No modo de produção capitalista, a acumulação de capital, a posse da propriedade privada e o poder de consumo medem o valor do homem. Ou seja, tem mais valor na sociedade capitalista quem tem mais posses.
Tomando como referência que um povo reflete a ideologia dominante – a ideologia do capital – então, encontramos a fonte do ódio, do preconceito e da intolerância que culmina em atos de xenofobia. Os nordestinos, por terem baixo índice de poder econômico, negros e homossexuais são os que mais sofrem com esse poder excludente que o capitalismo gera entre as classes sociais.
A submissão dos menos favorecidos esperada pelas elites cria uma barreira de segregação e desigualdade cada vez mais visível dentro das classes sociais. Até aqueles que sofrem o preconceito de classe nutre no seu interior o desejo de poder alcançar o padrão de consumo para garantir sua segurança e o “direito” de replicar o mesmo ato preconceituoso que outrora contestava.
Outro exemplo que não interessa à sociedade capitalista, que não consome ou que não gera as condições de acumulação é a questão indígena na região sul do Maranhão. Populações indígenas têm sofrido uma pressão do povo branco com a ocupação e o avanço das cidades em seus territórios. Hoje não são mais de sua posse, mas quem deu ao branco? A inclusão “forçada” dos indígenas à sociedade dos brancos sempre foi problemática. Primeiro os navegantes portugueses, hoje o branco vindo de cidades próximas.
Os indígenas são expostos a um nível de xenofobia ainda maior que os pobres, nordestinos, negros e homossexuais, pois, para eles o sentimento de posse e acumulação de riqueza não faz parte de sua cultura. A necessidade de mais terra passa única e exclusivamente pela garantia de sobrevivência.
Os nordestinos refutaram com indignação o ponto de vista preconceituoso colocado por uma moradora do sudeste, em relação à expressiva votação obtida por Dilma Rousseff: "Nordestino não é gente. Faça um favor a São Paulo: mate um nordestino afogado" escreveu Mayara Petruso em seu Twitter. Logo em seguida tem uma postura segregadora pelo fato de que o órgão responsável em defender seus interesses dos índios no mundo branco viu a necessidade de ampliação de sua área. Daí saiu muitos comentários que igualam o ponto de vista da moradora do sudeste, de que para eles o nordestino não tem importância para o país. Para o sul maranhense quem não tem valor são os índios. O elo entre os dois é o fato que tanto um[nordestinos] quanto o outro[indígenas] não contribuem para o capitalismo, não tem poder de consumo.
Texto publicado no Jornal Noticias Populares 12/2010
Maria gaviao precisa falr com vc urgente. Para convidar para uma reunião dia o dia 6 as 17h, na rua santo Cristo
ResponderExcluirperot do posto Chico do Radio
sabe onde é´??????????????
onde fica??????????
Oi Vanusa,
ResponderExcluirEstarei lá.
Obrigado.