Seu Gérson, com 66 anos, relatou de forma emocionada a situação difícil que estão passando: “Nossa situação é muito ruim.Vivemos em uma luta por um pedaço de terra para podermos cultivar e produzir. Fomos expulsos da terra que estávamos e não sabemos o que vai acontecer daqui pra frente. Precisamos de ajuda para resolver esta situação. Apesar da minha idade, acredito que temos que continuar lutando para melhorar nossa condição e alcançar a terra”. A acampada Celidalva acrescenta : “Fomos expulsos da nossa terra e perdemos toda nossa plantação de milho, salvando apenas perto da metade da plantação de arroz. Muitas pessoas choraram quando foram despejadas através do processo de reintegração de posse”. Já Quinha, de 60 anos, diz : “Vamos continuar a luta até alcançar o objetivo que é um pedaço de terra para sua família”. Na mesma linha, Maria Francisca relata : “Estou em uma luta a seis anos. O sofrimento aqui é muito grande, mas tenho esperança que vamos ganhar a terra”. Já para o acampado Cartejane, de 27 anos, que parou de estudar no terceiro ano do ensino fundamental, a luta não é somente pela terra, mas por condições para produzir.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
SAULO, CANDIDATO AO GOVERNO DO ESTADO PELO PSOL, VISITA ACAMPAMENTO IRMA DOROTHY
O Candidato ao Governo do Estado pelo PSOL, Saulo e candidatos proporcionais do partido visitaram o acampamento Irma Dorothy, localizado na Rodovia Belém-Brasília a 20km de Sumaúma, na região tocantina. Saulo comprovou a situação difícil por que que passam os vários acampamentos dos sem-terra no Estado. No acampamento vivem 30 famílias sem acesso à terra, alimentação, educação, saúde e instalações sanitárias. A maioria das famílias foi despejada da fazenda Novo Horizonte e deixaram para trás toda a plantação de milho e metade de arroz que tinham cultivado. Informam que a reintegração de posse foi realizada em 27/05/2009 e as famílias, após 18 dias de acampamento no INCRA, deslocaram-se para lá com a promessa do INCRA de que a situação seria resolvida em 01(um) mês, mas já estão a um ano e um mês no acampamento e sem nenhuma perspectiva de solução.
Saulo, após ouvir os depoimentos dos acampados, reafirmou : “A situação de vocês é bem parecida com a da grande maioria dos sem-terra maranhenses. Por isso que vamos fazer uma verdadeira Reforma agrária no Maranhão. Conforme dados oficiais, mais de 56% das terras maranhenses são ocupadas por grandes propriedades, que correspondem a apenas 2,8% do total de imóveis. Não podemos conviver com esta terrível concentração fundiária. Iremos utilizar terras do Estado e desapropriar terras para podermos produzir e alimentar nossa população. Nosso governo, além de dar assistência ä pequena propriedade familiar, irá priorizar a criação de unidades rurais de produção coletiva dando todas as condições para a produção, escoamento e comercialização da produção”.
No final, os acampados denunciaram a situação do acampamento Salete Moreno, localizado em Sumauma. Informaram que lá existem pessoas armadas intimidando os acampados e que temem pelo pior. “Iremos buscar informações e, caso comprovado, faremos a denúncia pública e procuraremos os meios para enfrentar esta situação”, afirma Saulo.
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