segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O "HITLER DA DEMOCRACIA BURGUESA"


Todos sabem que o processo eleitoral é uma disputa direta de demonstração de poder financeiro e econômico pelos candidatos das elites que se apresentam como representantes do povo. A mídia cumpre um papel de polarizar essa disputa apenas no volume de campanha, fechando com as pesquisas eleitorais com a função de direcionar os eleitores para acompanhar esse resultado.

Como podemos perceber o resultado não é definido por propostas, muito menos pela vontade do “povo”, essa vontade é facilmente comprada. Mas não devemos depositar toda a responsabilidade aos pobres moradores da periferia, sem educação, saúde, infraestrutura, eles são mais vítimas de todo esse processo de dominação das elites, pois lhes é passada a esperança que um dia estará no “paraíso”, resultante disso, acaba por escolher àquele que melhor descreve esse “paraíso”.

Como se deu a disputa então?

Assim como no modo de produção capitalista o dinheiro não ganha sozinho uma campanha capitalista, é preciso fazer mover os homens para que o resultado da “produção” resulte em votos. Na campanha do prefeito reeleito ficou evidente essa mudança a partir do momento que ele saiu da situação de comodismo e teve que suar a camisa literalmente para ter o seu resultado. Mas esse “trabalho” em busca dos votos foi muito além do trabalho, como é comum dos que estão no governo o uso da coerção dos servidores públicos para garantir mais votos, o uso da máquina pública através de obras a toque de caixa, principalmente nas periferias que se encontravam durante seus três anos abandonada e, é claro, a propaganda de empreendimentos que se instalaram na cidade com feito da gestão pública, confundindo o público com o privado, aliás, essa é uma separação que não existe para os neoliberais e corruptos.

Em eleições anteriores os empresários que apoiavam seus representantes candidatos participavam apenas com o financiamento em dinheiro e estrutura (equipamentos) de suas empresas – claro com o recebimento em dobro do investimento – mas esse ano houve uma inovação, esses empresários passaram, além da velha injeção de recursos financeiros e equipamento, a apresentar suas identidades pessoais  e suas empresas como fator positivo ao candidato apoiado por eles. Foram mais além ainda, a forma coerção  de funcionários públicos também foi vista dentro dessas empresas privadas – puro assédio moral – ao colocar seus trabalhadores perfilados para ouvir o candidato do patrão. Mas é preciso se perguntar seria uma iniciativa dos próprios patrões? Pelo que eu conheço do perfil dos empresários capitalistas dificilmente eles se exporiam tão descaradamente por iniciativa própria como fizeram. A quase totalidade das empresas que foram “obrigadas” tem uma relação direta com a atual gestão, pois são fornecedores da máquina pública e um simples “pedido” já seria suficiente para garantir a facilidade de recebimento ou pela permanência como fornecedores.

Como vimos à reeleição com uma vantagem de votos, foi muito além de ter sido o “melhor prefeito de Imperatriz”, é preciso garantir as condições da estrutura de poder para que o resultado se concretize,  Sebastião Madeira e seu partido são mestres em usar todas as “armas” nessa guerra de terror moderno: a coerção psicológica e o terrorismo do poder, um “Hitler da democracia burguesa” ao se apresentar como uma raça emplumada superior para gerir os rumos de nossa cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não veto comentário de ninguém, pois apenas os covardes se escondem por trás de um anonimato. Não seja você um.