Os governos neoliberais a nível
mundial apostam alto na superação da crise do capitalismo que se mostra
resistente e profunda. Cenários diferentes para economias diferentes, mas
relacionadas no objetivo de a todo custo superá-las. Nos países europeus são
cortes de direitos e arrocho aos trabalhadores, nos da América do Norte uma tentativa
de retorno da produção industrial em seu território para amenizar os efeitos da
bolha imobiliária que expôs a crise e nos países emergentes o aumento de linhas
de créditos e investimentos principalmente em infraestrutura e redução de
impostos em determinados setores somando-se a isso arrochos salariais e
tentativas de flexibilização das relações de trabalho para aumentar o lucro das
indústrias.
No Brasil a pesar dessas medidas
um “vilão” – a inflação - passa a assombrar a economia diante desses anestésicos
dados pelo governo federal. Essa vilã afeta diretamente a renda real dos
trabalhadores que é a base de sustentação da produção e do consumo, sua queda afeta
em cascata o setor produtivo.
O endividamento das famílias,
principal base de sustentação dos níveis de produção da indústria aliado aos
incentivos fiscais (desoneração de IPI, da folha de pagamento etc) começam a
fraquejar diante da redução do poder de compra consumido pela inflação
principalmente nos quesitos de alimentação.
Ao passarmos pelo centro
comercial de Imperatriz já vemos os efeitos diretos no setor, rede de lojas já
reduzem seus pontos de vendas após aproveitar uma onda de crescimento, mas o
que vemos hoje é a onda da inadimplência e até mesmo da redução das vendas
devido à reacomodação do mercado de trabalho que terá nos próximos meses uma
redução devido ao fim da fase de implantação (construção civil) e até mesmo da
crise em alguns setores do comercio e prestação de serviços.
Os últimos trimestres dos anos têm-se
demonstrado ruins para o comércio apesar da tentativa de incentivar o consumo,
mas fica cada vez mais difícil para o trabalhador que se indivíduo durante o
primeiro semestre não priorizar o pagamento das dívidas e dar um freio no
consumo do que não seja essencial.
E, a fórmula “mágica para os
capitalistas é uma só, o ataque mais feroz aos trabalhadores, como sempre é a
maior classe e menos consciente é que garante o status da burguesia e de seus
governos.
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