O governo Dilma Rousself/PT-PMDB cumpre a
agenda do agronegócio e da mineração.
Então não deve soar estranho o titulo “Procuradorias comemoram a
prevalência da tese de que é supletiva a competência do IBAMA no licenciamento
de atividades que afetem diretamente apenas um Estado da Federação.” Desde
quando a Advocacia Geral da União se comporta como torcida organizada? O Ministério
Público Federal entrou com um pedido de tutela antecipada referente ao
licenciamento da fábrica da Suzano em Imperatriz. Um dos questionamentos do MPF
dizia respeito aos impactos da fábrica sobre o rio Tocantins. No entender da
AGU, e da justiça federal que acatou os seus argumentos, os impactos da fábrica
se restringem ao estado do Maranhão porque os seus resíduos serão tratados
antes que cheguem ao rio. Há ai uma contradição no argumento da AGU. Se, como
observa o Eia Rima, “...os efluentes do processo produtivo serão submetidos a
um rigoroso tratamento para inibir qualquer alteração ambiental relevante na
qualidade do corpo hídrico receptor e, portanto, os impactos ambientais diretos
não ultrapassarão os limites territoriais do Maranhão, razões pelas quais a
atribuição para o licenciamento é do órgão estadual ambiental.”, então a AGU
deveria explicar que impactos são esses e como eles somente ocorrerão nos
limites territoriais do Maranhão. Parece que os limites territoriais
maranhenses se comportariam como uma rolha que vedaria a passagem dos resíduos
para o lado tocantinense. A alegação dos advogados é despropositada, mas se
deve recordar que ela se baseia num documento aceito pela Secretaria do Meio
Ambiente do Maranhão. Os advogados da
união e os técnicos da SEMA esquecem que o rio Tocantins é um corpo só, então
qualquer coisa que aconteça do lado maranhense afeta o lado tocantinense. A
comemoração da AGU, expressa no titulo da matéria, tem muito de leviandade até
porque o IBAMA assumir o licenciamento ambiental da fábrica da Suzano só
tornaria a fiscalização mais severa. A SEMA leva a fama, mas quem elaborou o
termo de referência para a fábrica da Suzano foi a empresa de consultoria
Elabore.
Mayron Régis do blog Territórios Livres do Baixo Parnaíba
Comentário do blog:
Essa relação promiscua entre os órgãos ambientais nas
esferas federa, estadual e municipal já foi constatada por nós em um post
anterior, releia:
Parece que o sr wilson que um emprego na suzano.
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