Decisão da Justiça resguarda área
de 42 hectares que abrange municípios no Maranhão, Piauí e a bacia do Rio
Parnaíba.
A 5ª turma do Tribunal Regional
Federal da 1ª Região (TRF1) acatou o pedido da Procuradoria Regional da
República da 1ª Região (PRR1) e decidiu suspender licenciamento ambiental
concedido pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Maranhão à empresa
Suzano Papel e Celulose S/A para produção de celulose em área de 42 hectares.
A Decisão da 8ª Vara Federal da
Seção Judiciária do Maranhão havia negado o pedido de liminar do MPF que
pretendia a paralisação das obras em região abrangida pelos municípios de Santa
Quitéria, Anapurus, Belágua, Mata Roma, Santana do Maranhão, São Benedito do
Rio Preto, São Bernardo, Urbano Santos, Chapadinha, Coelho Neto, Caxias e Codó.
Segundo a ação civil pública, a
empresa Suzano havia recebido a licença para plantio de eucalipto destinado à
produção de carvão, no entanto, pretendia exercer atividade de plantio para a
produção de celulose. O MPF ainda alegou que as licenças obtidas foram
concedidas pela Secretaria do Estado do Meio Ambiente (Sema), quando deveriam
ter sido concedidas pelo Ibama, já que a área afetada compreende a bacia do Rio
Parnaíba, que divide os estados do Maranhão e Piauí, sendo, portanto, de
propriedade da União.
Após o pedido ter sido negado
pela Justiça Federal, o MPF recorreu ao TRF1, que ficou encarregado de julgar o
processo. A PRR1 emitiu parecer pedindo a paralisação das obras, por acreditar
que elas podem provocar impactos ambientais sensíveis sobre a área dos dois
estados. “A região do Baixo Parnaíba apresenta os maiores problemas ambientais
no rio Parnaíba, relacionados a desmatamentos e assoreamentos”, ressalta o
documento.
De acordo com a PRR1, ainda há
outras nulidades ocorridas durante o licenciamento. O parecer da Sema que
concluiu pela viabilidade do empreendimento teria deixado de apreciar os
questionamentos de cidadãos quanto aos possíveis impactos sociais no local,
além de não considerar as populações remanescentes de quilombos. “Nenhum
levantamento foi feito pelo INCRA sobre a situação fundiária dessas
comunidades”, destaca o parecer do Ministério Público Federal.
A 5ª Turma do TRF1 concordou com
o posicionamento do MPF e decidiu dar provimento ao recurso, concedendo o
pedido de liminar que determina a paralisação da obra. A Suzano Papel e
Celulose S/A ainda pode recorrer da decisão.
Fonte: AMAZONIA.ORG.BR
Em relação à notícia veiculada sobre a Ação Civil Pública a respeito da suspensão da licença de operação que autoriza o plantio de 42 mil hectares de florestas de eucaliptos no Estado do Maranhão, a Suzano Papel e Celulose (“Companhia”) esclarece que, em 04/05/2010, o Ministério Público Federal do Maranhão (“MPF”) requereu, dentre outras coisas, que tal licença emitida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Estado do Maranhão (“SEMA”) fosse declarada nula, porquanto deveria ter sido emitida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (“IBAMA”) e não pela SEMA.
ResponderExcluirRequerida tutela antecipada foi negada, pelo Juiz de Direito da 5ª Vara Federal do Maranhão, após a apresentação das respectivas alegações de defesa por parte da Companhia e do próprio estado do Maranhão. O MPF recorreu da decisão, com alegações acolhidas pela 5ª Turma do Tribunal Regional Federal de forma a conceder a tutela antecipada. A Companhia reforça sua convicção de que agiu e continuará agindo de forma absolutamente adequada, baseada na prática vigente no Brasil, onde os licenciamentos ambientais são realizados pelo Estado. Pareceres de renomados juristas confirmam esse entendimento.
A Companhia muito embora não notificada oficialmente, antecipa que tomará oportunamente todas as medidas judiciais cabíveis para fazer valer seus direitos. A área florestal afetada pela tutela da 5ª Turma do TRF não estava prevista e não será utilizada para o suprimento de madeira para o site de Imperatriz, no Maranhão.
São Paulo, 20 de março de 2012.
Alberto Monteiro de Queiroz Netto
Diretor Executivo de Finanças e de Relações com Investidores
Wilson,voçe tem poucos leitores,mas parece que são preparados.
ResponderExcluirQuanto a Suzano,o pior problema deles,é que uma grande parte das suas florestas plantadas,estão em terras griladas da União,e sem reserva legal de 50%,conforme exige o codigo floretal.Esta situação,foi que levou o socio japones ,na Celmar,a desistir do negocio,pois isto vai dar muita demanda judicial.Taí um bom assunto para voçe estudar.Eu sou teu adversario.