sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A DEMOCRACIA DO CAPITAL

Em Imperatriz virou tradição a “alternância” de poder na cadeira do Executivo Municipal no que diz respeito aos partidos políticos e seus representantes, o que não mudou é a percepção dos eleitores que apostam em candidatos que se apresentam como “novo”, “libertador”, “mudança”, mas na verdade só representam o continuísmo de um modo político baseado no apoio econômico do empresariado para que defendam seus interesses.

O pleito eleitoral disputado em 2008 mais uma vez prevaleceu a disputa do capital financeiro entre os candidatos, o volume de arregimentação durante a campanha: nas carreatas e passeatas era proporcional aos recursos financeiros advindos de Fundo Partidário, doações em dinheiro ou estimados de Pessoas Físicas e Jurídicas. Para os eleitores as propostas eram secundária no processo o que definia o voto em algum candidatos era o tamanho da passeata e carreatas, ou ainda, quantos percentuais estavam na frente nas pesquisas.

O processo “democrático” que tanto se orgulha a Justiça Eleitoral, só porque qualquer um “pode” participar - realmente qualquer um?! desde que tenha recursos ou a máquina nas mãos e bons advogados que os mantenham na disputa com recursos contra processos na própria justiça eleitoral, civil e criminal - mas omitem a informação que só quem pode ganhar são aqueles que detêm grandes recursos, muita das vezes de fonte ilícita.

O volume de recursos empregados na disputa para se chegar à cadeira do Executivo ou Legislativo Municipal demonstra verdadeiramente o que ganha uma eleição nesse modelo democrático entre outros como: uso da máquina pública, coação do funcionalismo, compra de voto etc.

O prefeito eleito de Imperatriz Sebastião Madeira/PSDB chegou em primeiro lugar não só nos votos 59.087, mas também nos recursos financeiros empregados que somaram R$2.363.277,30 obtendo o custo de R$40,00 para cada voto recebido. O segundo colocado Ildon Marques/PMDB com 38.441 votos investiu R$ 920.275,50 custando a ele R$23,94 cada voto. João Batista/PP em terceiro com 10.183 votos gastou R$ 97.680,00 ficando cada voto no valor de R$9,59. Em quarto lugar com 7.886 votos Jomar Fernandes/PT gastou R$305.015,00 custando cada voto o valor de R$38,68. Em quinto lugar com 500 votos Justino Filho/PTN que declarou gastos de R$1500,00 custando a ele cada voto o valor de R3,00.
Veja no quadro abaixo os doadores/valores da campanha do prefeito eleito:


(fonte: http://www.tse.gov.br/).

Claro que é o valor declarado à justiça eleitoral, mas pra quem viu o volume de campanha com carros de som, quantidade de carreatas, cabos eleitorais, material de campanha etc. Será que os valores batem com a realidade?
Não pára por ai, vejamos a tabela abaixo, que trás o custo de cada voto recebido pelos vereadores eleitos:

A renovação na Câmara Municipal foi de 69% e não foi maior devido o volume de recursos como mostra o quadro dos vereadores “vitalícios” para se manter em uma das cadeiras e dos novatos o ramo empresarial e “jornalístico assistencialista” se mostrou eficaz, mas o que parece exceção não é.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não veto comentário de ninguém, pois apenas os covardes se escondem por trás de um anonimato. Não seja você um.