A Construção de uma Hidroelétrica no Alto Xingu trás várias dúvidas sobre o real motivo de se iniciar uma obra em plena floresta amazônica e causar um dos maiores impactos ambientais nunca visto em nosso país.
As empresas e o governo dizem que o empreendimento trará melhores condições de vida à Altamira (PA), cerca de 4.500 famílias de municípios vizinhos. O Grupo Norte Energia afirma de forma categórica – quase divina – que o hidrograma proposto pelo estudo de impacto ambiental da obra garante as condições adequadas para a manutenção do modo de vida das etnias Juruna e Arara que habitam a área conhecida como Volta Grande do Xingu. Se baseando em estudos – feitos pelos orgãos do governo interessados na construção – Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) e também a Avaliação Ambiental Integrada (AAI).
Vários movimentos populares contrários à construção se mobilizaram para impedir o exterminio de fauna, flora e nesse caso também de pessoas que a UHE de Belo Monte promoverá as populações indígenas que habitam a região. Entre os movimentos já tradicionais Movimento dos Atingidos por Barragens-MAB e tendo uma repercussão a participação de artistas de telenovelas com depoimentos contra a construção da usina.
Os apoiadores da obra temtam desqualificar o debate feito pelos videos-depoimentos gravados para a ONG “GOTA D’ÁGUA” – todos irônicos – pelos artistas para defender o massacre ambiental na região do Xingu.
Então, vamos colaborar na discussão pondo algums pontos de vista mais palpáveis, e os motivos que levam tocar o projeto na floresta amazônica que trás vantagens incalculavéis ao governo e às empresas que tocarão e administrarão a usina.
1- A Floresta Amazônica é um espaço estratégico, visado pelo capital, o governo ao incentivar a entrada de empreendimentos também possibilita a vinda de outras formas de ocupação, quebrando o sentimento preservativista que os brasileiros têm desse “pulmão do mundo”.
2- O capital busca sempre melhores condições para sua expansão, por condições que tragam cada vez mais lucro e menos conflitos que tendem a forçar-los dar concessões, e o isolamento da floresta possibilita isso.
3- O impacto no orçamento para a construção da usina de Belo Monte das indenizações de populações é ínfima se considerado as gastos em outras construções que ficavam próximo a cidades mais urbanizadas.
4- Para o governo e os investidores, os povos indígenas se comportarão como os relatos nos livros de história ao trocarem sua madeira, seu ouro por espelhos e bugigangas industrializadas, um novo “descobrimento” do Brasil amazônico.
5- O aculturamento também é um fator importante ao modo de produção capitalista, pois tende a aumentar a mão de obra disponível e os possíveis consumidores garantindo assim a espiral de exploração.
Enfim, o debate não tem nada de desqualificado, o que os pró-Belo Monte sentiram foi a repercussão que os artistas deram à questão. A empresa na qual eles trabalham foi rápido em dizer que os artistas falam em nome particular e não tem nenhum vínculo com a empresa.
Enfim, o debate não tem nada de desqualificado, o que os pró-Belo Monte sentiram foi a repercussão que os artistas deram à questão. A empresa na qual eles trabalham foi rápido em dizer que os artistas falam em nome particular e não tem nenhum vínculo com a empresa.
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