segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ALIENAÇÃO: “CULTURA” SOCIAL DO CAPITAL

Nesse mundo acadêmico é posto logo que entramos na sala de aula a dura tarefa de pensar em uma área de pesquisa, que pode ai, definir toda trajetória: seja na tarefa de educar, seja na de produzir conhecimento sobre as problemáticas de nossa sociedade de classes, o fazer pesquisa.

Esse desafio pode ou não ser difícil de escolher, depende muito do perfil e objetivo individual de cada um, aos objetivos esperados pelos professores e até mesmo pelos círculos acadêmicos. Não muito diferente das dificuldades encontradas por qualquer trabalhador numa sociedade capitalista que o impõe a determinados caminhos. Mas sem sobra de dúvida o fato de pesquisar sobre determinado assunto pode se tornar uma ferramenta importante e um objetivo pessoal, independente das pressões externas, daí o fato de pesquisar torna-se atrativo e um incentivador para a continuidade dos estudos.

É nessa linha que pretendo seguir, mas devo reconhecer que o objeto de pesquisa precisa ser “amadurecido” ao ponto das expectativas sejam alcançadas, pelo menos a confirmação inicial de que é sobre o assunto escolhido o qual mais se aproxima ao ambiente natural ou de fácil contato.

Então, se nosso ambiente natural é uma classe – trabalhadora – nada mais natural do que aprofundar o debate no seio dessa classe, buscando ressaltar aos olhos de todos o problema a ser abordado – alienação e dominação -, pois estamos inseridos diretamente no “X” da questão, embora, como pesquisador precisamos através de métodos científicos constatar o que propomos como problema. 

Nesse sentido, uma boa pesquisa não estará baseada no resultado final, mas na solidez dos dados resultantes dela, pois, o primeiro questionamento para a tentativa de invalidez é o fato de sermos parte do objeto a ser analisado.

Reconhecemos de antemão que só definimos, por enquanto, o campo de pesquisa e que muitos afunilamentos são necessários para que se objetive a pesquisa em si, por esse motivo sentimos a necessidade de expor aos leitores, já de forma embrionária nossa inquietude que não é assim tão desconhecida de quem sempre visitou nosso blog, a diferença é apenas uma questão formal, metodológica, científica etc., que é exigida para ter “validade” ou pelo menos comprovações incontestáveis das respostas encontradas no questionamento inicial. Dessa forma nosso blog terá o papel de registrar todo o caminho que devemos percorrer. 

"A condição essencial para a existência e para a dominação da classe burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos de privados, a formação e multiplicação do capital; a condição do capital é o trabalho assalariado. O trabalho assalariado repousa exclusivamente na concorrência entre os operários. O progresso da indústria, de que a burguesia é portadora, involuntária e sem resistência, coloca no lugar do isolamento dos operários pela concorrência a sua união revolucionária pela associação. Com o desenvolvimento da grande indústria é retirada debaixo dos pés da burguesia a própria base sobre que ela produz e se apropria dos produtos. Ela produz, antes do mais, o seu próprio coveiro. O seu declínio e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis." Manifesto Comunista, 1848


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