terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ato em defesa dos Guarani-Kaiowá no Rio de Janeiro

Manifestação de 28/10/12 no centro do Rio - Centro Cultural dos Correios - Muita comoção com o discurso dessa linda índia que vive na aldeia maracanã, antigo museu do índio. Aos 1:39 minutos fui às lágrimas!



por Rossanna Pinheiro

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Professora Uiliane Araújo, nossa Amanda Gurgel!


Vem ganhando notoriedade a publicação das fotos onde aparecem alunos empunhando guarda-chuvas dentro da sala de aula (publicado em seu facebook 12/10). A professora Uiliene Araújo que rompeu com a situação “comum” de coerção imposta aos servidores públicos, principalmente àqueles que não têm “instabilidade” por serem contratados por tempo determinado, aliás, tipo de vinculo empregatício que deveria ser abolido na administração pública para todas funções essenciais como a de professor por exemplo.

O motivo da demissão da professora é evidente - ao mostrar a todos como é tratado o ensino público municipal -, confirmado em declarações do próprio secretário de educação Zeziel Ribeiro, afirmou que o fato de publicar fotos onde a chuva entra em sua sala obrigando os alunos a se proteger debaixo de guarda-chuvas, revelando assim a condição precária da escola a professora cometeu uma falta grave, expor problema internos da gestão.

No comunicado de encerramento do contrato está escrito: “O motivo da rescisão ocorreu em virtude de V. Sa. ter cometido os atos de incontinência de conduta (conduta incabível)...”. O fato ocorrido em Imperatriz é similar a que ocorreu em Florianópolis-SC onde uma aluna da 7ª série, Isadora Faber, resolveu mostrar a precariedade e a falta de manutenção na escola pública onde estada, criando um perfil no facebook que servia com diário de relatos dos problemas.

Assim como Isadora Faber a professora de Imperatriz foi rapidamente retaliada pela diretora da escola - que por sinal é cargo de confiança -, sendo acusada de ter várias faltas ao trabalho,  todos justificadas e avisadas previamente segundo a professora. A força tarefa dos blogueiros da gestão lançaram também suas propagandas tentando passar a idéia de uma professora descomprometida com a escola e com os alunos, mas a atitude assim com a da aluna de Santa Catarina era chamar a atenção pelas condições que já há mais de uma semana, após um temporal que piorou a situação do telhado não havia sido resolvido.

Até o momento o sindicato da categoria STEEI não se pronunciou sobre o caso da professora que foi demitida, além de estar sendo difamada de má profissional pela gestão municipal e sua estrutura reacionária. Mas, apesar disso vemos que a professora tem garra, bem parecida com outra professora que rompeu o silêncio da situação da educação em Natal mais que repercutiu em todo o Brasil, Amanda Gurgel. Todos os que têm o mínimo de consciência de classe e que desejam uma educação pública de qualidade estão do lado da professora, todo nosso apoio incondicional pelo anseio em ver nossas crianças em boas escolas e com bom ensino público.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Professora é afastada de cargo após denunciar situação de escola


A professora de História Uiliene Araújo Santa Rosa foi afastada do Colégio Municipalizado Guilherme Dourado, localizado no bairro São José, e teve seu contrato com a Prefeitura Municipal de Imperatriz encerrado, após publicar fotos na rede social Facebook, que mostram os alunos fazendo prova embaixo de guarda-chuvas. 
Ontem, 25, a professora foi afastada da escola e hoje, 26, teve seu contrato com a Prefeitura Municipal de Imperatriz encerrado. Segundo ela, a decisão da escola representa uma punição, porconta da divulgação das fotos. “Depois que eu postei as fotos, todos os funcionários da escola deixaram de falar comigo. Todos passaram a me tratar com hostilidade, indiferença. Foi aí que eu percebi que tinha alguma coisa errada”. De acordo com a professora, a escola também já havia advertido os alunos para que não compartilhassem as fotos publicadas.
A medida foi tomada pela direção da escola dias após a publicação das fotos na página pessoal da professora, na internet. Tiradas com um telefone celular, os alunos aparecem nas fotos usando guarda-chuvas durante a aplicação de uma prova. Em outra foto, o piso da sala aparece alagado. De acordo com a professora Uiliene, o teto estava comprometido, o que obrigava os alunos a usarem os guarda-chuvas dentro da sala para se protegerem da chuva.
Reprodução de uma das fotos compartilhadas pela professora Uiliene em sua página pessoal, no Facebook.Reprodução de uma das fotos compartilhadas pela professora Uiliene em sua página pessoal, no Facebook.
Segundo a professora, no momento da postagem das fotos a escola não foi identificada. “Era apenas um desabafo da minha insatisfação com a condição das salas de aula”, declarou.
Ainda segundo a professora, a própria diretora da escola, Ivone Carvalho Milhomem, a informou sobre seu afastamento. “A diretora me chamou na sala dela e disse que minha conduta não era compatível com as normas da escola. Que eu seria afastada e ficaria à disposição da Secretaria de Educação”.
Repercussão nas redes sociais.
Em outra foto, o piso da sala aparece alagado. Foto: Uiliene Araujo.Em outra foto, o piso da sala aparece alagado. Foto: Uiliene Araujo.A notícia do afastamento da professora foi divulgada por ela própria em sua página no Facebook, o que causou a indignação de muitos outros usuários. Até o momento, as fotos que mostram as condições das salas de aula da Escola Guilherme Dourado somam quase 200 compartilhamentos.
"Que tipo de pessoa atende pelo nome de "educadora" e simplesmente esquece o sentido básico da educação? Por que escancarar a precariedade de um lugar sem condições mínimas pra ser chamado de "Escola" é motivo para sanções?", comentou a usuária Mayara Costa sobre a medida tomada pela direção da escola.
“Isso foge a tudo que li sobre a Constituição, sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Afora isso é uma afronta à educadora que ousou denunciar esse fato!”, comentou o usuário Magno Urbano.
O Imperatriz Notícias entrou em contato com a Escola Guilherme Dourado, porém, a direção informou que não se pronunciaria sobre o caso e recomendou que fosse procurada a SEMED (Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer), que por sua vez, também informou que não se posicionará sobre o assunto.
Por: Fernando Ralfer

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Salvemos os índios Guarani-Kaiowá - URGENTE!

Enquanto há juízes do STF querendo dar um "dose certa" do "remédio" aos corruptos/quadrilheiros de terno e gravata massacres acontecem contra indígenas, quilombolas e pobres nas grandes cidades do Brasil.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

DITADURA DOS TRABALHADORES


Com a expansão do capitalismo e o do neoliberalismo no mundo, que tenta através de sua propaganda ideológica acabar com a idéia de luta de classes, mantendo assim a hegemonia da “ditadura” da burguesia sobre a classe trabalhadora. Muitos partidos assimilaram a propaganda e abandonaram sua posição de classe, tornando-se meros amortizadores do processo de exploração com um discurso que ainda defendem os interesses da classe operária.
 
Apesar do objetivo do capital seja o imperialismo, neste momento, ainda admitem governos de “frente popular” principalmente em países latino-americanos, esses governos têm um papel fundamental de conciliação de classe, desarmando as fileiras de luta dos trabalhadores que passam a ter nesses governos a falsa impressão de estarem sendo contemplados na distribuição da riqueza produzida.

Grande parcela dos partidos de “esquerda” não passam de meros aparatos burocráticos da sociedade burguesa, aglomerados de pequeno-burgueses com um discurso de classe, mas com um objetivo meramente parlamentar, alcançando assim os privilégios da democracia burguesa, reforçando assim o discurso das elites. O resultado dessa degeneração e adaptação à ordem burguesa é a desconfiança da dos trabalhadores ao ouvir o discurso em defesa da classe trabalhadora e legislando em favor da burguesia.

Para um partido de esquerda o objetivo da tomada do poder político e econômico pelos trabalhadores, assim como a extinção das classes sociais é tão fundamental como o fim da propriedade privada como pilar para a implantação de uma sociedade socialista. Ou seja, um partido que se diz de esquerda não pode deixar de propagandear esses objetivos aos trabalhadores que se encontram alienados pela divisão do trabalho.

Temos uma tarefa complicada: primeiro demonstrar o conflito entre as classes; segundo, mostrar que estamos sob o domínio da burguesia; terceiro, organizar os trabalhadores para a tomada do poder  e quarto, desmistificar a ideia de uma ditadura daqueles que são os explorados pelo regime ditatorial do capital. Daí em diante o processo da revolução socialista tende a ser não um objetivo de um partido, mas sim de toda a classe trabalhadora. Implantando assim, a ditadura do proletariado, esse é o verdadeiro papel de um partido.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

OPERÁRIOS PRESOS EM PROTESTO NA ESTRADA DO ARROZ SÃO SOLTOS APÓS OITO DIAS


Trabalhadores da empresa PARANASA e outros de empresas prestadoras de serviço na construção da fábrica da Suzano que protestavam para reivindicar o recebimento de salários, horas extras e outros direitos além de denunciar as más condições de trabalho no canteiro de obra ocorrida na última quarta-feira (10/10) conseguiram nesta quinta-feira (18/10) alvará de soltura - após contratação de advogado pago pelos operários - concedido pela Juíza Cristiana De Sousa Ferraz Leite Titular da 1ª Vara Criminal.

Os cinco operários: Francisco de Assis Araújo Brito (marceneiro), Emerson Siqueira Brandão (servente),  Danilo Santos Brandão (servente) e Gylliard Cruz de Castro (servente) e Antonio Alves da Silva que foram apontados pela polícia como os causadores do incêndio de três ônibus durante manifestação com cerca de 800 operários na estrada do arroz. Não é a primeira vez que trabalhadores de empresas prestadoras de serviço na construção da fábrica protestam por atraso de pagamento e denunciar precarização das condições de trabalho e alimentação.

Em contato telefônico mantido com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da construção Civil, Washington Luis Oliveira de Sousa, ao ser questionado sobre a situação dos trabalhadores que estavam detidos na delegacia, disse: “o problema desses cinco é criminal, o sindicato não tem nada a ver com esse caso, aqui nos limitamos às questões trabalhistas” e informou ainda que há comissões de trabalhadores e das empresas discutindo as reivindicações.

Há situações preocupantes, vários casos de más condições no canteiro de obra da construção da fábrica (com registro de mortes e acidentes) que vem sendo denunciada pelos trabalhadores, tanto que fizeram piquetes para que fossem ouvidos, onde está o Ministério do Trabalho e os dirigentes sindicais para acompanhar os casos de precarização do trabalho e o descumprimento de direitos trabalhistas? Além da falta de solidariedade do sindicato em não pôr à disposição dos trabalhadores a assistência jurídica do sindicato, pois sendo ou não uma questão trabalhista os trabalhadores estão num movimento legitimo de reivindicação, já que a via legal, que é de responsabilidade do sindicato não está surtindo efeitos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O "HITLER DA DEMOCRACIA BURGUESA"


Todos sabem que o processo eleitoral é uma disputa direta de demonstração de poder financeiro e econômico pelos candidatos das elites que se apresentam como representantes do povo. A mídia cumpre um papel de polarizar essa disputa apenas no volume de campanha, fechando com as pesquisas eleitorais com a função de direcionar os eleitores para acompanhar esse resultado.

Como podemos perceber o resultado não é definido por propostas, muito menos pela vontade do “povo”, essa vontade é facilmente comprada. Mas não devemos depositar toda a responsabilidade aos pobres moradores da periferia, sem educação, saúde, infraestrutura, eles são mais vítimas de todo esse processo de dominação das elites, pois lhes é passada a esperança que um dia estará no “paraíso”, resultante disso, acaba por escolher àquele que melhor descreve esse “paraíso”.

Como se deu a disputa então?

Assim como no modo de produção capitalista o dinheiro não ganha sozinho uma campanha capitalista, é preciso fazer mover os homens para que o resultado da “produção” resulte em votos. Na campanha do prefeito reeleito ficou evidente essa mudança a partir do momento que ele saiu da situação de comodismo e teve que suar a camisa literalmente para ter o seu resultado. Mas esse “trabalho” em busca dos votos foi muito além do trabalho, como é comum dos que estão no governo o uso da coerção dos servidores públicos para garantir mais votos, o uso da máquina pública através de obras a toque de caixa, principalmente nas periferias que se encontravam durante seus três anos abandonada e, é claro, a propaganda de empreendimentos que se instalaram na cidade com feito da gestão pública, confundindo o público com o privado, aliás, essa é uma separação que não existe para os neoliberais e corruptos.

Em eleições anteriores os empresários que apoiavam seus representantes candidatos participavam apenas com o financiamento em dinheiro e estrutura (equipamentos) de suas empresas – claro com o recebimento em dobro do investimento – mas esse ano houve uma inovação, esses empresários passaram, além da velha injeção de recursos financeiros e equipamento, a apresentar suas identidades pessoais  e suas empresas como fator positivo ao candidato apoiado por eles. Foram mais além ainda, a forma coerção  de funcionários públicos também foi vista dentro dessas empresas privadas – puro assédio moral – ao colocar seus trabalhadores perfilados para ouvir o candidato do patrão. Mas é preciso se perguntar seria uma iniciativa dos próprios patrões? Pelo que eu conheço do perfil dos empresários capitalistas dificilmente eles se exporiam tão descaradamente por iniciativa própria como fizeram. A quase totalidade das empresas que foram “obrigadas” tem uma relação direta com a atual gestão, pois são fornecedores da máquina pública e um simples “pedido” já seria suficiente para garantir a facilidade de recebimento ou pela permanência como fornecedores.

Como vimos à reeleição com uma vantagem de votos, foi muito além de ter sido o “melhor prefeito de Imperatriz”, é preciso garantir as condições da estrutura de poder para que o resultado se concretize,  Sebastião Madeira e seu partido são mestres em usar todas as “armas” nessa guerra de terror moderno: a coerção psicológica e o terrorismo do poder, um “Hitler da democracia burguesa” ao se apresentar como uma raça emplumada superior para gerir os rumos de nossa cidade.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

PSTU NATAL: Professora Amanda Gurgel - Discurso da vitória

Amanda fala para apoiadores o resultado da eleição em Natal e os quase 33 mil votos que recebeu para vereadora. Gravado no Clube Assen, onde foi feita a comemoração.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

RELIGIÃO VIRA PLATAFORMA DE CAMPANHAS ELEITORAIS


Dando inicio a uma série de análises sobre o processo eleitoral de 2012 resolvi abordar um assunto que por si já trás grande polêmica, mas para esse momento – tão recente – daremos prioridade.

Antes de ir ao tema, precisamos esclarecer que as religiões são parte da superestrutura do estado capitalista, portanto, suas posições refletem a manutenção do estado burguês.

A Igreja católica foi uma das primeiras a ter influencia política direta vinculada aos governantes – deixo que os livros de história comprovem a afirmação -, ao longo dos tempos esse poder era exercido de forma discreta pelos dirigentes da igreja, situação que mudou quando do grande apoio das pastorais de base da igreja católica no surgimento de um partido político na década de 80, o PT. Sua grande hegemonia se retrata inda hoje nos órgãos públicos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário com a ostentação de seus símbolos, demonstrando claramente que o estado nunca foi laico.

Nos últimos dez anos uma inserção mais contundente das denominações evangélicas na disputa por representatividade nas estruturas do estado – sem contar com a disputa de fieis – e, mais especificamente no poder político, ora hegemonizado por leigos da igreja católica.

Na maior metrópole brasileira, São Paulo, vimos um esboço de uma “disputa religiosa” encabeçado por Celso Russomano (UNIVERSAL) e os demais candidato José Serra e Fernando Addad, se não pode caracterizá-los como católicos com toda certeza evangélicos que não seriam.

Em Imperatriz também temos diversos exemplos dessa disputa de poder político entre as denominações religiosas. É crescente o número de candidatos que se denominam pastores disputando as eleições - inclusive o vice do prefeito reeleito – resultando na efetiva participação da principal denominação evangélica, Assembleia de Deus, como foi à realização de um evento com fins de dar apoio a candidatos de seu “rebanho”. A igreja católica percebendo a perda de espaços, logo resolve contra atacar a movimentação das peças da igreja evangélica nesse “tabuleiro de xadrez” e organizou também um evento denominado “encontro com os candidatos católicos” no Ginásio da Igreja de São Francisco, televisionado pela rede VIDA, canal de comunicação da igreja.

O acirramento na participação de denominações religiosas na disputa pelo poder político através do alcance de cargos do executivo e legislativo, inclusive com defesa de suas posições doutrinárias na interpretação feita entre ambas da Bíblia ao defenderem o que chamam de “homens e mulheres de Deus”. Essa competição religiosa nos processos eleitorais requer, com toda certeza, melhor esmiuçamento e fundamentação, coisa que deixo a quem assim se dispor. 

SÓ A LUTA MUDA A VIDA, E CONTINUAREMOS LUTANDO...


Olá visitantes de nosso blog, faremos uma série de avaliações sobre esse processo eleitoral em nosso Blog e gostaríamos de sua participação nessas análises. Mas desde já só tenho que agradecer à militância do meu partido e os que confiaram seu voto, contra a lógica do voto em quem tem o poder econômico nas mãos. 358 votos têm um simbolismo maior que o numérico: “Um fantasma ronda a Europa - o fantasma do comunismo. Todas as potências da velha Europa unem-se numa Santa Aliança para conjurá-lo: o papa e a czar, Metternich e Guizot, os radicais da França e os policiais da Alemanha.[...] (Manifesto do Partido Comunista)“, ou seja, usamos o processo eleitoral burguês para dizer aos trabalhadores que a luta por uma sociedade onde a ditadura do proletariado não é uma utopia, e, apenas com a organização dos trabalhadores em torno de um partido verdadeiramente que defenda seus interesses esse objetivo será alcançado. E ai burguesia, cumpri meu objetivo de falar aos trabalhadores, pensam que perdi? Os próximos dias dirão quem mais ganhou nesse processo de cartas marcadas e de jogo sujo entre os partidos burgueses pelo poder e pelo papel de opressor da classe trabalhadora.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Kátia Ribeiro, uma autentica representantes das mulheres socialistas

A camarada Kátia Ribeiro, professor, advogada e militante do PSTU de São Luís compõe a chapa do PSTU à prefeitura de São Luís juntamente com o camarada Marcos Silva. Nessa entrevista Kátia magistralmente dá explicações de forma simples do projeto de sociedade que uma partido revolucionário e das lutas defende, dentro e fora do processo eleitoral, para os trabalhadores.

Confiram:

PROGRAMA Balanço Geral"

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Entrevista com Wilson Leite ( PSTU) ao Portal DO MINUTO


Do Minuto – Candidato tem alguma proposta que você deixou para esses últimos dias de campanha?
Wilson Leite – Olha, nós procuramos priorizar alguns temas, como transporte público, a questão da educação, infraestrutura. Sabemos que o programa de um candidato, a proposta de governo, ela não pode ser considerada fechada, completa. Então quer dizer, os temas que não foram citados, que a gente não pôde falar, a gente tem consciência desses, da relação, porque os assuntos são diversos. Nós deixamos de falar, e não tem como mais, na última semana. Nossa estrutura para fazer o programa eleitoral foi muito reduzida devido a questões econômicas. Nós temos questões ambientais, deixamos de tratar, esmiuçar mais essa questão ambiental. Faltou falar sobre a questão da juventude, apesar de ter falado em alguns debates sobre esporte e lazer, áreas de convivências, mas ficou faltando a questão da juventude em si, das alternativas para juventude, questão da práticas de esporte e tudo mais.
Do Minuto – Você poderia abordar algum desses temas? Por exemplo, agora que você comentou sobre o meio ambiente, e teve uma internauta, a Larissa Santos, que quer saber quais as suas propostas para o Meio Ambiente.
Wilson Leite – Nós temos um grande problema em relação ao direcionamento do esgoto sanitário que é jogado direto no rio Tocantins. As legislações ambientais, estadual e federal, a gente observa que Imperatriz não vem cumprindo. Várias moradias jogam seus esgotos sanitários direto nos riachos, por falta de planejamento urbano de construção de moradias. Nós sabemos que os grandes empreendimentos, os prédios que são construídos às margens do rio Tocantins jogam todos os seus esgotos produzidos direto no rio. Nós temos fábricas que estão vindo para Imperatriz, que apesar do discurso de que será tratado os resíduos da produção, mas a gente vê que se a questão mínima não foi fiscalizada, imagine a fiscalização de uma grande empresa privada que tende a beneficiar o gestor municipal, para garantir os seus interesses. Então, o meio ambiente é um problema que nos precisamos ter um cuidado especial e para isso, nós temos pessoas qualificadas em Imperatriz, especialistas na questão da água e meio ambiente.
Do Minuto – Se eleito, qual problema de Imperatriz, em sua opinião, deve ser enfrentado com urgência?

Wilson Leite - Nós viemos falando isso nos nossos debates. Um problema urgente a ser enfrentado é a questão da arrecadação municipal e aí, os nossos concorrentes acham que nós estamos propondo um aumento de impostos. Pelo contrário, a gente acredita o seguinte: que sem arrecadação de tributos, a Prefeitura não tem como gerir o ente público. Nós somos um dos municípios, a exemplo dos vários municípios do Nordeste, dependentes financeiramente, dos repasses federais. Apenas 15% do total da receita anual, 15% é arrecadação própria, ou seja, muito irrisório para resolver as demandas de Imperatriz. Então nós levantamos esse debate, essa questão econômica de arrecadação tributária na cidade, coisa que nenhum outro candidato tem a coragem de debater com a população. Não é aumento de imposto, a gente só quer que quem lucra mais com o desenvolvimento de Imperatriz, pague mais, pague os seus impostos. A gente não está dizendo que vai aumentar, apenas que eles paguem, porque há uma renúncia de receitas, uma falta de pagamento exorbitante na arrecadação municipal.
Do Minuto – Uma proposta sua é a redução pela metade do número de secretarias municipais e cargos comissionados?
Wilson Leite – Exatamente. A gestão pública, ela tem que ser gerida pelos profissionais que entendem da gestão, principalmente os concursados. Ou seja: para quê que eu quero 21 secretarias, se na prática, elas só servem, esses secretários só servem para atender os interesses dos empresários e do gestor municipal? Por exemplo: desenvolvimento econômico. Eu tenho informação que um secretário de desenvolvimento econômico, nem sala ele tem. Aí pode dizer: Ah Wilson, mas isso é importante, porque ele anda, ele despacha circulando pela cidade. Isso é mentira. Não tem ação. Desenvolvimento Econômico não tem ação nenhuma, no máximo se faz projetos de lei para renúncia de receitas. Então a gente tem essa proposta para reduzir. Quando se reduz as secretarias, acaba esse cabide de empregos, nós consequentemente temos um dinheiro que pode ser usado para outras funções, pode ser usado para a saúde, para a educação.
Do Minuto – Você disse no seu blog que existe na campanha, discursos falaciosos e mirabolantes, você poderia dar exemplos de discursos como esse?
Wilson Leite - Olha, você transformar a realidade com as promessas de construir quatro hospitais, de construir quadras de esporte, “da onde?”. O dinheiro não existe fisicamente, ele é colocado como o dinheiro estivesse na conta, do estado, ou do governo federal, ou seja, você está contando com um dinheiro que, na prática, você não tem certeza de que esse dinheiro vai se concretizar nas contas Prefeitura.
Do Minuto – É uma ação imprudente, então?

Wilson Leite – É, é promessa, né? São promessas falaciosas. Infelizmente os trabalhadores acabam acreditando nessas promessas porque eles querem ver verdadeiramente isso sendo implantado. Mas efetivamente não há condição, porque mesmo que o recurso seja liberado para construir isso que eles falam, a prefeitura tem que dar uma contrapartida que geralmente é 20% do valor do recurso liberado. Ou seja, se um milhão de reais caiu na conta da prefeitura para fazer um convênio para a construção de quadras nas periferias, 200 mil reais tem que ser colocados pela prefeitura para complementar o montante de mil e duzentos reais, aí o dinheiro está liberado. Então se não há arrecadação no próprio município, esse dinheiro que ficou depositado na conta de convênio acaba voltando, porque não houve a contrapartida do município. Então quer dizer, toda promessa que conta com o dinheiro nos cofres do estado o nos cofres do governo federal, para a gente é uma conversa falaciosa, está fora da realidade.
Do Minuto – As pesquisas apontam você com um baixo índice na campanha. Isso abate você? Como você lida com esse resultado das pesquisas?
Wilson Leite – Nós costumamos dizer que nós somos marxistas. A gente sabe, a gente estuda a realidade da sociedade. Então para a gente não é surpresa nenhuma. Por quê? Porque como Marx falava, as relações sociais dependem muito da questão econômica. Nós temos uma grande massa de trabalhadores das periferias sem emprego, vivendo em condições de miséria, infelizmente em Imperatriz, sem saneamento básico, então essas pessoas são dependentes, economicamente, de favores de gestores, favores de vereadores, favores de pessoas que têm vínculo no seu bairro com esses que estão no poder. Então a relação de poder econômico, ela manda muito na questão eleitoral, ela é fundamental na questão eleitoral. Não é à toa que os políticos fazem obras eleitoreiras nos três últimos meses de mandato, não á à toa que há compra de votos nos bairros, há uma campanha massiva de distribuição de dinheiro durante o dia da eleição. Então, sabendo dessa realidade, a gente reconhece que os trabalhadores são comprados, devido à falta de independência econômica que eles têm: estão desempregados, passando fome, e quando chega alguém para amenizar essa realidade mesmo que seja momentânea, ele acaba tendo compromisso com esse candidato. É por isso que acabam declarando voto nos ricos, elegendo os ricos e infelizmente se mantêm na mesma condição de antes.

Do Minuto – Escola integral está entre suas propostas?

Wilson Leite – Seria o ideal, uma escola em tempo integral, mas nós temos sim proposta para realizar isso aí, mas de forma imediata não, porque primeiro nós temos que construir escolas públicas. A grande maioria das escolas é privada, sem estrutura de práticas de esporte, sem estrutura de lazer e tudo mais. Então o primeiro objetivo é construir escolas da rede pública em si, com essas condições. Nós não temos estrutura para isso, quem prometer isso, em quatro anos, não tem tempo de se viabilizar. Eu acho que primeiro nós temos que construir escolas, substituir tanto as escolas…
Do Minuto- Quais são suas metas para a área cultural?

Wilson Leite – Nós falamos que a cultura é trabalhada de forma patrimonialista. É como se os operários da cultura recebessem mesadas do político que domina o estado, então quando se fala em cultura, se pensa em Bumba-meu-boi e se pensa em Roseana Sarney, que é a mãe da cultura de São Luis, é tida como a mãe. É uma questão patrimonialista, nós precisamos romper com essa política patrimonialista. Os trabalhadores de cultura, os operários, eles são profissionais, sobrevivem do seu trabalho fazendo arte, então, como é que nós vamos fazer? A fundação cultural deveria ter um orçamento público e deveria ter uma vinculação de receita para atender esse orçamento e não existe. Então nós precisamos direcionar 2% do orçamento municipal para a Fundação Cultural e, através do Conselho Municipal de Cultura, sejam escolhidos os projetos para ser realizados, através de edital, ou seja, uma concorrência entre os operários da cultura ou seja, desvincula o poder político. A disputa vai ser técnica, qualificada e decidida pelo Conselho de Cultura que é quem entende de cultura. Outro detalhe importante é que nós precisamos acabar com essa elitização da cultura. A cultura precisa ir para os bairros, para as periferias, para que os jovens das periferias conheçam outras alternativas culturais. Porque eles só conhecem a cultura do arrocha, as músicas do arrocha, quer dizer, a cultura popular mais fácil de chegar ao seu conhecimento. É o tecno brega, é os batidões com os carros de som, isso é a diversão que a juventude tem. Então nós precisamos deselitizar a cultura e o que é isso? É levar todas as práticas culturais para as periferias.
DoMinuto – Candidato, você tem um minuto para dizer algo que você considere importante que não foi abordado nessa entrevista.
Wilson Leite- Chega de Imperatriz para os ricos. Imperatriz para os trabalhadores, essa é a principal defesa que a gente faz nesse processo eleitoral. A gente espera que os trabalhadores reconheçam um operário nessa disputa eleitoral burguesa, sem condições de estrutura de muito dinheiro, mas que é um autêntico representante da sua classe social.
Rodrigo Reis
Fotos: Paula de Társsia

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

WILSON LEITE CONCEDE ENTREVISTA AO JORNAL O PROGRESSO, EDIÇÃO 14520-03/10/2012

1 – O PROGRESSO: A cidade cresceu desordenadamente, com o surgimento de bairros por invasões e loteamentos clandestinos e sem infraestrutura. O que será feito para acompanhar esse crescimento evitando os inúmeros problemas que acabam inviabilizando uma administração?
WILSON LEITE: Temos consciência de que a falta de ordenamento urbano da cidade é um problema que precisa ser enfrentado, com serenidade e planejamento. A tarefa de organizar os bairros que surgiram devido o abandono até aqui por todos os governos é uma tarefa que necessita de estudo profundo para buscar soluções da questão das moradias e de infraestrutura. Mas priorizaremos a defesa do direito adquirido dos moradores, com a expansão do dito “desenvolvimento econômico” há uma grande possibilidade de acirrar os conflitos urbanos pelas áreas que não tem registros, hoje ocupadas por famílias de trabalhadores, não seria de estranhar termos caso como o ocorrido no PINHEIRINHO em São José dos Campos-SP, se depender da gestão municipal do PSTU isso não acontecerá, pois combateremos a especulação imobiliária.

2 – O PROGRESSO: A urbanização é outra questão que vem se arrastando sem a devida atenção do poder público. A área comercial, por exemplo, foi ocupada pelos camelôs e até agora nenhum gestor ousou enfrentar o problema. Se já não bastassem os camelôs, o pedestre também é empurrado para o meio da rua devido à falta de padronização das calçadas. Há interesse em resolver esse problema? Quais as dificuldades?
WILSON LEITE: Primeiro temos que entender que a situação relatada é fruto do próprio capitalismo que mantêm muitos fora de uma vaga de trabalho, e todos precisam buscar sua sobrevivência. Vamos voltar nossa memória aos anos oitenta onde o comercio informal quase não existia. Os comerciantes do centro comercial nunca seguiram a lei orgânica e o código de postura, e por sua vez os gestores deram uma de “Pôncio Pilatos” no seu papel de fiscalizador. O custo hoje para resolver o problema da padronização das calçadas é altíssimo, para que seja resolvido precisamos dar um “incentivo” para os comerciantes para que seja efetivada, uma saída seria a substituição de tributos dos que adotarem o plano de padronização que deve ser discutido por todos os interessados. Com relação aos trabalhadores do comercio informal, também temos que ter responsabilidade e buscar uma saída para que esses continuem sobrevivendo de seu trabalho, para isso devemos adaptar um plano econômico dos trabalhadores para gerar empregos  enquanto isso nos comprometemos em não colocar a polícia contra os camelôs, precisamos dar condição de continuarem vendendo seus produtos sem ter que sair do perímetro comercial, para isso temos como propostas a definição de ruas transversais próximas ao calçadão transformando-as em ruas do comercio popular/informal.

3 – O PROGRESSO:  Imperatriz, já com os seus 160 anos, ainda enfrenta o grave problema de saneamento até na sua parte central; riachos poluídos, exalando forte mau cheiro na cidade recebem esgoto sanitário jogado pela população e levado para o rio Tocantins, sem tratamento, trazendo sérios problemas para a saúde e meio ambiente. Qual o seu plano para erradicar o problema?
WILSON LEITE: A pesar de não sermos técnico na área de saneamento sabemos que a pequena rede de esgotos existente no centro além de estar saturada nunca houve um trabalho de manutenção (limpeza) dos dutos, causando alagamentos nos períodos de chuvas e o mau cheiro relatado. A nosso ver será preciso buscar alternativas, juntamente com os trabalhadores de água e esgoto – organizados em Conselhos Populares -, poderia nos ajudar no planejamento e organização do saneamento da cidade. A substituição dos dutos é quase que impossível devido a limitação de recursos e a falta de compromisso dos governantes da esfera estadual e federal. Mas com o aumento significativo da arrecadação municipal precisamos buscar saída, propomos a construção de “piscinões” como os que existem em São Paulo que deve ser construído em áreas que ainda não há a ocupação para propiciar o desvio das águas da chuva para esses “pescinões” e um plano permanente de manutenção para dar vazão ao esgoto. Seria uma falácia dizer que temos condições financeiras de assumir e de resolver a questão do esgoto sanitário que é jogado innatura no Rio Tocantins, mas tenham a pura certeza que buscaremos a assessoria das pessoas e entidades certas para que juntos poderemos dar uma atenção maior nessa questão. A lagoa de estabilização construída pelo governo do estado está subutilizada, vãos procurar assumir parte da responsabilidade para que elas cumpram 100% a função pela qual elas foram construídas.

4 – O PROGRESSO:  O trânsito de Imperatriz está caótico. Há uma saída?
WILSON LEITE: Essa área é uma das quais temos dato prioridade nos debates. O problema do trânsito caótico e perigoso de Imperatriz só pode ser resolvido com a redução de veículos nas ruas, isso não pode ser definido por decreto. Precisamos dar alternativa de transporte de massa, barato, com pontualidade e conforto. Defendemos a estatização (municipalização) do serviço de transporte público, garantindo passe-livre a estudantes, desempregados e aposentados, para os demais trabalhadores da iniciativa privada, redução da tarifa, que já é parte subsidiada pela empresa. Tendo uma vantagem econômica e de qualidade os trabalhadores poderão optar em deixar seus veículos em casa para serem usados para passeio aos fins de semana. Assim, de quebra além de diminuir o número de veículos nas ruas, diminuiremos os índices de acidentes e de atendimentos de pronto socorro na rede pública de saúde e teremos condições de melhor fruição do trânsito. É possível efetivar essa proposta e temos como “carro chefe” de um governo para os trabalhadores.

5 – O PROGRESSO:  Na Educação, apesar dos investimentos, o ensino público ainda deixa a desejar. O que fazer para melhorar os índices? O professor se queixa da falta de valorização e capacitação. Só o aumento de salário é o suficiente para que ele tenha estímulo para trabalhar?
WILSON LEITE: A educação, a exemplo de outras funções públicas vêm sendo privatizada pelos governos neoliberais de FHC/PSDB e Lula e Dilma Rousself/PT. Com essa privatização os recursos da educação se reduzem – mais de 70% das escolas municipais são prédios privados alugados para a rede de educação municipal – sem falar do método pedagógico. Os repasses do FUNDEB geralmente aumentam ao longo dos anos pois é calculado o valor por aluno, e as remunerações dos professores que fazem parte dos 60% (professores em efetivo exercício, em sala de aula) devem ser garantidos o Piso Nacional para a categoria e se possível o recebimento da variação(sobras), imediatamente o recebimento pela gestão municipal, garantindo efetivamente 60% dos recursos do FUNDEB com pagamento dos professores. Além disso, temos como prioridade encerrar o contrato temporário dos profissionais de educação, abrindo concursos públicos para o suprimento de todas as vagas de contratados com um PCCS debatido e atualizado anualmente com o sindicato da categoria. Não teremos condições de implantar o socialismo, pois a economia global é capitalista, mas nossa tarefa como gestão socialista é promover medidas típicas do socialismo a fim de mostrarmos aos trabalhadores que com a participação efetiva na gestão teremos uma mudança real na vida dos trabalhadores. O PSTU e entidades com ANDES e CONLUTAS defendem a proposta de 10% do PIB para a Educação Pública já.

6 –  O PROGRESSO: A saúde sempre foi outro empecilho no caminho dos gestores públicos. Imperatriz não atende apenas os seus moradores (230 mil, segundo o IBGE), mas de toda a região sul do Maranhão, além do Tocantins e Pará. Embora tenha melhorado muito, nos últimos anos, qual a saída para tornar eficiente o funcionamento da saúde pública municipal de Imperatriz? 
WILSON LEITE: A saúde, assim como a educação, tem uma influência direta na qualidade de vida dos trabalhadores, não vemos a saúde “empecilho no caminho dos gestores públicos”. Hoje, Imperatriz ao ser governado por uma gestão que defende os interesses privados buscando formas de repasses de recursos públicos à iniciativa privada do ramo da saúde torna os recursos escassos. Temos a tarefa de romper com essa lógica, através de um planejamento e participação efetiva dos trabalhadores da saúde, defendemos saúde pública universal, contra a mercantilização do atendimento médico hospitalar. Precisamos racionalizar os investimentos na área para que possamos resolver outros problemas como os pacientes que precisam de tratamentos oncológicos, renais, dependentes de drogas, discussão de protocolos especiais para pessoa portadora de deficiência e patologia, sem esquecer de potencializar o atendimento preventivo na atenção básica e odontológico, transformando os postos de saúde um local de monitoramento permanente da saúde pública. Informação é fundamental para disseminar saúde para a população.

7 – O PROGRESSO:  Os pilares econômicos de Imperatriz são o comércio e a prestação de serviços. Mas começam a chegar grandes indústrias, como a Suzano, e parece que o atual Distrito Industrial não é capacitado para receber tais indústrias, ou mesmo de porte menor. Qual será a participação da administração municipal para resolver esse problema e como você analisa o desenvolvimento da cidade?
WILSON LEITE: Somos Marxistas, e para Marx essa é uma discussão essencial para a mudança das condições sociais da humanidade, claro, numa perspectiva socialista. Essa base econômica: comercio, prestação de serviços e mais recentemente construção civil na prática não agrega valor ao PIB municipal, nem mesmo ao nível salarial da classe trabalhadora. O processo de Industrialização é o que tem mais condições de efetivamente garantir a elevação do PIB e um aquecimento econômico mais permanente, sabendo-se que isso no capitalismo é cíclico. Pra nós esse papo que não somos qualificados, não temos capacidade para receber tais indústrias é “papo furado”, pelo contrário temos plena consciência de que, devido a necessidade de movimentação do  capital Imperatriz e o Nordeste são os destinos que vislumbram os investidores por vários fatores principalmente o ambiental de infraestrutura logística e de população. Portanto esse discurso é pra justificar mais ainda vantagens fiscais e ambientais para os grandes negócios a exemplo das medidas de desoneração da folha de pagamento e do IPI, arrocho salarial dos servidores federais, demissões e as péssimas condições de trabalho patrocinado pelo governo neoliberal de Dilma Rousself/PT, isso não faremos. Temos que garantir o uso responsável do meio ambiente e da exploração de nossa mão de obra, revertendo, neste momento, de forma “compensatória” aos trabalhadores e nossa natureza da exploração desses processos industriais. O exemplo da irresponsabilidade dos gestores que fazem renuncia de receitas, mantendo assim nosso município na dependência de repasses federais (FPM, FUNDEB, SUS, etc) enquanto que a nossa arrecadação própria em impostos e taxas representou apenas 14,98% da receita realizada em 2011, ou seja, apesar do ciclo de progresso pelo qual Imperatriz vem passando nos investimentos, principalmente da construção civil é lamentável que as condições de saúde, educação e Infraestrutura principalmente das periferias de nossa cidade não reflitam esse progresso. Em resumo, isso terá que mudar, as empresas terão que contribuir com o papel social dos impostos para que possamos investir na mudança da realidade dos trabalhadores, só precisamos ter uma gestão comprometida com o desenvolvimento da economia e dos munícipes, através de uma legislação clara: Plano Diretor, Código de Postura e Tributário; e, controle rigoroso e transparente no gerenciamento dos recursos naturais.

8 –  O PROGRESSO: Em ordem de importância, quais as prioridades da sua administração? Justifique-as.
WILSON LEITE: Como gestor de políticas públicas para os trabalhadores é complicado dizer que uma área tem mais importância que outra, mais ouvindo o clamor de quem mora na periferia e sente na pele o abandono nas áreas de Saúde, Educação e infraestrutura essas seriam as prioridades e como um estudioso da economia diria que essa questão pode revolucionar as três primeiras, sem esquecer do nosso papel de conscientização de classe buscando um governo democrático com a participação dos trabalhadores organizados em conselhos populares para discutir problemas, buscar soluções e ratificar as medidas de um governo encabeçado por um operário. Em suma a ordem de Importância e a principal prioridade é voltar às ações da gestão para os trabalhadores e para a periferia. Imperatriz para os Trabalhadores!

9 –  O PROGRESSO: Por que você é candidato a Prefeito de Imperatriz?
WILSON LEITE: Quando um partido revolucionário resolve se legalizar na legislação burguesa tem o entendimento que isso serve única e exclusiva tarefa de disputar as consciências dos trabalhadores no campo dominado pela burguesia. Sendo assim, o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado-PSTU reconhecendo nossa disponibilidade militante nos convoca a realizar essa tarefa. Para a burguesia, que tenta a todo custo manter seu domínio econômico, político e ideológico nossa participação trás um risco muito grande, pois, coloca uma alternativa fora dos círculos do poder burguesia e abre espaço para a propaganda e agitação na defesa de um projeto de sociedade sem classe (sem explorador e explorado), uma sociedade socialista. Portanto, Wilson Leite, Jakson Marinho e Pastor Odair estão colocando seus nomes na tarefa de apresentar um programa de governo que atenda as necessidades imediatas: na educação, saúde, infraestrutura, transporte público, geração de empregos, etc, aos trabalhadores e trabalhadoras das periferias, apontando uma alternativa socialista para a superação da exploração dos trabalhadores e degradação do meio ambiente. A campanha eleitoral se divide em duas: a que defende os trabalhadores e as que defendem os ricos. Esperamos que os trabalhadores nos reconheça como o autentico defensor de seus interesses concretizando isso através do voto no PSTU 16.

10 –  O PROGRESSO: Quais os políticos mais importantes que estão lhe emprestando apoio e quais os vínculos dos mesmos com Imperatriz ou a Região Tocantina?
WILSON LEITE: Todos os militantes do PSTU são políticos na essência da palavra, todos nós, militantes de todas as regiões, estados e cidades temos sua importância para o partido. Para um partido marxista e revolucionário seus militantes não têm cidade, estado ou país, somos todos unidos por um ideal de sociedade, pra nós isso é o que importa. Como figura pública nacional do partido o camarada Zé Maria, Presidente Nacional do PSTU e coordenador da CSP Conlutas (Central Sindical e Popular, criada para confrontar o atrelamento da CUT, UGT, CTB aos governos do PT, em defesa do movimento sindical independente e combativo), gravou um depoimento, o qual foi exibido no programa eleitoral. No maranhão temos os camarada Marcos Silva, Claudia Durans, Saulo Arcangelli, Claudicea Durans - Movimento Raça e Classe, Hertz Dias - Quilombo Urbano etc, mais o que importa pra nós militantes de Imperatriz é o reconhecimento do coletivo partidário na nossa capacidade de representar o projeto de poder da classe trabalhadora e do PSTU em Imperatriz.

FONTE: BLOG DA CAMPANHA

terça-feira, 2 de outubro de 2012

JORNAL O PROGRESSO PUBLICA CADERNO ESPECIAL NESTE DIA 03/10

A diretoria do jornal O PROGRESSO publica nesta quarta-feira, dia 3 de outubro, Caderno Especial, com entrevistas com todos os candidatos à Prefeitura de Imperatriz. No total são dez questões que buscam expor as  propostas para governar o município de Imperatriz.

Conforme as regras para ter as entrevistas publicadas os candidatos teriam que entregar as respostas de forma digital e impressa até o dia 01/10, e, a disposição das mesmas foi definida por sorteio.

Vamos antecipar aqui as perguntas que foram respondidas pelo candidato do PSTU, Wilson Leite – perguntas iguais aos demais candidatos – e entregues na sede do jornal dentro do prazo estipulado. Amanhã devemos disponibilizar as respostas aqui no site e demais veículos de divulgação e debate do partido.

1 – A cidade cresceu desordenadamente, com o surgimento de bairros por invasões e loteamentos clandestinos e sem infraestrutura. O que será feito para acompanhar esse crescimento evitando os inúmeros problemas que acabam inviabilizando uma administração?
2 – A urbanização é outra questão que vem se arrastando sem a devida atenção do poder público. A área comercial, por exemplo, foi ocupada pelos camelôs e até agora nenhum gestor ousou enfrentar o problema. Se já não bastassem os camelôs, o pedestre também é empurrado para o meio da rua devido à falta de padronização das calçadas. Há interesse em resolver esse problema? Quais as dificuldades?
3 – Imperatriz, já com os seus 160 anos, ainda enfrenta o grave problema de saneamento até na sua parte central; riachos poluídos, exalando forte mau cheiro na cidade recebem esgoto sanitário jogado pela população e levado para o rio Tocantins, sem tratamento, trazendo sérios problemas para a saúde e meio ambiente. Qual o seu plano para erradicar o problema?
4 – O trânsito de Imperatriz está caótico. Há uma saída?
5 – Na Educação, apesar dos investimentos, o ensino público ainda deixa a desejar. O que fazer para melhorar os índices? O professor se queixa da falta de valorização e capacitação. Só o aumento de salário é o suficiente para que ele tenha estímulo para trabalhar?
6 – A saúde sempre foi outro empecilho no caminho dos gestores públicos. Imperatriz não atende apenas os seus moradores (230 mil, segundo o IBGE), mas de toda a região sul do Maranhão, além do Tocantins e Pará. Embora tenha melhorado muito, nos últimos anos, qual a saída para tornar eficiente o funcionamento da saúde pública municipal de Imperatriz?
7 – Os pilares econômicos de Imperatriz são o comércio e a prestação de serviços. Mas começam a chegar grandes indústrias, como a Suzano, e parece que o atual Distrito Industrial não é capacitado para receber tais indústrias, ou mesmo de porte menor. Qual será a participação da administração municipal para resolver esse problema e como você analisa o desenvolvimento da cidade?
8 – Em ordem de importância, quais as prioridades da sua administração? Justifique-as.
9 – Por que você é candidato a Prefeito de Imperatriz?
10 – Quais os políticos mais importantes que estão lhe emprestando apoio e quais os vínculos dos mesmos com Imperatriz ou a Região Tocantina?

Fonte: BLOG DA CAMPANHA

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

MAJOR MELO TEM RAZÃO: O PSOL NÃO É O PSTU


Ao ser perguntado pelo apresentador Josafá Ramalho no Jornal da Difusora, na série de entrevistas com os candidatos a prefeitura de Imperatriz, hoje (01/10), se num possível governo o PSOL sendo o partido que não faz aliança chamaria os políticos tradicionais da cidade para compor seu governo, Major Melo respondeu:

“Não somos um partido fechado, temos senador, deputados federais e vereadores, não somos o PSTU...”

Realmente o candidato do PSOL em Imperatriz Major Melo tem toda a razão, o PSTU não faz alianças espúrias com a direita como as que ocorrem Brasil a fora, não recebe financiamento de empresas privadas para bancar suas campanhas em troca de cargos. Antes de citar o PSTU ele deveria estar a  par dos problemas internos e pra quem prega o combate à corrupção mais ainda. A direção nacional do PSOL acaba de emitir nota aonde afasta um membro da direção Nacional- Martiniano, principal figura pública de Goiás e aliado da ex-senadora Heloísa Helena, o motivo do afastamento é o envolvimento (recebeu R$200.000,00) com empresas ligadas a Carinhos Cachoeira:

Segue integra da nota:

RESOLUÇÃO DA EXECUTIVA NACIONAL DO PSOL

Sobre afastamento do filiado Martiniano Cavalcante Neto

1.     A Executiva Nacional do PSOL tomou conhecimento que Martiniano Cavalcante Neto, membro do Diretório Nacional, recebeu no dia 20 de dezembro de 2011 transferência bancária no valor de R$ 200.000,00 da empresa Adécio e Rafael Construções e Incorporações LTDA.
2.     Segundo informações colhidas pela CPMI e pela Polícia Federal a referida empresa faz parte do esquema da organização criminosa do contraventor Carlos Cachoeira, sendo apontada como empresa-laranja.
3.     O recebimento de recursos por militante do partido de recursos oriundos de empresa-laranja não é comportamento compatível com a ética partidária.
4.     A Executiva, em sintonia com a postura aguerrida de sua bancada no Congresso Nacional, reafirma a disposição de apoiar toda investigação sobre o esquema desmontado pela Operação Monte Carlo. A linha partidária tem sido a de exigir a mais completa investigação de empresas, cidadãos e agentes públicos citados em gravações, recebedores de recursos e/ou beneficiados de qualquer forma pelo esquema Delta/Cachoeira.
5.     Coerente com esta postura, o sigilo bancário da empresa Adécio e Rafael Construções e Incorporações LTDA foi requisitado pelo Senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) no dia 13 de junho de 2012 e aprovado pela CPMI.
6.     A divulgação de que um membro do partido aparece como beneficiário de depósito desta empresa-laranja fez com que esta instância partidária decida;
a.     Pelo imediato afastamento preventivo de Martiniano Cavalcante Neto de todas as instâncias partidárias em que o filiado participa;
b.     Solicitação de abertura de processo de investigação pela Comissão de Ética do Partido, garantido ao filiado amplo direito de defesa, apresentação de documentos e outros atos que julgar oportuno.
c.      Solicitar brevidade na apuração dos fatos e envio de circunstanciado relatório para a apreciação do Diretório Nacional, instância que cabe estatutariamente julgar casos deste gênero.
7.     O PSOL, com este conjunto de decisões, reafirma seu compromisso de zelar pela mais completa apuração dos fatos que envolvem o esquema criminoso liderado por Cachoeira e que tinha na empresa Delta Construções a principal captadora de recursos públicos.

Brasília, 26 de setembro de 2012.

Executiva Nacional do PSOL

FONTE: PSOL.ORG.BR