sexta-feira, 12 de abril de 2013

GREVES: ABRIL VERMELHO

Uma grande ferramenta da classe trabalhadora, a greve, vem sendo a única forma de forçar os governos a negociar de forma que contemple a conquista de direitos e avanço na remuneração dos trabalhadores.

A lei que o então governo Lula tentou aprovar em 2007 e que Dilma quer agora desengavetar estabelece uma série de pré-requisitos para a deflagração de greve, que praticamente torna proibida a paralisação. Apesar de ter uma mulher como presidente, o governo sinaliza sua intenção de desencavar o projeto de lei para "disciplinar" as paralisações. Ações que incluíram o corte dos salários e um decreto que permite convênios com estados e municípios para a substituição dos funcionários parados.

GREVE DA EDUCAÇÃO

Em assembléia geral no último dia 10/04 os trabalhadores da educação municipal decidiram pela paralisação por tempo indeterminado após uma longa espera pela apresentação de uma contraproposta do poder executivo rebaixada ao que foi apresentado pela direção.

Quase a totalidade das escolas em Imperatriz é municipalizada (privatizada) isso resulta numa vinculação com os profissionais do ensino quase que privado, ou seja, o assédio moral aos trabalhadores é dado através dos diretores dessas instituições mais explicitamente. Além de um domínio maior dos pais, com uma propaganda terrorista de que a possível paralisação vai prejudicar a vida educacional dos estudantes, onde a principal “culpa” é dos professores.

A greve é necessária, caso contrário as perdas se acumularão tanto na qualidade do ensino como na qualidade de vida dos profissionais que a todo dia faz o impossível para transformar o ensino precarizado promovido pela gestão municipal num exemplo de superação.

GREVE NA SAÚDE

O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde – SINDSAÚDE após a mobilização em Brasília pela jornada de 30 horas e pressionar os parlamentares a votarem o PL 2295/00 no primeiro semestre deste ano. Informaram através de suas dirigentes Margarida e Francineide que todos os tramites legais para realização de uma paralisação de advertência de 24 horas que terá inicio na próxima segunda-feira (15/04). O encerramento da paralisação coincidirá com a seção da câmara municipal que deve votar o projeto de lei encaminhado pelo poder executivo que prevê reajustes ínfimos do que reivindica a categoria.

Como forma de retaliação do poder executivo municipal já teria avisado aos trabalhadores da saúde que a adesão à paralisação terá como conseqüência o corte do ponto, fora os assédios morais intensificados, ação comum nessa gestão do PSDB.

O sindicato promete devolver o valor descontado no contracheque daqueles que fortalecerem o movimento a fim de forçar o governo garantir o que é de direito à categoria, mantendo assim, conquistas para todos os trabalhadores.

SIMPROESSEMA E SUA “GREVE”

A direção do SINPROESEMMA(PCdoB), para defender um possível governo do PCdoB leva a categoria à greve para defender um “ESTATUTO DO EDUCADOR” rebaixado. Nem mesmo após costurar um acordo com o palácio dos Leões que preferiu decidir sobre a possível aprovação após o pleito do ano que vem, pois o pepino cairia no colo de Flávio Dino, claro, caso fosse eleito.

A decisão de greve foi tomada à revelia da maioria dos trabalhadores, pois não houve a discussão nas bases a proposta - rebaixada e favorável ao executivo estadual -, uma manobra similar o que José Reinaldo Tavares fez quando governador que aprovou a “lei do cão” no fim de seu mandato para beneficiar o governo de Jackson Lago (2007) é isso que fica claro com a atitude defendida pela atual gestão e a que toma posse neste mês de abril/2013.

Assista os vídeos com trechos  da “assembléia regional“ ocorrida em São Luís:



fonte: blog do MRP

Engana-se a direção pelega do sindicato que os militantes do PSTU e MRP vão se abster de entrar na greve juntamente com a categoria, mas entraremos para defender os interesses dos professores por conquistas e não esse “estatuto” que tem por objetivo proteger um futuro “governo” que não existe e atacando os direitos dos trabalhadores com o falso discurso de que o que se quer está dentro das possibilidades concretas a serem conquistadas.



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