“PASSAGEM MOLHADA”, CONHEÇO COMO REGO

Imperatriz com um sistema de esgoto muito antigo - que não cobre nem 30% do perímetro urbano - , sem nenhuma manutenção, ausência de “bocas de lobo” – seria chamada assim devido aos gases que saem delas e o forte odor exalados? - Vê surgir uma descoberta da engenharia de infraestrutura do governo Madeira, as passagens molhadas, REGO. Que na pratica ameniza o problema de nossas ruas e conseqüentemente o tráfego, nesse período de estiagem.

Sou filho de pedreiro e já trabalhei em muitas construções como ajudante e visualizo meu pai dizendo que não faria um serviço porco desses, pois resolve momentaneamente mas causará um transtorno ainda maior quando as chuvas chegaram. Explico:

Quem viu o que a água que passava sobre o "asfalto" nos entroncamentos lembra bem das condições resultante de água no asfalto de péssima qualidade, com transito constante de veículos. Resultava em crateras, poças, e água acumulada.

Bom, agora observem como ficaram bonitos esses cruzamentos com as passagens molhadas. O espaçamento entre as bordas foi projetado para o fluxo de pouca água que escorre durante o período de estiagem, devido a inexistências de bocas de lobo e de um sistema de esgoto eficiente. Mais o que acontecerá quando o período de chuva chegar?

No período de chuvas as passagens molhadas não suportarão o fluxo das águas pluviais, e com a barreira criada por elas forçará que essa água passe a "correr" em um perímetro maior do asfalto, incluindo ai o próprio perímetro das passagens molhadas, voltando assim a mesma problemática, agora com um perímetro que não era afetado – a pista - quando elas não existiam.

A problemática da infraestrutura de Imperatriz deve ser tratada com responsabilidade para que os poucos recurso não se vá pelas passagens molhadas. O planejamento e a boa aplicação dos recursos não podem ser em detrimento de obras que puxem votos, mas que deixem nossa cidade preparada para o futuro.