Na
audiência pública realizada na Câmara Municipal, nesta quinta-feira (28/02) em
Imperatriz, para debater sobre o caos em que se encontra a prestação de serviço
de transporte público mais uma vez os vereadores deram uma prova de suas
inoperâncias e mais, do descolamento com as demandas da comunidade. O teatro
entre tropa de choque do governo Madeira e a dita oposição deu um belo
espetáculo da cena política imperatrizense, nada mais que a mera disputa pelo
poder de seus partidos ou pessoais.
Sem
sombra de dúvida o proveito que se tira do evento foi à participação de
estudantes, trabalhadores, lideranças populares ao refutar com palavras de
ordem os argumentos dos vereadores da base do governo e dos empresários do
setor.
Observamos
que tanto o governo, os vereadores – situação e oposição – são a favor da
quebra do contrato com a atual empresa VBL que tem a maior fatia da concessão,
apesar disso, o posicionamento pessoal de não dar espaço político uns aos
outros tornou o debate em um verdadeiro pastelão, pizza só no Congresso Nacional. O único que teve um discurso no caminho da
solução dos problemas, seja com a correção dos erros por parte da empresa, seja
pela quebra do contrato foi do promotor Sandro Bíscaro, abafado pelos egos do
poder.
No
consenso de que a empresa não está cumprindo com suas obrigações contratuais surgiu
uma pulga atrás da orelha: Já que a “solução” mais defendida é a quebra do
contrato – até deram exemplo de “qualidade” à outra empresa que também presta
serviços em Imperatriz, e que esses ali não dão ponto sem nó, qual “nova”
empresa se beneficiaria? Sim, pois para os usuários não haverá beneficio algum,
continuarão sendo assaltadas ao pegar o ônibus – 2,30 é um roubo! E os idosos
desrespeitados.
Não
podemos deixar passar também mais uma observação, os vereadores do “bloco de
oposição” que se dizem de esquerda, da juventude e dos movimentos sociais
(Rildo Amaral, Aurélio, Marco Aurélio e Carlos Hermes) – Carlos Hermes foi
dirigente da UMES – nesses momentos é que se precisa conquistar direitos e/ou
ampliá-los, ficaram bitolados em
replicar as críticas, pedir providências do governo e a quebra do contrato, mas
não chegaram a citar uma bandeira histórica do movimento estudantil, PASSE-LIVRE, tampouco do valor que é cobrado em
Imperatriz. Esse é o resultado da
adaptação ao parlamento burguês.
Vamos
hoje à manifestação organizada pelo movimento #ForaVBL, às 17hs (concentração na frente da UFMA). É nas ruas que
se fortalece o debate e a luta.
Só
a luta muda a vida.
Meu cidadao em nenhum momento foi discutido a divida da prefeitura de imperatriz com a vbl,ao que me consta sao milhares de vales transportes entregues pela vbl a prefeitura e a rumores que a pmi tem uma grande divida com a dita vbl,deve ser investigado essa informacao,ok.
ResponderExcluirDa mesma forma que deve ser investigado como a referida empresa mantém contratos vigentes e fornece os vales transportes para prefeitura sendo que nao possui nenhuma certidão vigente. Será que a obrigação de regularidade fiscal foi suprimida da lei 8666?
ResponderExcluirUma coisa é certa: há muita coisa por trás dos contratos com o poder público. Se houvesse transparência da gestão não haveria tantas demandas. A burguesia tem medo de um dia o poder executivo cair nas mãos de um trabalhador que quebre esse ciclo vicioso e corrupto que enriquecem poucos, eles até admitem - em algumas vezes - que um da classe trabalhadora chegue ao poder, desde que, esse não mude a lógica do poder para os ricos.
ResponderExcluirPor isso não basta chegar ao poder, é preciso ter um lastro social que defenda a retaguarda de um governo para os trabalhadores e só com independência de classe é que se pode iniciar um governo nesse nível.