sexta-feira, 27 de julho de 2012

RIO TOCANTINS E O DESENVOLVIMENTO INSUSTENTÁVEL


É fato que o aumento de obras da construção civil em Imperatriz tem crescido exponencialmente nos últimos 4 anos devido a vários fatores como aumento do crédito que faz com que mais pessoas procure a aquisição da tão sonhada moradia e por sua vez as medidas econômicas de desoneração da folha de pagamento e incentivos a empreiteiras  para ampliação de moradias populares como foi o PAC I E II dos governos PTistas, sem esquecermos das obras de grandes empreendimentos da construção civil a exemplo de shoppings, industrias e edifícios.

Esse aumento de construções demanda também o aumento da extração de matérias primas como cimento, brita, argila, areia que se encontra em abundancia as margens e no leito de rios. O aumento da exploração na extração de areia tão denunciado através dos meios de comunicação por especialistas, ONG’s, pescadores, ribeirinhos e pela população que tem todos os anos a praia do Cacau como única fonte de lazer é o reflexo desse “desenvolvimento”.

Enquanto a pressão do mercado pelo suprimento dessas matérias primas é mais que previsível, os gestores e os investidores “lavam as mãos” ao verem os impactos decorrentes da exploração insustentável. No máximo fazem um discurso falacioso de que tem compromisso com o desenvolvimento sustentável, grande mentira, pois nunca haverá desenvolvimento sustentável no modo de produção capitalista.

Infelizmente a previsão é ainda mais pessimista com relação à degradação do Rio Tocantins dada às relações promiscuas entre os gestores e os grandes empresários que tem no rio uma fonte de renda abundante, sem fiscalização e com a tendência de aumento da demanda na extração, mantidos os níveis de crescimento no setor da construção civil.

A população precisa se mobilizar para forçar a regulamentação no setor, dando ao conselho de meio ambiente poder para o cumprimento de seu papel, vinculados ao poder publico como são hoje não passarão de um mero órgão burocrático para formalizar a exploração desenfreada que vem ocorrendo no rio Tocantins. 

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