Toyotismo, fordismo, terceirização e quarterização. Muitas são as formas encontradas pelo sistema capitalista para aumentar a produção e mudar o vínculo do trabalhador com a empresa objetivando mascarar a exploração.
Os conflitos entre patrão e empregado, renderam muitas disputas nessa relação, com o passar do tempo outros fatores ajudaram a aumentar esses conflitos, principalmente impostos e contribuições vinculadas à contratação repassada ao estado.
Vendo o aumento dos encargos sobre a contratação, os patrões vêm encontrando uma saída, às vezes legal outras não. Aparece então a figura do trabalhador “moderno”, esse termo caracteriza não o trabalhador que opera máquinas com softwares de ponta, seja nas indústrias seja no campo, mas aquele que no primeiro momento mantém seu vinculo profissional em carteira com a empresa. O mesmo não acontece com a remuneração total, parte dela é paga “por fora” ou em formas de “comissões”, que mesmo se caracterizando um provento muitas vezes não serve como base de cálculo para previdenciário (parte patronal ou empregado), FGTS e PIS/COFINS.
Na necessidade de receber um valor maior sem os descontos legais, muitos trabalhadores não percebem que o valor que não é considerado como base de cálculo para a previdência, também não será levado em consideração no cálculo de uma futura aposentadoria, fazendo com que um operário que ganhe uma renda superior a três salários mínimos, mas que em carteira conste apenas um esse será o valor reconhecido pelo governo.
O trabalhador “moderno” também aparece na forma de total desvinculação legal com a empresa, mas que mantém de forma indireta, pois o trabalho realizado para a empresa vem de um modelo de formalização chamada autônomo ou empreendedor individual, nesses casos o trabalhador também se ilude pelo fato de está recebendo uma renda “maior”, mas por outro lado quando seu período produtivo acabar ele poderá ficar desamparado na velhice, poucos são os casos de trabalhadores que poupam pensando nisso.
Para as empresas capitalistas esse trabalhador é o ideal, além de continuar garantindo a apropriação da riqueza gerada pelo trabalho, não tem vínculo formal, tem nesse trabalhador um operário que produz mais, pois trabalha mais tempo.
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