As mobilizações que ocorreram
em outros países: França, Grécia, Estados Unidos, Egito, etc., tendo como pano
de fundo os mais diversos temas: étnico, trabalhista, capitalismo, ditaduras
respectivamente tiveram grande influência nas manifestações ocorridas no Brasil
este ano. Seja por questões de desocupações, ambientais como a construção de hidroelétricas
no Xingu, transporte público ocorridas em junho e mais recentemente contra a
privatização do pré-sal defendida pelo governo federal.
A sociedade está se
mobilizando quase “instintivamente” ao se depararem com algum tema que chama a
atenção de algum grupo social e recebe apoio dos demais para que unidos
consigam avançar as lutas, foi o que ocorreu no caso do transporte público que
iniciou em São Paulo e se disseminou em todos os estados brasileiros. Hoje os
movimentos sindicais, apesar de estarem – em sua grande maioria – atrelados aos
governos não conseguem controlar suas bases, que passam por cima das direções
para irem às ruas em busca de conquistas, e, para não perder o pouco de
credibilidade as direções também seguem a base, uma posição oportunista, mas necessária
no momento, que fortalece mais a classe do que a sua direção.
O tema mais atual,
apesar de ter uma importância para a nação – o petróleo – ainda não é debatido
em todo o país, mas as mobilizações que estão centralizadas no rio de Janeiro
pelo fato de ser naquele estado onde serão realizados os leilões poderá despertar
o “instinto” pela defesa das riquezas naturais contra a privatização defendida
pelo governo em favor das grandes corporações internacionais.
A nosso ver, a semente
das mobilizações populares ainda precisa de um caráter mais consciente para
avançar na união dos trabalhadores em torno de conquista de espaço na esfera do
poder – hoje nas mãos da burguesia conservadora -, mas comparado aos anos de
apatia dos movimentos sociais nos 10 anos anteriores do governo do PT ficamos
bastante entusiasmados com o que ocorre hoje.
Vamos “regar essa
semente” e que ela se torne uma produtora de transformações sociais de percepção
de classe e isso não se dá sem organização revolucionária e de vanguarda.
Meu caro wilson. A ideologia de kark parece justa e é, mas somente no papel. Quando aplicada vira ditadura. Exemplo urss, china, cuba.
ResponderExcluirMude para cuba e seja feliz então.