Nesse mundo acadêmico é posto
logo que entramos na sala de aula a dura tarefa de pensar em uma área de
pesquisa, que pode ai, definir toda trajetória: seja na tarefa de educar, seja
na de produzir conhecimento sobre as problemáticas de nossa sociedade de
classes, o fazer pesquisa.
Esse desafio pode ou não ser
difícil de escolher, depende muito do perfil e objetivo individual de cada um,
aos objetivos esperados pelos professores e até mesmo pelos círculos acadêmicos.
Não muito diferente das dificuldades encontradas por qualquer trabalhador numa
sociedade capitalista que o impõe a determinados caminhos. Mas sem sobra de
dúvida o fato de pesquisar sobre determinado assunto pode se tornar uma
ferramenta importante e um objetivo pessoal, independente das pressões externas,
daí o fato de pesquisar torna-se atrativo e um incentivador para a continuidade
dos estudos.
É nessa linha que pretendo
seguir, mas devo reconhecer que o objeto de pesquisa precisa ser “amadurecido” ao
ponto das expectativas sejam alcançadas, pelo menos a confirmação inicial de
que é sobre o assunto escolhido o qual mais se aproxima ao ambiente natural ou
de fácil contato.
Então, se nosso ambiente natural
é uma classe – trabalhadora – nada mais natural do que aprofundar o debate no
seio dessa classe, buscando ressaltar aos olhos de todos o problema a ser
abordado – alienação e dominação -, pois estamos inseridos diretamente no “X”
da questão, embora, como pesquisador precisamos através de métodos científicos
constatar o que propomos como problema.
Nesse sentido, uma boa pesquisa
não estará baseada no resultado final, mas na solidez dos dados resultantes
dela, pois, o primeiro questionamento para a tentativa de invalidez é o fato de
sermos parte do objeto a ser analisado.
Reconhecemos de antemão que só
definimos, por enquanto, o campo de pesquisa e que muitos afunilamentos são
necessários para que se objetive a pesquisa em si, por esse motivo sentimos a
necessidade de expor aos leitores, já de forma embrionária nossa inquietude que
não é assim tão desconhecida de quem sempre visitou nosso blog, a diferença é
apenas uma questão formal, metodológica, científica etc., que é exigida para
ter “validade” ou pelo menos comprovações incontestáveis das respostas encontradas
no questionamento inicial. Dessa forma nosso blog terá o papel de registrar
todo o caminho que devemos percorrer.
"A condição essencial para a existência e para a dominação da classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos de privados, a formação e multiplicação do capital; a condição do capital é o trabalho assalariado. O trabalho assalariado repousa exclusivamente na concorrência entre os operários. O progresso da indústria, de que a burguesia é portadora, involuntária e sem resistência, coloca no lugar do isolamento dos operários pela concorrência a sua união revolucionária pela associação. Com o desenvolvimento da grande indústria é retirada debaixo dos pés da burguesia a própria base sobre que ela produz e se apropria dos produtos. Ela produz, antes do mais, o seu próprio coveiro. O seu declínio e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis." Manifesto Comunista, 1848
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