Você precisa ser magro e atlético,
você precisa estudar, você precisa ter posses, você precisa manter o estado.
Muitas dessas imposições são vistas pelo senso comum como naturais assim como:
respirar, se alimentar, o nascer cair depois nascer de novo dos dentes, o de um
parto após nove meses de gestação.
Dentro de uma sociedade onde a
hegemonia ideológica padroniza tudo que para ser aceito nela precisa ser
defendida como natural nunca será uma sociedade de homens plenos, apesar disso
existem àqueles que dizem estar plenos por alguma conquista imposta pela
sociedade ao qual é parte fundamental para mantê-la.
O fato de alcançar uma graduação
acadêmica pode ou não ser uma necessidade individual. Ao possibilitar o contato
com o conhecimento (teses/estudos/pesquisas) já debatido por outros que se
interessaram no pesquisar e no criticar as teorias apresentadas à academia é o
local certo para isso, mas a meu ver, em grande parte essa imposição é o
caminho de reforçar o controle do estado sobre o ser pensante, claro desde que
ele se deixe dominar pelos padrões impostos.
Nesses primeiros dias em contato
com a universidade me surpreendi com muitas coisas: primeiro que a academia se
deixa mais influenciar pelo senso comum do que o poder que ela teria de
influenciar quem tem contato com ela, sendo assim, ela se padroniza aos moldes
dos que adentram a ela, ou seja, àqueles que trazem a carga ideológica da
sociedade externa a ela. Apesar disso, é de se reconhecer que os professores
têm a plena clareza dessa correlação de forças nas quais estão submetidos, a
certo modo, a não se oporem à maioria.
Gostaria de expor nessas pequenas
observações iniciais minha angústia pessoal em relação às contradições
existentes no meio acadêmico, mas com toda serenidade tenho a plena clareza que
o curso de licenciatura em Ciências Humanas – Sociologia me dará, dentro do que
é exigido pela sociedade à qual sou um escravo, o reconhecimento necessário
dela, para assim poder criticá-la com mais clareza.
Pretendo a todo o custo não cruzar
a linha tênue entre o acadêmico com práxis crítica ao acadêmico passivo com
seus textos escondidos em pastas e subpastas de seu computador, na eterna
dúvida se suas criticas podem ou não agradar o senso comum.
Wilson Leite
Acadêmico de Ciências
Humanas – Sociologia - 1º Período
Não crie grandes esperanças,pois um Eike Batista para nossa sociedade vale mais do que o conjunto de todos os sociólogos, filósofos , escritores e homens de ciência que já existiram e existem, se leva em conta o fato de que as universidades não formam filósofos e sim mão de obra para esse ou aquele ramo da indústria, do comercio e etc.Desse modo o melhor, é não cria expectativas exageradas e quanto a habilitação para crítica , somente a leitura pode licenciá-lo, mas de qualquer forma mantenha o entusiasmo para estudar companheiro.
ResponderExcluirParabéns Wilson Leite. Quem lhe escreve é seu conterrâneo e amigo Claudio Pereira (hoje sem partido e próximo do anarquismo). Desejo sucesso na sua nova empreitada.
ResponderExcluirVocê adentrou um bom curso. É um dos poucos que faz valer a máxima socrática de que uma vida não avaliada não vale ser vivida, ainda mais numa sociedade onde o cartesianismo é um paradigma e a burguesia faz do povo um ser cada vez mais autômato.
Senso crítico é uma característica nata sua e a Sociologia de pensadores como Florestan Fernandes só embasará isto, além de aprimorá-lo para mudar essa sociedade em que o capital domina.
Sabe-se que conceituar e compreender o capital é tarefa para poucos. Nós sabemos disto, assim como a universidade desde sua criação nunca foi exemplo de inclusão. O que se tem visto sair da mesma é a produção e reprodução de esquadrões alienados prontos a servir o capital.
Já passei por dois cursos universitários: Geografia-UEMA e Direito-UFPA. Confesso que o primeiro foi de extrema valia para diminuir minha alienação. Já o segundo, o Direito positivo, ainda sofre a influência do positivismo de Augusto Conte tão presente na Sociologia. Nós sabemos disso e jamais seremos contaminados por essa anomalia ou falseamento da ciência sociológica.
Pra encerrar, não sei se você já assistiu ao documentário SICKO, do cineasta Michael Moore, o mesmo faz uma abordagem sobre o mercenário sistema de saúde neoliberal estadunidense e o inclusivo sistema de saúde cubano, senão, é uma ótima indicação para compreender o porquê da reação conservadora à presença de médicos cubanos no trilionário capitalismo excludente de uma medicina de ponta para os burgueses.
Valeu camarada Claudio, suas observações e dicas são sempre aceitas por mim, pois têm nelas sempre a intensão de nos possibilitar o melhor entendimento e nos armar de argumentos contra a massa alienada na qual nos deparamos. Vou procurar esse documentário.
ResponderExcluirSaudações Libertárias...
uras diarias de teus artigos,depois de 12 mesea,esta´ra totalmente analfabeto e com a inteligencia embotada.
ResponderExcluirSugiro-te que passe em uma escola de ensino fundamental,e tente a matricula.
Eu sou teu adversario
Wilson,venho pedir-te que republique o meu comentario de forma correta e completa,do dia 16/9.Da forma que está ,não será entendido pelos teus leitores.Agradecimento antecipado.
ResponderExcluirEu sou teu adversario
Caro eu "Eu sou teu adversario",
ResponderExcluirNão faço moderação tampouco edição de comentários postados, portanto, caso queira pode republicar sua mensagem.
Anônimo dê uma estudada sobre a contribuição para o desenvolvimento do conhecimento humano de homens como Izaac Newton, Albert Einstein, Blasé Pascal, Francis Bacon, Tales de Mileto(ciências da natureza); Platão e a República, Aristóteles e a Política, Montesquieu e a triparte dos poderes (no campo da filosofia e da ciência política); Karl Marx, Bakunin, Jean-Jacques Rousseau, Freud (ciências humanas)entre tantos outros e outras que não citei e repense no absurdo que você falou. Conhecimento este que como bem disse Bertolt Brecht, só a humanidade pertence, mas que agora querem privatizá-lo.
ResponderExcluirHistoricamente, se dependêssemos da capacidade intelectual das corruptas classes dominantes, provavelmente estaríamos mais para a escravidão direta e tendo como meio de transporte mais desenvolvido, os quadrupedes.