Todos sabem que o processo
eleitoral é uma disputa direta de demonstração de poder financeiro e econômico
pelos candidatos das elites que se apresentam como representantes do povo. A
mídia cumpre um papel de polarizar essa disputa apenas no volume de campanha,
fechando com as pesquisas eleitorais com a função de direcionar os eleitores
para acompanhar esse resultado.
Como podemos perceber o resultado
não é definido por propostas, muito menos pela vontade do “povo”, essa vontade
é facilmente comprada. Mas não devemos depositar toda a responsabilidade aos
pobres moradores da periferia, sem educação, saúde, infraestrutura, eles são
mais vítimas de todo esse processo de dominação das elites, pois lhes é passada
a esperança que um dia estará no “paraíso”, resultante disso, acaba por escolher
àquele que melhor descreve esse “paraíso”.
Como se deu a disputa então?
Assim como no modo de produção
capitalista o dinheiro não ganha sozinho uma campanha capitalista, é preciso
fazer mover os homens para que o resultado da “produção” resulte em votos. Na
campanha do prefeito reeleito ficou evidente essa mudança a partir do momento
que ele saiu da situação de comodismo e teve que suar a camisa literalmente
para ter o seu resultado. Mas esse “trabalho” em busca dos votos foi muito além
do trabalho, como é comum dos que estão no governo o uso da coerção dos
servidores públicos para garantir mais votos, o uso da máquina pública através
de obras a toque de caixa, principalmente nas periferias que se encontravam
durante seus três anos abandonada e, é claro, a propaganda de empreendimentos
que se instalaram na cidade com feito da gestão pública, confundindo o público
com o privado, aliás, essa é uma separação que não existe para os neoliberais e
corruptos.
Em eleições anteriores os
empresários que apoiavam seus representantes candidatos participavam apenas com
o financiamento em dinheiro e estrutura (equipamentos) de suas empresas – claro
com o recebimento em dobro do investimento – mas esse ano houve uma inovação,
esses empresários passaram, além da velha injeção de recursos financeiros e
equipamento, a apresentar suas identidades pessoais e suas empresas como fator positivo ao
candidato apoiado por eles. Foram mais além ainda, a forma coerção de funcionários públicos também foi vista
dentro dessas empresas privadas – puro assédio moral – ao colocar seus
trabalhadores perfilados para ouvir o candidato do patrão. Mas é preciso se
perguntar seria uma iniciativa dos próprios patrões? Pelo que eu conheço do
perfil dos empresários capitalistas dificilmente eles se exporiam tão
descaradamente por iniciativa própria como fizeram. A quase totalidade das
empresas que foram “obrigadas” tem uma relação direta com a atual gestão, pois
são fornecedores da máquina pública e um simples “pedido” já seria suficiente
para garantir a facilidade de recebimento ou pela permanência como
fornecedores.
Como vimos à reeleição com uma
vantagem de votos, foi muito além de ter sido o “melhor prefeito de
Imperatriz”, é preciso garantir as condições da estrutura de poder para que o resultado
se concretize, Sebastião Madeira e seu partido são mestres em usar todas as “armas”
nessa guerra de terror moderno: a coerção psicológica e o terrorismo do poder,
um “Hitler da democracia burguesa” ao se apresentar como uma raça emplumada
superior para gerir os rumos de nossa cidade.
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