Aconteceu nesta
semana uma assembleia dos trabalhadores dos correios, delegacia de Imperatriz,
cuja finalidade entre outras estava a escolha de delegados para o congresso da
categoria que se realizará esse ano. Além do congresso haverá também eleição
para a nova diretoria a nível estadual, onde dessa vez há uma mobilização da
base que culminou na formação de uma chapa de oposição à que tentará mais uma
vez se manter na estrutura do sindicato, cujos membros servem de correia de
transmissão do governo federal que vem precarizando os serviços dos CORREIOS e promovendo
um verdadeiro massacre aos trabalhadores.
Vejam o relato dos
ocorridos descrito por um dos membros da chapa de oposição:
“(...) Para nossa
surpresa, ao chegar em Imperatriz fomos surpreendidos com a noticia de que a
referida assembleia tinha tido seu endereço alterado para ser realizada em
outro sindicato (SINDSAUDE) e que ao menos metade dos trabalhadores da cidade
não sabia da assembleia. Passamos o dia todo conversando com os trabalhadores
que pudemos, sendo impedidos de entrar, obviamente, nas unidades e nos preparar
para a assembleia.
Ao final do dia nos
encontrávamos no novo local da assembleia. Presidida pelo senhor Mariano, a
assembleia prosseguiu da forma "mais cordial quanto possível".
Inclusive, observamos com tristeza nosso observador (Wilson Leite) não
associado sendo expulso do local pela alegação de que ele não podia ao menos
olhar a assembleia (pois este não era dos Correios), foi lido o e-mail do
companheiro Nilton Gatinho o qual gerou debate sobre os motivos de nossa
preocupação quanto as deliberações ali a serem realizadas afetarem diretamente
o processo eleitoral já que não encontramos edital em jornal com o texto das
deliberações. Ânimos já um pouco mais exaltados, Mariano tentou justificar os
erros cometidos pela diretoria (só tentou, por que conseguir com certeza não
conseguiu) na chamada da assembleia, tentou convencer a todos que a eleição alí
seria de chapa - chapa e não proporcional, negou-se a aceitar acordo que já
permitiria que a companheira Vilanir (da atual diretoria e candidata deles para
o CONREP) fosse automaticamente confirmada já que era um nome comum entre nós e
eles, no limite da liberdade sindical chamou todos os chefes possíveis para
votar em sua chapa (basicamente, votou no Mariano o Reven, o chefe do CDD, o
chefe de agência, o chefe do TECA e alguns colegas atendentes) além de que,
acompanhamos a tentativa frustrada deste em convencer os trabalhadores de que o
melhor seria eleger quem já estava liberado pois seria menor custo ao
sindicato. Os resultados foram todos negativos para o que presidia a reunião.
Foi iniciada a
votação e após contagem dos votos exaustivamente a chapa apresentada e
representativa dos companheiros da Renovação e Luta recebeu os votos de
carteiros e motoristas presentes (em sua maioria obviamente) o que nos garantiu
um placar final de 12 a 11 a nosso favor, a favor dos trabalhadores de base.
Finalizada a eleição e com todos já lanchando e se dispersando Mariano então
anuncia que o meu voto (Wilson Araújo) e de Remo Pimentel não seriam válidos,
pois estamos licenciados devido a problemas médicos, o que alteraria o
resultado da eleição para uma vitoria deles por 11 a 10. Por óbvio que em lugar
algum de nosso estatuto existe a possibilidade de sermos vedados, pois estamos
com todas as nossas obrigações estatutárias em dias, há parágrafos no estatuto
que garantem nossa participação a vontade em qualquer instancia da eleição
(candidato ou votante) e não concebemos outra justificativa para tal rompante
alucinado do que o mais profundo desespero.”
Após a declaração da
manobra promovida do Mariano Dias vi muitos trabalhadores até mesmo os que são
próximos a ele demonstrarem indignação ao ocorrido: “se é pra ir pra votação o
que perdeu tem que aceitar o resultado” disse um dos trabalhadores que votou na
chapa da direção e que foi derrotada pela chapa de oposição. Outros
trabalhadores com um sentimento de repulsa disse: “eu nunca participei
ativamente pedindo voto numa eleição do sindicato, mas esse ano farei questão
de ser uma cabo eleitoral da chapa de oposição, pois quero ver essa direção
fora do nosso sindicato”.
Percebemos que a
manobra teve um resultado contrário, ao invés de manter um membro que segue as
ordens da direção como delegado ao congresso, Mariano Dias, conseguir diversos
apoiadores à chapa de oposição a ele. Nós também nos colocamos à disposição dos
trabalhadores da chapa de oposição para ajudar nos debates e na campanha
diretamente. Sindicato é pra luta e não para defender os interesses do governo.
a luta está apenas começando. sindicato para os trabalhadores.
ResponderExcluirManobras e manobras, eles tem q entender q agr sim tem oposiçao...
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