terça-feira, 22 de junho de 2010

NÃO IMPORTA SE É SARNEY QUE MANDA, SÓ NÃO O QUERO DO MEU LADO

Os que ainda estão no PT ainda se seguram no passado, de um PT de esquerda que há muito tempo se vendeu por cargos em governos e teve seu ápice na declaração da “Carta ao Povo Brasileiro”, em 2002, Lula/PT baixou a guarda, pra não dizer peças de roupas em troca do apoio de empresários, banqueiros e latifundiários em troca da presidência, pois segundo ele mesmo “...eu não estou disposto a perder uma quarta eleição.", "... o PT não nasceu para ser eterna oposição.”. Logo no primeiro governo contou com a adesão do PMDB do patriarca da oligarquia Sarney e seus partidos satélites, justificando que era para garantir a governabilidade. Durante os oito anos de governo Lula/PT o PMDB e personalidades sarneyistas sempre estiveram na base de sustentação do governo, Roseana também assumiu como líder do governo no senado e o atual presidente - após um escândalo amenizado por Lula - é o líder do Clã Sarney.

Fui questionado por algumas pessoas sobre os fatos ocorridos nos últimos dias acerca de manifestação, documentos, lavagem de camiseta, greve de fome e passeata; disse que me manifestaria passado todo esse show mórbido.

Se haverá coligação formal ou não com Roseana/PMDB isso pouco importa, pois os projetos ditos opostos no Maranhão levam para um único objetivo, o continuísmo de uma política neoliberal, assistencialista na esfera nacional e isso nunca foi ponto de questionamentos dos descontentes por ter Roseana do lado no Maranhão, mas tendo Sarney como conselheiro e articulador dessa ditadura dos acordos por cima.

O fato é que os PTistas que ainda estão filiados ao PT ou aqueles que se desfiliarão ainda nutrem um sentimento “familiar” a uma instituição falida ideologicamente, caíram na vala comum da política dos cargos e dos gabinetes. Não precisam estar mais nas manifestações populares, em greves para que sejam reconhecidos como o representante da classe, pois é mais confortável representar os banqueiros e o agronegocio e os oligarcas que ajudaram o PT a chegar ao poder, com menos suor na camisa.

O acordo com os grevistas e PTistas descontentes com a aliança é a prova cabal de que o problema não é a aliança com o PMDB nem com a política neoliberal do PT que foi trazida da gestão FHC/PMDB e que tem como ponto principal deixar livre PTistas que não concordam para apoiar o candidato que melhor representa seu interesse pessoal, mesma que a sigla esteja com os sarneys.

E o convite de filiados do PSOL aos “rebeldes” do PT? Não expôs minha posição justamente para que eles vejam o que pontuei, eles não saem do PT não pelo fato de discordar da política neoliberal do governo de Lula/PT com seus apoiadores, eles não sairão pelo fato de que é mais fácil continuar em seus gabinetes e nos cargos no PT que em qualquer outro partido, mesmo que seja no PCdoB que é mais um pau mandado do que uma sigla partidária, eles não usarão criticar a “estrela” construída, Lula, para não ter que voltar à luta. Esses militantes do PSOL, que se identificam como “irmãos fraternos” dos rebeldes do PT, só diferenciam do PTistas pelo fato de terem reconhecido o que representa Lula e seu projeto de poder, mas até onde irá esse linear precisamos esperar pra ver, só preciso falar por mim mesmo, por eles que façam o mesmo, só não aceitarei usarem suas ladainhas como se fosse do coletivo do PSOL como passou em sua carta de “oferecimento”.

Um comentário:

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  1. O PMDB não liga mais, faz tudo por puro interesse. E alguns petistas ainda resistem à destruição que Lula e sua orda submetem o partido.

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