Não posso deixar de replicar e comentar esse matéria publicada no site CONEXÃO BRASILIA MARANHÃO acerca do comentário de Boris Casoy, em "OFF", que sem a hipocrísia comum de muitos políticos deixou transparecer seu preconceito de classe.
"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos comaradas." (Che Guevara )
Com esse bordão, mais do que suas qualidades técnicas ou mesmo intelectuais*, Boris Casoy tornou-se um rosto conhecido e um profissional respeitado em todo o Brasil.
Para muitos, era a voz da indignação popular. Encarnava muito bem o arquétipo liberal da imprensa como defensora da liberdade de expressão da sociedade.
Jornalista de extensa carreira, na condição de apresentador de telejornais** de várias redes nacionais de TV, seria natural a obtenção dessa visibilidade, mas o apresentador se consagrou mesmo com a frase, mais famosa do que ele próprio.
Na última noite de 2009, Boris Casoy foi pego expressando seu preconceito de classe na abertura do Jornal da Band. Sem saber que o seu microfone estava aberto, deu essa declaração sincera, após dois garis passarem uma mensagem de feliz ano novo aos telespectadores:
“Que merda… dois lixeiros desejando felicidades… do alto de suas vassouras… dois lixeiros… o mais baixo da escala do trabalho…”
O título desse texto é tão somente a decisão esperada pela (imensa) parcela da sociedade brasileira que não aceita manifestações de cunho preconceituoso ou discriminatório.
A demissão voluntária é o mínimo que deve acontecer se Boris for realmente uma pessoa séria. O processo judicial é obrigação dos sindicato dos garis. Espero e torço muito para que este senhor seja obrigado pela Justiça a pagar uma polpuda indenização aos dois garis que apareceram no vídeo e às entidades sindicais da categoria.
No dia seguinte ao que boa parte da imprensa tratou como “gafe”, ele pediu desculpas pelo que chama de “uma frase infeliz”. Eufemismo nos ouvidos dos outros é Mozart.
Tarde demais. A face sincera havia sido exposta na noite anterior.
Assista ao vídeo abaixo, que mostra o jornalista expressar seu preconceito de classe contra quem ele considera “o mais baixo da escala do trabalho”.
E tem gente que acha as letras e músicas do hip hop “pesadas demais” contra a burguesia.
Assim como o próprio Bóris deve achar que cometeu apenas um errinho e que merece ser perdoado. “Afinal, até José Roberto Arruda e Fernando Collor de Mello foram perdoados”… deve pensar…
É capaz até de ele se dizer “cerceado” na sua liberdade de expressão por conta do desejo expressado no título desse texto.
Aliás, do Casoy eu digo o mesmo que costumo falar do Arruda: esse aí nunca me enganou!
*Boris Casoy, durante um programa Canal Livre tendo Ciro Gomes como convidado (o vídeo está disponível no Youtube), revelou não saber a população de Fortaleza(CE), quinta maior cidade do país. Ciro ensinou para ele a lição básica de geografia humana e ainda mostrou para o jornalista que o Brasil não se resume a São Paulo e Rio.
**Vale mencionar que Boris Casoy recebe da emissora da família Saad um gordo salário, mas como pessoa jurídica. Uma manobra cada vez mais comum para aliviar os patrões, que ficam desobrigados de pagar os direitos trabalhistas e tributos previdenciários. É este senhor, que contribui diretamente para erodir os direitos trabalhalistas da sua categoria, que se julga no direito de dar lições de moral à população, com o seu bordão que agora pode ser usado contra o seu criador:
ISTO É UMA VERGONHA!!
PS: Recomendo o excelente texto do Mário Augusto Jakobiskind, incansável combatente por uma imprensa séria:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/jakobskind-e-o-flagrante
E acrescento o que o leitor Sandro Hestoi lembra nos comentários: Boris Casoy foi sabujo de governos bionônicos e delator de colegas durante a ditadura civil-militar de 1964-1985. Jakobiskind também registra que Casoy foi membro do nefasto CCC (Comando de Caça aos Comunistas), equivalente tupiniquim dos Camisas Negras italianos
"Se você treme de indignação perante uma injustiça no mundo, então somos comaradas." (Che Guevara )
Com esse bordão, mais do que suas qualidades técnicas ou mesmo intelectuais*, Boris Casoy tornou-se um rosto conhecido e um profissional respeitado em todo o Brasil.
Para muitos, era a voz da indignação popular. Encarnava muito bem o arquétipo liberal da imprensa como defensora da liberdade de expressão da sociedade.
Jornalista de extensa carreira, na condição de apresentador de telejornais** de várias redes nacionais de TV, seria natural a obtenção dessa visibilidade, mas o apresentador se consagrou mesmo com a frase, mais famosa do que ele próprio.
Na última noite de 2009, Boris Casoy foi pego expressando seu preconceito de classe na abertura do Jornal da Band. Sem saber que o seu microfone estava aberto, deu essa declaração sincera, após dois garis passarem uma mensagem de feliz ano novo aos telespectadores:
“Que merda… dois lixeiros desejando felicidades… do alto de suas vassouras… dois lixeiros… o mais baixo da escala do trabalho…”
O título desse texto é tão somente a decisão esperada pela (imensa) parcela da sociedade brasileira que não aceita manifestações de cunho preconceituoso ou discriminatório.
A demissão voluntária é o mínimo que deve acontecer se Boris for realmente uma pessoa séria. O processo judicial é obrigação dos sindicato dos garis. Espero e torço muito para que este senhor seja obrigado pela Justiça a pagar uma polpuda indenização aos dois garis que apareceram no vídeo e às entidades sindicais da categoria.
No dia seguinte ao que boa parte da imprensa tratou como “gafe”, ele pediu desculpas pelo que chama de “uma frase infeliz”. Eufemismo nos ouvidos dos outros é Mozart.
Tarde demais. A face sincera havia sido exposta na noite anterior.
Assista ao vídeo abaixo, que mostra o jornalista expressar seu preconceito de classe contra quem ele considera “o mais baixo da escala do trabalho”.
E tem gente que acha as letras e músicas do hip hop “pesadas demais” contra a burguesia.
Assim como o próprio Bóris deve achar que cometeu apenas um errinho e que merece ser perdoado. “Afinal, até José Roberto Arruda e Fernando Collor de Mello foram perdoados”… deve pensar…
É capaz até de ele se dizer “cerceado” na sua liberdade de expressão por conta do desejo expressado no título desse texto.
Aliás, do Casoy eu digo o mesmo que costumo falar do Arruda: esse aí nunca me enganou!
*Boris Casoy, durante um programa Canal Livre tendo Ciro Gomes como convidado (o vídeo está disponível no Youtube), revelou não saber a população de Fortaleza(CE), quinta maior cidade do país. Ciro ensinou para ele a lição básica de geografia humana e ainda mostrou para o jornalista que o Brasil não se resume a São Paulo e Rio.
**Vale mencionar que Boris Casoy recebe da emissora da família Saad um gordo salário, mas como pessoa jurídica. Uma manobra cada vez mais comum para aliviar os patrões, que ficam desobrigados de pagar os direitos trabalhistas e tributos previdenciários. É este senhor, que contribui diretamente para erodir os direitos trabalhalistas da sua categoria, que se julga no direito de dar lições de moral à população, com o seu bordão que agora pode ser usado contra o seu criador:
ISTO É UMA VERGONHA!!
PS: Recomendo o excelente texto do Mário Augusto Jakobiskind, incansável combatente por uma imprensa séria:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/jakobskind-e-o-flagrante
E acrescento o que o leitor Sandro Hestoi lembra nos comentários: Boris Casoy foi sabujo de governos bionônicos e delator de colegas durante a ditadura civil-militar de 1964-1985. Jakobiskind também registra que Casoy foi membro do nefasto CCC (Comando de Caça aos Comunistas), equivalente tupiniquim dos Camisas Negras italianos
Wilson, se esse senhor pudesse voltaríamos a ditadura burguesa que ele ajudou a forjar no Brasil. Isso é uma excrescência humana, resquíciu mórbido do SNI. Já morreu e esqueceram de enterrar. Queria ele ter 5% da dignidade de um trabalhador garí.
ResponderExcluir