quinta-feira, 15 de março de 2012

A Participação nas eleições na democracia burguesa sempre representou uma contradição com as organizações revolucionárias. De um lado, é uma intervenção em "território inimigo", um campo de classe no exterior, onde o Estado burguês disfarça seu caráter de "ditadura do capital" para tentar enganar os trabalhadores que são eles que definem os “destinos" do país.


Por outro, as liberdades democráticas e do debate político gerado na população são uma excelente oportunidade para divulgar o programa revolucionário e de diálogo com um amplo setor do movimento de massas, disputando a sua consciência, e construir o partido revolucionário.

Não é coincidência, então, que Lenin (que dificilmente pode ser acusado de reformista) desenvolve, em seu livro "Esquerdismo Doença Infantil do Comunismo", um debate contra o "cretinismo anti-parlamentar", afirmando que, como um setor da classe trabalhadora mantenha suas expectativas em democracia burguesa, é o dever dos revolucionários para participar da luta eleitoral para disputar a consciência.

Nesta base, o II Congresso da Terceira Internacional nas suas resoluções aprovadas isso é muito claramente orientado para os partidos comunistas, tanto sobre a necessidade de participar neste domínio, como os critérios para a realização desta luta.

Nesta orientação essencial, as organizações morenistas, ao longo da história, têm impulsionado táticas diferentes de participação eleitoral na Argentina e outros países. Eles vão desde o apelo ao voto em branco (Argentina, no início de 1960, a proscrição do peronismo) para projetos de construção reais de partido, como no país em 1972, com o PST, e em 1982, com MAS.

Neste dossiê, apresentamos, capítulo VII do livro "Esquerdismo..." e a resolução "O Partido Comunista", a que nos referimos. Também várias resoluções e documentos que definem e orientam alguns dos morenistas as organizações intervenções.

Em alguns casos, eles são apenas pontos resolução ou equilíbrio, no âmbito dos documentos mais longos. Por exemplo, na seção 4 do GOM, reunião do CC em 1948, que está considerando a possibilidade de intervir nas eleições de Avellaneda (classe trabalhadora da cidade ao sul da Grande Buenos Aires).

Em outros, são verdadeiras obras de orientação teórica e política da razão para intervir nas eleições, os critérios de como construir o partido revolucionário, como é o documento "A nossa campanha eleitoral", escrito por Nahuel Moreno em 1972.

Um comentário:

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  1. camarada,
    realmente este texto é muito importante para a formação crítica dos marxistas revolucionários.
    Faço parte de um coletivo que saiu recentemente do psol no Pará(ARS) e no último período acompanhei as contradições da política do PSOL, principalmente, no que se refere ao seu eleitoralismo.
    Por isso, foi uma grande decepção para o meu coletivo em Belém a frente eleitoral fechada entre PSOL,PSTU e PC do B, quando tínhamos discutido apoiar a candidatura própria do seu PSTU a prefeitura. o PC do B governa o país junto com o PT, impleta as políticas de privatizações, e no último período governou o estado com o PT de Ana Júlia, atancando a categoria da educação em greve. Já Edmilson foi prefeito de Belém por dois mandatos, aplicou a lei de responsabilidade fiscal, reprimiu greves dos trabalhadores da saúde e da educação. Certamente esse tipo de aliança não ajuda na elevação do nível de consciência da classe trabalhadora.

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