Há quase 48 anos da posse como
governador do Estado do Maranhão, 1966, o clã chefiado pelo maior estrategista
para se manter no poder, José Sarney/PMDB, está às vias de ser abandonado no Maranhão
justamente pelo partido que depende diretamente de seus tentáculos espalhados
pelos “poderes” em nível nacional como comentam a mídia sobre o possível apoio
do PT à candidatura do PCdoB de Flávio Dino?
Sinceramente, reconhecendo o poder
de articulação – sob vias imorais/antiéticas – do patriarca do clã será pouco
provável que o PT e LULA consigam convencer os Sarney´s a deixar seu domínio
sobre o Estado miserável que ele construiu e que tanto se locupleta há quase
meio século.
No tabuleiro do jogo do poder pelo
poder que é a política do PT e dos demais partidos da direita brasileira o
PCdoB não teria tantos trunfos na manga como quer passar ao tentar pressionar o
PT – onde também é da base aliada - com ameaças de apoios a partidos de
oposição na disputa nacional.
Com essa visão, desenho duas possibilidades
no cenário eleitoral analisando essa refrega de compadres: Primeiro, como o
projeto do PT é uma coalizão ampla para deixar mais fácil a permanência do
partido na esfera federal, como direção do capital e terá no Estado de pouco
peso econômico um caso peculiaridade de dois aliados estarem numa briga pelo
poder regional a melhor saída seria que o partido não declarasse apoio a nenhum
ou a ambos, no caso de ambos dividindo as figuras públicas do partido em
aparições a cada candidatura, nesse caso a briga seria em que candidatura o que
elege até poste apareceria, LULA. Segundo, é a possibilidade mais provável para
mim - apesar de muitos acharem o contrário - que é uma aliança de aliados na
esfera federal - PCdoB/PMDB - compondo no estado. Nessa configuração a meu ver
seria mais fácil para o PT e para Lula convencer os Sarneys que esse seria a
melhor saída, haja visto que, os Sarneys não conseguem encobrir os frutos de
tanta pilhagem do clã ao povo maranhense, apesar de que essa rejeição
praticamente some durante o processo eleitoral com o volume de dinheiro que
circula na compra de votos que chamam de campanha.
Essa politicagem pode pintar um
quadro ainda mais surreal (nem tanto) em Imperatriz. Com a “alma” vendida aos
Sarneys – e promessa é dívida – se o segundo cenário se confirme teremos mais
um “expoente da politicagem” ligado ao projeto do PT, estou me referindo ao
prefeito do PSDB em Imperatriz, que já está nessa “rede” melhor dizer malha
(PCdoB, PT, PMDB, Madeira/PSDB) tecida onde o nó está no simples objetivo
comum, estar no poder.
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