O capitalismo transforma os homens em coisas. Não são o José, o João, a Maria. São o mecânico da oficina, o balconista, a caixa do banco. Sua qualidade é ser torneiro, pedreiro, ajustador. Uma propriedade externa a ele. Maria é uma ótima garçonete, e a ninguém ocorre conhecer realmente Maria, basta ser uma boa garçonete, um “objeto de consumo”, como os produtos que ela serve à mesa. Homens e mulheres ficam “coisificados”.
Conta um trabalhador, que era expositor de produtos em prateleiras de supermercados, que os colegas chamavam uns aos outros pelas marcas dos produtos que expõem, não pelos seus verdadeiros nomes. Um era o Bombril, o outro era o Omo. Ele era o Vodka. Não vem ao caso se a única razão para seu “nome” era o produto que expunha ... mas mostra bem a tendência à coisificação do homem pelo próprio homem.
Este é o quarto aspecto da alienação do trabalho estudado por Marx. Como as relações sociais entre os homens são substituídas pelas relações entre as coisas, que ganham vida, os homens estranham-se mutuamente. O homem não se reconhece em sua própria espécie humana. Ele vê no outro homem um concorrente, um produtor, um explorador, mas não outro homem, com suas qualidades, seus defeitos, suas emoções. Ao não reconhecer a espécie humana no outro homem, este não reconhece a si mesmo.
A situação da mulher
Esta alienação, ou estranhamento, do homem consigo mesmo no capitalismo encontra seu ápice na relação do homem com a mulher. Para Marx, “na relação com a mulher como presa e criada da volúpia comunitária está expressa a degradação infinita na qual o ser humano existe para si mesmo” . Isto é, a situação degradante da mulher é uma demonstração da situação do próprio gênero humano, já que a relação mais natural entre os homens é a do homem com a mulher, a relação de procriação. Com m que o casamento é “uma forma de propriedade privada exclusiva” e a prostituição é “elevada” à categoria de negócio lucrativo, sendo a forma mais degradante de propriedade privada, pois nela o homem usa sua própria espécie como mercadoria, fica claro que vivemos numa sociedade doente, sendo o machismo e o racismo as piores de suas doenças.
O homem só pode emancipar-se quando conseguir transformar a relação natural do homem com a mulher na mais humana das relações, pondo fim ao machismo. Ao mesmo tempo, a luta contra o machismo no capitalismo é parte da luta pela emancipação do homem, que só terá um fim com o fim da propriedade privada, inclusive aquela do homem em relação à mulher.
Fonte: PSTU
Wilson,,parabens pelo dia de hoje.Mais uma vida tombou ,com seis tiros.Voçes gostam destas estatisticas.l15.000.001
ResponderExcluirEu sou teu adversario