segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Por Isac Santos: NATAL E CONSUMO

Com abraços, sorrisos e felicitações, começa e termina um dia para exercer a bondade, o respeito e o amor ao próximo, embora nem o amor ou muito menos a bondade, sejam obras de um dia. É Natal, e a questão fundamental não é decidir sobre a sua controversa origem, se pagã com persas e babilônios, ou cristã com o menino Jesus, uma vez que em determinado sentido, ambas cristãs ou pagãs, coadunam para um mesmo propósito: celebrarem a vida, então a questão não se trata de desnudar a autoria, porém concentra-se em reencontrar o espírito originário e a verdadeira essência, que fez desta data um marco da concórdia; concomitante a essa arremetida do amor humano, avaliar quais as causas históricas que fizeram desta mesma, ponto culminante do consumo compulsivo e, portanto, a ceia particular da publicidade e por sua vez o banquete dos capitalistas.

Em busca da identidade genuína do Natal como podemos ver, encontramos no máximo um conflito de datas, fins e autorias, apesar destas eventuais discordâncias, diga-se de passagem, suscitadas por religiosos e historiadores no intuito de promoverem respectivamente, ou os alicerces da fé cristã, ou a reputação da ciência como infalível, não podemos encontrar nos seus primórdios, nem elemento que o deturpe, nem que o viole, de modo que assim é assegurado sua moralidade, ao contrário do que se possa pensar instantaneamente, constata-se que essa data considerada sagrada, somente tem esse status por precisamente manter, fomentar e promover a paz, a união, o amor e outros tantos sentimentos bons do homem, a exemplo deste primitivo espírito tem-se os três reis Magos que viajaram doze dias para entregarem em Belém seus presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus, numa  das primeiras amostras de que essa data arrebata e humaniza. Se essa data teve como caracterização o respeito, a reciprocidade e o afeto, não podemos falar da sua continuidade histórica com os mesmos termos, adjetivos e admiração, pois em meados do século XVI, Martinho Lutero com um pinheiro, velas e outros enfeites, idealizou a árvore de Natal e também a desconfiança de que tanto suas 95 teses como a sua invenção, foram uma corroboração à burguesia e ao consumo moderno. Século XIX, e na medida em que passou o tempo, desfaleceu o real significado do Natal, não como consequência da memória, contudo em razão dos avanços da propagada e como resultado da exploração comercial deste, a família passiva, entretanto, conservou tangencialmente espírito natalino, surge a era coca cola e com esta a reinvenção da resoluta família, de quebra uma nova imagem para o Papai Noel, pobre São Nicolau, nosso primeiro papai Noel, um bispo do século III; transformado em santo após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele, agora peça publicitária de um produto, carro chefe de uma marca. Século XXI e formação quase final da composição do Natal: ceia de Natal, árvore de Natal, o inestimável Papai Noel, músicas natalinas, o presépio, as decorações, uns abraços e sentimentos adormecidos por um ano inteiro, mas sempre a deixar espaço para o incremento de um novo produto ou para desconfiguração original do mesmo. É Natal novamente e promoções de fim de ano visam aquecer o comércio, vagas de emprego temporário estão disponíveis no comércio varejista, é hora de descartar as quinquilharias, e a questão é, o que tais noticias têm haver com espírito natalino? Nada ou tudo, dependendo da maneira que se retoma a linha histórica, ou seja, se começamos pelo o início, nada, pois no início o Natal era uma aproximação da essência do que é ser sociável, um efeito da assemelhação da criatura ao criador, tudo, ao fim da mesma por ter se preposterado numa data mercantil. Em resumo o Natal não é mais o que foi, uma celebração da vida, uma reverência a ela.

Enfim, se de consumo ou da família, chegamos à última trincheira, não com a resposta, menos com a solução, a questão é, se o capital transporá à última trincheira, cabe à resistência coletiva ao consumo, responder, e ainda que individualmente possamos dar uma resposta, esta seguramente não surtirá como efeitos gerais, ou seja, não será o desfecho de uma questão secular e coletiva, mas isso não que dizer que não deixará marcas ou precedentes para implicações futuras, será então, a ponta de uma flecha, baseada na convicção de que no futuro tomaremos o caráter monopolista desta festividade, e que se inúmeras outras flechas apontarem para o mesmo alvo, teremos finalmente a solução ao consumo, a resposta à tradição e o retorno à comunhão com os nossos antepassados.

Isac Santos, acadêmico em Administração na Uema/Cesi e militante do PSTU de Imperatriz.

10 comentários:

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  1. Voçe é meu adversario10 dezembro, 2012

    Wilson,quem faz esta festa porca e de bugingangas é esta classe de pobres,que não sabem e verdadeiro significado do natal,para os cristãos .Acham que comprar bobagens contrabandeadas da China,Paraguay e cia.E compram destes camelôs que de fato são vendendores de contrabando e descaminho,dois grande criminosos lá da 25 de março.Tem aquele chines em São Paulo,da galeria Pajé.Os pobres sabem de tudo,portanto são co autores destes crimes,e que são muitos crimes e muitos criminosos.
    E são estes mesmos criminosos que elegem TODOS estes politicos ladrões,e que dão 80% de aprovação ao lularápio e a terrorista e assaltante de bancos comunista,dilma.
    Wilson,saia desta turma ,pois está perto desta turma ir para a cadeia,inclusive voçe.Eu sou teu adversario.Voçe é meu adversario

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  2. Esse cara só pode ser um ex-comunista, frustado por que não teve sucesso, provavelmente no PT, talvez nao derão um cargo pra ele.




    Marcos




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  3. Eu sou teu adversario10 dezembro, 2012

    Eu não sou ex comunista.Eu sou um comunista puro na ideologia.Não possuo propriedade,não tenho NENHUM ser humano como empregado,e quero que todos sejam iguais neste mundo,e sempre se igualando pelo mais pobre,porem podendo chegar a todos por igual um Eike Batista.Eu sou teu adversario

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  4. Tem muita gente precisando de emprego.Vim de uma reunião do governo Madeira.Vamos abrir mais 10 secretarias e 4 subprefeituras.

    Meu amigo Wilson Leite, você não gostaria de trabalhar na prefeitura, com a gente?

    Vilfrides, amigo do Xerxes Aguiar

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  5. Nossa Vilfrides que notícia “boa”, pra acomodar os aliados que se somaram nessa reeleição precisará disso mesmo. Enquanto a prefeitura e essa gestão só serve de cabide de emprego para os que fecham os olhos para a realidade da cidade, nós trabalhadores continuamos morando em periferias sem infraestrtura, saúde, área de lazer e educação de qualidade.
    Realmente é uma boa notícia aos puxa-sacos, prefiro continuar ganhando meu dinheiro através do meu trabalho- apesar da exploração por que passa todos os trabalhadores – e continuar tendo minha independência financeira e política, não nasci pra ficar perto do escroto de ninguém.

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  6. Fiquei sabendo que outro dia,deram um chute no saco do Zé Dirceu, e que voçe teve 3 dentes quebrados.Eu sou teu adversario

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  7. Esse cara que diz ser teu adversario,se ele for comunista cpmo fala,então voçe Wilson não é comunista,Esclareça esta duvida.

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  8. Ser ou não ser um comunista,eis a questao. O mais importante não se encontra nesta questao , o que é importante, é contribuir para a transformação por um mundo melhor, pois ja não existir barreira clara entre o que e ser comunista ou capitalista, salvo raras exceções , se por um momento se opõe a essa ideia o partido de esquerda, então basta lembrá-lo que para ser comunista não basta esta num partido e se isso não for suficiente para demove-lo desta oposição chegamos aos motivos dos partidos de esquerda, ou seja, os que estão por baixo desta retórica falsa, daquele discurso inflamado,que revelam a verdadeira intenção de seus lideres.Se cheguei a esse ponto nada mais justo esclarece a posição da maioria dos comunistas,começo dizendo que ha verdadeiros comunistas , mas são poucos , uma parte ínfima ,mas assim como existir essa parte existir também uma grande parte comprometido consigo mesma , desejosa de poder , obcecada pela o dinheiro , é uma parte stalinista , que acham que os partidos são um negocio . Malditos parasitas, que infestam a esquerda.

    Marcos

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  9. Eu sou teu adversario12 dezembro, 2012

    Este pseudos comunistas,só querem dizer que são da esquerda,mas quando assumem qualquer cargo público,só sabem furtar o erário público,acumular patrimonio privado,ter muito poder para pisar nos pobres,até a proxima eleição.Eles não comunistas na ideologia,e nem são capitalistas.Eles são ladrões do $$$ público.
    Vejam os exemplos aqui no Brasil,de politicos que estão filiados a partidos comunistas e socialistas,são quase todos ladrões eeestelionatarios,pois se dizem uma coisa, e praticam outras coisas.Eu sou teu adversario

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  10. Você está vivendo na época do feudalismo ou nos dias atuais?

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Não veto comentário de ninguém, pois apenas os covardes se escondem por trás de um anonimato. Não seja você um.