecnológico, a questão,
no entanto, é invariavelmente arremetida para quem controla e com que finalidade
controla.
A internet hoje de
forma análoga à televisão dadas algumas variações de possibilidades, tecnológicas
e diferenças temporais, se equivalem em propósitos e fins: manipular, controlar,
padronizar e principalmente conformar socialmente, são alguns dos propósitos comuns,
portanto a função essencial de quem controla, se resume a gerenciar esses meios,
a conformar os indivíduos socialmente e levá-los ao consumo através desses
meios e subsidiariamente aponta para esses mesmos meios como responsáveis por
sua condição social e aversão política. Sutilmente a classe dirigente forma e
educa a classe intermediária para cumprir papeis pré-estabelecidos por essa última,
para acreditarem em última estância que estas não são culpadas pelo seu
insucesso social e por sua alienação virtual, assim vão criado gerações que
correspondem ao estágio de desenvolvimento da classe dirigente, ou seja, à
medida que há avanços tecnológicos a classe intermediaria é forçadamente obrigada
a acompanhar o progresso com finalidade de consumir os novos avanços, e é por
essa razão que temos a geração dos indiferentes, reconhecidamente ligada ao
mundo virtual, dos televisivos caracterizado pelas novelas, e dos idiotas
operários que acham que são capitalistas, logo a ideia de ser indiferente político
por causa da internet ou de outros meios de comunicação e difusão da informação,
não é só parcialmente errada, é na verdade totalmente equivocada, uma ideia que
está longe de corresponder com a realidade, na verdade, a internet amplia de
forma jamais vista ideias e acontecimentos, há inúmeros exemplos da sua
utilidade e fertilidade social: no Oriente Médio ou mais recentemente na Europa,
manifestações foram programadas nas redes sociais, candidatos ganham ou perdem
espaço pelas influências da rede, opiniões em todos os âmbitos são formadas, discutidas
e reformuladas através desse meio maravilhoso, mas na medida em que esse meio se
torna uma das formas mais democráticas do conhecimento, crescem também as
reações conservadoras no sentido de limitá-la, fazendo grandes filtros do que
pode ser acessado e se a princípio a internet gozava de uma ampla liberdade, hoje
já não goza mais, a título ilustrativo temos o fundador do Wikileaks que teve
sua vida pessoal devastada,em razão de ter divulgado informação secretas, como
se pode observar tudo conspira para a restrição de sua liberdade de acesso,
divulgação de informação e conhecimentos.
Isac Santos, acadêmico em Administração na Uema/Cesi e militante do PSTU de Imperatriz.
Só tem analfabetos na Uema pensando que sabem de alguma coisa.
ResponderExcluirconcordo com este anonimo
ResponderExcluirÉ muita ignorancia deste artigo do Isac Santos.Ele não sabe nem escrever.
ResponderExcluirWilson,não deixe este Isaac escrever no teu blog,pois o blog já é fraco,e o Isaac é mais fraco ainda.Será que ele não sabe da diferença de INDEFERENTE PARA INDIFERENTE.
ResponderExcluirVai ser burro assim na baixa da egua.
Eu sou teu adversario