uma resposta indignada à carta de apoio às mentiras da Administração Superior.
Rosenverck Estrela Santos
Professor do Campus de Pinheiro
Tive que ler! Não teve jeito. Foi enviada para o meu e-mail por um endereço que não autorizei, mas que sem dúvida tem origem no controle que a Administração superior faz de seus funcionários. Mas, tudo bem, li! E, confesso que meu fígado piorou e meu coração acelerou!
Não por que a carta foi escrita, pois é um dever dos que defendem a reitoria fazê-la, pois são nomeados em confiança em seus cargos para tanto. Mas, alguns não têm cargo e também tem o direito de expressar suas opiniões e fazer suas defesas.
O que me indignou não foi a carta em si, mas as mentiras difundidas por ela. E, pior que as mentiras é o chamado – aparentemente oculto – à repressão aqueles que estão do outro lado. Isso mesmo: do outro lado. Tudo tem outro lado! Parece óbvio, mas para esta reitoria só existe um lado: - o dela. O resto é inimigo, é amoral, é manipulador, é partidário, é minoria, ou seja, é o agente perturbador da ordem que deve ser combatido por todos os meios necessários. Isso mesmo! estamos numa guerra. E, como se diz, a primeira vítima da guerra: é a verdade. É isso que essa carta faz! Ataca a verdade dos fatos, da origem, das motivações e cria um manto democrático para a reitoria que até o mais otimista sabe que não existe.
Respeito sinceramente alguns dos que assinaram essa carta, mas não há como negar que grande parte está defendendo seus cargos comissionados, acima da Universidade e, também, que muitos deles assinam pelo simples ódio a qualquer manifestação popular e democrática. Com efeito, muitos deles se consideram de uma classe superior a dos que estão fazendo a manifestação e não tem qualquer atuação classista de luta com os professores.
Estão agora organizando a destruição do sindicato. Tentaram tomar por três vezes o sindicato para torná-lo uma simples associação de lazer, inclusive com uma chapa composta por pró-reitores, diretores do NTI, da rádio universidade, da prefeitura de campus e outras estruturas de poder. Não conseguiram tomar o sindicato e agora querem destruí-lo, pois não acreditam em formas coletivas de atuação.
Esse episódio colocou por terra o aparente consenso ad referendum criado desde o início desta administração que tem problemas com a inclusão social, apesar de avanços na inovação do controle e do autoritarismo. É a modernização conservadora daUFMA. Nesse caso reconheço sim os avanços na infra-estrutura da Universidade. No entanto, tem contradições, tem oposição e tem professores que não se submetem às práticas conservadoras do militarismo derrubado na década de 1980 e que foram bem encobertas pela grande votação para reitor do atual mandatário, muito em função da total falta de acesso ao número de alunos dos cursos especiais da interiorização e dos cursos à distância.
Mas, repito o que me indignou não foi a carta em si, mas as mentiras difundidas por ela. E, pior que as mentiras, é o chamado à repressão aqueles que estão do outro lado. Repressão esta muito bem solicitada a partir de eufemismos tais quais estes: Quantos habitantes de São Luis terão de ser prejudicados pelo caos no trânsito daquela região? Quando será dado um basta a essa atmosfera de intranquilidade que tem sido explorada de forma espetaculosa por um pequeno número, sem o respaldo da maior parte de suas entidades representativas.
Quem vai dar um basta? A polícia, o BOPE, a tropa de choque, o policiais infiltrados? Será que querem reviver a perseguição dos tempos ditatoriais. Vão invadir nossa casas à procura de livros com capas vermelhas? Vão destruir o sindicato? Quem vai dar um basta?
Digo quem vai dar um basta: os professores, alunos e movimentos sociais preocupados com o ensino público, gratuito e de qualidade e não com seus cargos de confiança que traz prestígio e dinheiro. Quem também pode dar um basta é o atual magnífico reitor, mas não com perseguição e práticas autoritárias, mas com sensatez e habilidade política para perceber que a ditadura acabou na década de 80 e que apesar de nosso Estado ter uma dominação oligárquica, a UFMA não precisa repetir tais práticas.
Com toda a indignação que me reservo é lamentável que alguns professores sinceramente honestos tenham assinado uma carta de apoio à mentira e à repressão política. De outros, não havia outra coisa a esperar.
Mas, estamos de pé a luta continua!!!!
Quanta demagogia!
ResponderExcluirQuanta merda e tão bem redigida!
Vão se lascar comunas de merda. Interditar avenidas nada tem de democrático.
Se o reitor está errado, o MP que cuide do caso e não esses baderneiros e maconheiros.
Wilson,quem diria,o seu idolo O BARBA,era informante para os militares,durante a ditadura de 64.Perante os militares,ele erainformanteme diante dos esquerdistas ele era alcagueta.
ResponderExcluirSabe que ele era tão convicto da igualdade entre as pessoas,que eu sei que ele tem hoje patrimonio de mais de 20 bilhoes de reais,e voçe com certeza,por ser um socialista companheiro do Lula,deve estar beirando 19 bilhoes de reais.
O socialismo que voçes pregam e praticam é lindo.Eu sou teu adversario