quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

2010 E O APAGÃO DIGITAL

O Brasil está virando especialista em apagões, sejam no sistema aéreo, telefônico ou no sistema energético, outras formas veladas de apagões como no sistema de saúde, ética política e institucional (câmara, senado, supremo tribunal federal). Todos esses problemas têm um ponto em comum, falta de planejamento estratégico que venha prever as crises, é normal que o aumento da demanda cause saturação culminando no colapso completo.

Hoje um serviço que tem uma demanda crescente é o de acesso à internet. Apesar de propagandas de empresas oferecendo velocidades, serviços e tecnologias considerados de ponta a verdade é que estamos anos luz atrasados na qualidade. Os provedores se utilizam de propagandas e de regras de probabilidades (usuários simultaneamente) para vender ao maior número possível de clientes o mesmo link(velocidade) ou vender links sem deixar claro se é full duplex(real), e que o mesmo link usado por um determinado cliente poderá em dado momento estar sendo compartilhado por outros.

Alguns provedores de websites de já passaram por problemas no acesso excessivo de usuários, o próprio site da receita federal do Brasil passa por esse problema anualmente no período de entrega de declaração de imposto de renda.

Mas tirando essas questões comerciais hoje já vivemos situações semelhantes – os famigerados spams -, em menos grau, do que poderão passar os usuários de servidores de e-mail graças a liberação do uso da internet como um espaço livre de propaganda. Imaginem no meio virtual, o que acontecia com os postes, muros, viadutos etc que servia de locais para propaganda de candidatos sem controle.

Hoje temos vários servidores de e-mail grátis com variadas capacidades de armazenamento de e-mail em caixas postais (hotmail, Yahoo, gmail) alem dos pequenos provedores de acesse que limitam ainda mais esse espaço de armazenamento em seus servidores. Sem contar com as paginas de relacionamentos como o ORKUT com seus recados.

Essa questão de apagão digital em 2010 com a liberação do uso do meio virtual nas eleições do ano que vem o sistema de internet brasileira vão passar por uma prova de fogo onde o resultado pode ser apagões a nível nacional. Já comentei essa preocupação com especialistas do ramo, quase que unanimidade afirmam que o problema é remoto. Para os provedores pode até ser, se efetuarem investimentos em seus equipamentos, mas os usuários que podem estar recebendo cerca de 300 e-mail/dia de candidatos tentando passar que é o melhor nome para representá-lo nas instâncias do poder não há HD que suporte a impaciência com tanto e-mail a cada instante entrando em suas caixas postais.

Acreditar que os políticos terão bom senso é a mesma coisa de acreditar em milagres, já que eles não respeitam nem nosso dinheiro, imagine com nossas caixas postais que muitas das vezes são uma fonte de comunicação, estudo e de trabalho importantes.
Como sempre o usuário e o eleitor é quem sairá prejudicado com as excessivas propagandas em busca de votos, com as velhas promessas típicas dos políticos que nem si quer respeita o espaço, mesmo que virtual dos outros, para sua autopromoção com uma vantagem pra eles: não precisarão vestir a velha mascara de bons moços e sorridentes, pegando as criancinhas sujas da periferia no colo e abraçando senhores e senhoras com o desodorante vencido, não que a internet acabará com isso, mais ajudará na diminuição dessa tarefa, claro que esse trabalho não será feito por ele mais por equipes de marqueteiros virtuais.

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