Num
século dominado pela técnica e pela forma de executar mecanicamente as coisas, as
diferenças são excluídas, o que resulta numa redução militar da forma de agir e
pensar. O conhecimento é invariavelmente
submetido a um padrão, pensar por etapas, seguir uma programação, ser predeterminado,
constituem o arquétipo do homem moderno, que destituído do que legou o passado,
reprimi em si o gênio criativo; o filosofo, o homem de ciência, o aficionado
pela arte, o entusiasta da musica clássica, enfim toda cultura superior, para
eleger a técnica e a formatação dos costumes como toda fonte de progresso e
desenvolvimento humano.
Originariamente
a técnica não excluía a criatividade, ela confundia-se com a arte, eram
complementares e necessárias para evolução geral do espírito humano e da união
das duas resultaram sem exageros em todas as criações legitimas de veneração, incontáveis
obras artísticas, arquitetônicas e literárias foram feitas com as ferramentas da
técnica e as inspirações da arte, as catedrais góticas que o digam. Porém, ao
longo do tempo foram separadas e precisamente no século vinte houve a ruptura
definitiva, numa completa inversão da linha da historia, o século vinte maximizou
a técnica, deu uma uniformidade militarista ao comportamento, deu ares de superioridade
e soberba a ela e encaminhou o homem para o enquadramento de um ser sem
espírito, sem criação e obstinado à cadeia do objetivismo.
Isac Santos, universitário do curso de administração/UEMA e militante do PSTU/ITZ
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