quinta-feira, 19 de abril de 2012

Por Claudio Pereira: O pequeno Burgues

Olá camarada Wilson Leite, tudo bem? Ultimamente tenho procurado escrever crônicas sobre os vícios e os antagonismos da sociedade burguesa. Tenho procurado ironizar termos que são aplicados equivocadamente no cotidiano da mídia brasileira. Termos do tipo: a grande maioria; mau tempo (quando há previsão de chuvas), etc. Lembra que há algum tempo se dizia risco de vida?

Há alguns anos, depois de inúmeras críticas, uma apresentadora de TV reconheceu que a expressão: jogo de vida ou morte, tão propalada antes dos grandes clássicos do futebol serviam de incentivo à violência entre os torcedores. Neste sentido escrevi o texto: América para os americanos e não somente para os Estados Unidos algo que gerou ira por parte da pequena burguesia.

A repulsa em escritos carentes de clareza põe em claro a pobreza de embasamento teórico do pequeno burguês frente a uma crônica e a realidade que o cerca. Mas respeito a opinião deformada dele, devido a crise de identidade do pobre diabo. Questiono: quem é o pequeno burguês, esse ser sem personalidade que vive a imitar vozes alheias?

O burguês na origem era um indivíduo extremamente disciplinado no trabalho voltado para a obtenção do lucro. O burguês atual ostenta luxo reiteradamente, tem desprezo pelo trabalho, esnoba o trabalhador difundindo estilos de vida luxuosos em programas de TV distantes da realidade da massa. Mase o pequeno burguês? Ah! Este apesar de não desfrutar do poder político e econômico, almeja ser uma classe para si e não em si. O mesmo se move em permanente contradição e oscila quanto a sua identidade: não é rico, entretanto não é pobre; almeja ser burguês no sentido literal, vislumbra, mas teme cair no pauperismo, pois está mais próximo deste. Inseguro quanto a sua capacidade, se curva perante aos interesses dos seus senhores. Prostitui sua mente, mente descaradamente. É servil e obediente. Não tem posse, mas tem pose. Ostenta estilos de vida e ideologias distintos de sua condição material. Ele quer um mundo melhor (pra ele com certeza). Fale sobre o socialismo, o comunismo e logo se percebe o radicalismo dele em proteger a riqueza que não usufrui.

 Para defender seus senhores e demonstrar fidelidade tenta justificar o injustificável. É mais realista que o rei.
O pequeno burguês, alheio ao seu tempo, crê piamente que no capitalismo é possível com um retoque aqui e outro ali realizar a justiça social. Sem embasamento teórico para o debate sobre a realidade contraditória da sociedade em que vive, apela. Quer melhorar o mundo com as armas de quem o oprime. Embevecido com o consumismo, estupefato com as mazelas das grandes cidades (isto é sem dúvida, cronicamente inviável).

É cômico, mas também deprimente que muitos dos que se encontram nesta condição, sofreram muito, passaram necessidades extremas, hoje, reinventam um passado aristocrata em uma Europa pós-revolução industrial ou num Brasil bucólico que os desprezou. Desprezam a luta e o sangue dos seus antepassados que lhes permitiram um pouco mais de dignidade. Consciência de classe é algo abstrato.
Diante do exposto caro amigo, o que impressiona é como novas formas de dominação autoritária surgem e contribuem para manter a docilidade, a submissão, o status quo em um mundo extremamente dividido entre uma minoria de ricos que subjugam a maioria pobre cotidianamente.

Nós defensores do socialismo temos embasamento, nós vivemos o mundo real, nós interpretamos as contradições desse mundo e temos as ferramentas para transformá-lo. Nós não negamos nossas origens. O pequeno burguês pode estar contra o socialismo. Isso não quer dizer nada. Pode estar contra estando a favor. Ele não é personagem ativo, mas passivo dentro dessa trama hierarquizada rigidamente em classes sociais com interesses antagônicos.

Claudio Pereira é Geografo, professor e estudante de Direito da UFPA.


6 comentários:

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  1. Eu sou teu adversario20 abril, 2012

    Wilson, este Claudio Pereira,eu o conheço,e ele é um reacionario,com atitudes violentas de um legitimo reacionario.Falo e provo,Eu sou teu adversario

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  2. ALGUÉM DO MUNDO REAL E NÃO PROJAQUIANO OU HOLLYWOODIANO20 abril, 2012

    Funesto "eu sou teu adversário" a sua falta de decência e capacidade de raciocínio é exorbitante."A educação burguesa" fez de você esse pobre plebeu "com ares de buguês"sem identidade , insipiente e incapaz de dirimir o que está em seu entorno.Você se assemelha a um paciente há anos em estado de coma profundo que, ao voltar a si, alto questiona-se:Quem sou eu, aonde estou, o que faço aqui?Mas pelo ou menos voltam a si que ao contrário de você, mesmo gozando de boa vitalidade fisica e "mental"não consegue permissão da burguesia para aterrissar em seu próprio terreno.

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  3. Eu sou teu adversario20 abril, 2012

    Wilson,me pareceu que este ALGUEM DO MUNDO REAL ,É VOÇE MESMO,USANDO UM PSEUDONIMO.Que eu sou um burgues,não tem duvida alguma,pois eu e voçe,como todos os 250 mil habitantes da nossa cidade, somos burgueses,pois moramos em um burgo,chamado Imperatriz.Eu não tebho só ares,pois todos nós somos burgueses.Quanto a dizer que sou INSIPIENTE ,desconheço estes termo,talvez voçe quis dizer INCIPIENTE,e ai eu compreendo,porem discordo.Tambem afirmo que eu não alto questiono,pois não concordo e não acho que a palavra certa é Alto, e sim AUTO QUESTIONO.
    Quanto a afirmar que gozo de boa vitalidade fisica,discordo ,pois não consigo deixar de fumar cigarros de tabaco,e não de outros tipos de cigarros ilegai.No dia que a lei proibir de fuma-los deixarei de imediato,pos sou pela lei.Estou com 43 anos e já tenho problemas pulmonares.
    quanto a vitalidade mental,esta está cada dia melhor,e não equeçouma data que muito me alegra,que é 17 de março de l883,dia que comemoro com muito fogos de artificio e umas biritas para comemorar.O numero ideal para tudo,é 6164 e voçe sabe ou deveria saber porque.Eu sou teu adversario

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  4. Toninho do bacuri21 abril, 2012

    Wilson, este teu adversario,escreveu e convenceu.Parece que ele é muito preparado.Eu tambem descofio que este do mundo reak seja voçe,mas o nome não condiz com a tua condição,pois eu acho que vole não é deste mundo.
    Agora voçe fica na obrigação de nos esclarecer a data e o numero.Confio em voçe.Toninho do bacuri

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  5. É complicado vocês entenderem uma coisa: não sou covarde ao ponto de usar codinomes ou fakers para dizer o que penso. Agora, se o estado de alienação é tão grande que mesmo eu afirmando, e vocês vendo que aonde teço comentário há sempre minha identificação. Devo dizer só mais uma coisinha não tem mais satisfação a dar a quem realmente se esconde no anonimato e si perguntarem que são esses que comentam anonimamente em seu blog: só posso dizer que não tem cara, não tem dignidade, não tem brio, ou seja, não passa de linhas soltas sem saber quem as produziu.

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  6. Eu sou teu adversario21 abril, 2012

    Eu só vi um anonimo neste teu comentario.Foi o ALGUEM DO MUNDO REAL.os outros,todos,são conhecidos,e identidicaveis.Será que voçe não sabe ainda quem é o teu adversario? Não acredito Wilson.Fica até perigoso voçe andar na rua.
    Isto só confirma o quanto voçe é um ALIENADO. Já me falaram que voçe é um dos maiores reacionarios que temos na cidade,é verdade?Eu sou teu adversario

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Não veto comentário de ninguém, pois apenas os covardes se escondem por trás de um anonimato. Não seja você um.