quarta-feira, 29 de maio de 2013

VIDA DE PEÃO

O rojão é duro, uma semana pesada de trabalho e no fim de semana tenho que recuperar as forças para continuar buscando o pão de cada dia no trabalho, para alguns mais jovens ainda dá tempo para uma cachaça no boteco para ajudar a aliviar a pressão dos encarregados.

Acordar antes do amanhecer, despedir sem que a companheira acorde, e dar uma rápida olhada nos filhotes. O percurso ao trabalho não é longo, mas o busão tem que passar em vários bairros da periferia para pegar meus companheiros de obra.

Em alguns momentos, cansado dessa vida de cão fico-me comparando com um escravo africano nos tempos do Brasil colônia, eles tinham os ferros nos punhos e um capataz para obrigá-los. Nós, nesses tempos modernos temos um PIS e uma carteira de trabalho como amarras e um cartão de ponto como capataz a fazer que eu cumpra horário. A vigilância no trabalho não foi substituída, tanto os escravos como nós, também temos companheiros – escravos pela função – para nos “açoitar” caso façamos corpo mole.

No canteiro, não temos apenas homens e mulheres usando seus braços para realizar as tarefas da obra, temos verdadeiros matemáticos, artistas, cientistas. Em meio aos ferros que precisam ser dobrados para virar estribos retangulares e triangulares; no preparo da massa com suas mais diferentes misturas de materiais seja para concreto, levante ou reboco; os carpinteiros montando com maestria as estruturas de madeira para receber o concreto, até os andaimes; todos os trabalhos resultando numa bela estrutura erguida a partir do início do alicerce até o último retoque no acabamento.

Apesar da vida sofrida de peão, onde temos que escolher entre servir aos patrões nas condições em que não somos valorizados pelas realizações da construção, colocados numa opção ou isso ao nada. Acabamos escolhendo isso para poder criar nossos filhos buscando melhores condições para que eles cresçam e conseguiam uma vida melhor.

Os resultados de nosso trabalho estão espalhados pelas cidades em forma de ruas, pontes, edifícios etc. Temos orgulho de passar em frente a um prédio que ajudamos a construir, mesmo que seja para uso apenas dos patrões, os mesmos dos quais só ouvíamos ou víamos em raros momentos em que vinha acompanhar o andamento da obra.

Com uma mistura de orgulho, satisfação e também de raiva, contida para não deixar que nossa família perceba, apontamos o resultado de tanto sacrifício e ausência na criação dos filhos, um prédio alto, com uma fachada que reflete nossas caras, não tem como não lembrar dos versos da música CIDADÃO (Lúcio Barbosa):

Tá vendo aquele edifício moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
(..)

Tá vendo aquele colégio moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Pus a massa fiz cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
Pai vou me matricular
Mas me diz um cidadão
Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar

(..)

terça-feira, 28 de maio de 2013

O PREÇO DA IRRESPONSABILIDADE DO PC do B: Não se termina uma greve como se fosse uma partida de futebol


Um dos pretextos utilizados pela direção do SINPROESEMMA para acabar com a greve foi o “acordo” que seria assinado pela governadora Roseana Sarney (PMDB/PT) logo após o resultado final da “consulta” a categoria sobre a última proposta de Estatuto. Para alcançar esse objetivo o PC do B invocou as assembleias regionais ilegais recheadas de métodos antidemocráticos como divulgação restrita, truculência, autoritarismo, manobras e calúnias. O problema é que greve não é como um jogo de futebol em que o juiz só assina a súmula ao término da partida. 

Na luta de classe acontece justamente o contrário, a assinatura dos acordos ocorrem como condição para findar-se um movimento paredista. Agora, com a greve já completamente desmontada, quem está com o apito na boca é a governadora Roseana Sarney que desde sexta-feira se nega assinar o tal acordo. Esse é preço pago por um grupo que, enquanto apunhalava a categoria pelas costas, adoçava a boca do governo antidemocrático de Roseana Sarney. 

Júlio e companhia, onde fica a moral dos professores para com seus alunos e pais nesse vai e vem de uma greve encerrada que não termina? Só os diretores do SINPROESEMMA que há décadas não pisam em salas de aulas para não saber quanto é constrangedor para os verdadeiros trabalhadores em educação passar por uma situação desta.

TODOS (AS) A PLENÁRIA DA OPOSIÇÃO: QUARTA-FEIRA, 29/05, AS 17H, NO SINDICATO DOS BANCÁRIOS COM REPRESENTANTES DE OUTRAS REGIONAIS.

Hertz Dias, CSP-CONLUTAS/MA

sábado, 25 de maio de 2013

ASSEMBLEIA DO SIMPROESEMMA EM IMPERATRIZ TERMINA A GREVE, MAS DIZ NÃO AO ACORDO ENTRE SINDICATO E GOVERNO

Desde o inicio da greve a CSP-CONLUTAS do Maranhão se posicionou a favor da greve, mas contra o projeto de estatuto do magistério que retirava direitos da categoria e trazia um reajuste salarial de apenas 4% para a maioria da categoria. Também defendemos durante todo o processo uma pauta que avançava para além do debate sobre o Estatuto do Educador.  Para isso resolvemos disputar a consciência da categoria pela base, e não poderia ser de outra forma, exigindo a retirada dos artigos maléficos do Estatuto e um reajuste com base no crescimento custo aluno ano do FUNDEB, 20,16%. 

Assembléia da delegacia do SIMPROESEMMA da regional de Imperatriz foi realizada ontem (24/05) iniciando às nove horas da manhã e  contou com a presença do presidente estadual do sindicato, Júlio Pinheiro que passou mais de duas horas tentando convencer os professores à aprovar o acordo firmado entre a direção (PC do B) e o governo Roseana Sarney (PMDB/PT). Nós da CSP CONLUTAS fizemos nosso dever de casa distribuindo nosso material explicativo a cerca dos riscos contidos na proposta de Estatuto e conversando com alguns professores sobre nossa posição de rejeição da proposta, tal como fizemos em outras regionais.

Quando chegou o momento de abrir para a plenária muitas críticas foram feitas à direção do Sindicato e ao acordo apresentado para votação na Assembleia. Foram destacados muitos pontos onde a categoria teve seus direitos retirados na mesa de negociação, como a redução de carga horária em 50% para professores com 50 anos de idade e 20 de atividade magistério, bem como a proposta de correção salarial abaixo da inflação.

Na defesa da categoria, o delegado da regional André Santos ao puxar a votação defendeu a desaprovação do acordo firmado pela própria diretoria do sindicato ao qual faz parte. A fala deste professor foi muito importante, demonstrando quanto as propostas da direção do SINPRESEMMA é danosa para a categoria e que, por isso mesmo, não chega a ter consenso nem entre seus próprios membros. Parabenizamos a postura do professor André Santos.

A votação foi feita em duas partes: 1 - pela aprovação ou não do acordo apresentado pela direção, reprovado pela maioria esmagadora dos professores e, 2 –  fim da greve, aprovado pela maioria.

A suspensão da greve decorreu do fato da direção do SINPROESEMMA ter divulgado que a maioria absoluta das regionais já havia decidido pela suspensão da greve. Portanto, seria inviável manter uma greve isolada das demais regionais. Isso só comprova que a tática das assembleias regionais serve justamente a esse intuito, decidir fragmentadamente para enfraquecer a capacidade de reação coletiva da categoria contra os desmandos do PC do B. 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

ASSEMBLEIA DO SIMPROESEMMA HOJE EM IMPERATRIZ

Dará inicio as 9 da manhã assembleia regional de Imperatriz do Simproesemma que tem como proposta aceitar o acordo proposto pela direção do sindicato/PCdoB e Governo Roseana Sarney/DEM dando fim da greve ou recusar a proposta que fere os interesses e o futuro dos profissionais da educação pública no estado. Assista como foi a assembleia regional em São Luís nele mostra a defesa pela continuidade e pela discussão na base de uma proposta que realmente valorize o ensino público e seus profissionais..

quarta-feira, 22 de maio de 2013

ASSEMBLEIAS REGIONAIS DO SIMPROESEMA JÁ TEM RESULTADO ANTES DE INICIAR

À exemplo do que aconteceu ontem em Zé Doca, a direção traidora do SIMPROESSEMA usará todos os subterfúgios para passar por cima da base da categoria e aprovar o estatuto acordado com o governo do Estado – que não tem nenhuma garantia que será cumprido. Veja relato da oposição aos dois projetos.

Mentiras, manobras e terrorismos marcaram a assembleia Regional dos Professores de Zé Doca ocorrida ainda pouco

A assembleia de Zé Doca terminou ainda pouco. Estiveram presentes alguns professores da regional de São Luís fizeram-se presentes(Conceição Moscoso, Professora Eliane e eu, Hertz Dias pela CSP CONLUTAS) . A princípio, os diretores do sindicato impediram-nos de falar, mas pressionados pelos professores presentes, aproximadamente 30, resolveram abrir a fala para mim. Depois de minha fala e das conversas paralelas que tivemos antes com a categoria, a assembleia regional iniciou sob o comando da “mão de ferro” da professora Janice, que exigiu nossa saída do recinto onde ficaram a portas fechadas. Depois de muita conversa “fiada” sobre a proposta de Estatuto a mesma apresentou um tal acordo firmado entre a direção do SINPROESEMMA com o governo que será registrado em cartório que nenhum professor teve direito a cópia, dar para acreditar? A reação dos professores foi imediata. A categoria percebeu que as perdas salariais contidas na nova proposta são enormes. Os professores que ministram aulas no ensino fundamental perderão mais de cem reais por mês. A subtração redução da jornada de trabalho por idade e magistério do Estatuto também revoltou a categoria e muitos outros pontos. Depois de tanto encher linguiça a “Dama de Ferro” foi obrigada a colocar a proposta em votação. Contra essa proposta e pela continuidade da greve votaram doze professores, enquanto oito votaram pela proposta do PC do B. Mais, inusitadamente, a professora Janice, de semblante abatido pela derrota, se pôs a ameaçar os professores que se a greve continuasse tudo que foi negociado voltaria a estaca zero e que Roseana Sarney reprimiria a categoria com fuzil, canhão e AR-15. Depois empurrou uma nova votação com voto secreto. Desta vez, buscou ludibriar os professores com uma votação confusão em que ninguém sabia ao certo em que estava votando e em seguida declarou vitória da proposta da direção do Sindicato (PC do . A categoria saiu indignada com a direção e alguns dispostos a reverter o quadro. Fico aqui com a aguerrida professora Sônia da Regional de Caxias “foi a primeira vez que essa pelegada foi derrota aqui em Zé Doca”. 

TEMOS MAIS UMA BATALHA PARA AGORA A TARDE.
Forte abraço em todos (as)

terça-feira, 21 de maio de 2013

FLÁVIO DINO ESTARIA USANDO OS MESMOS MODOS OPERANTE DOS SARNEYS?

O clã Sarney sempre usou as estruturas do Estado como bem privado, basta ver os nomes das pontes, escolas, órgãos como hospitais públicos etc, com nomes de seus familiares, vivos e mortos, até uma fundação que vai servir como mausoléu do patriarca do clã, Convento das Mercês passou a ser Fundação da Memória Republicana Brasileira, vinculado aos Sarneys e mantido com dinheiro público.
Na ânsia de chegar ao poder Flavio Dino/PCdoB, que o é hoje presidente da EMBRATUR, após ser descoberto ao não comparecer ao emprego e realizar campanha pré-eleitoral no interior do Maranhão encontrou uma saída. Como sempre o remendo fica sempre pior que o soneto, com seus propagandistas no Estado o quase já governador encontrou uma saída que seria a realização de uma vídeo-conferência só que o cenário deixa uma dúvida grande: estaria Flávio Dino/PCdoB usando as estruturas do gabinete (local e internet) para realizar o debate com seus correligionários?
Observe o cenário do vídeo que está sendo distribuído aos contatos, inclusive já solicitei por varias vezes que me fosse retirado, até agora sou obrigado a receber os “spans”. Pra mim o padrão da decoração parece muito com os padrões de gabinetes dos ministérios.  
Imaginem com ficará o Estado sendo gerido tendo como chefe o mais novo honorário do Maranhão, quem quiser acredita nesse discurso de libertação e de via alternativa que acredite, é simples basta não analisar o que é o PCdoB e suas figuras públicas Brasil à fora: Ministro dos esportes do partido, Orlando Silva, envolvido em  denúncias por desvio de recursos públicos, apoio do partido e aprovação do novo código florestal pelo relator do projeto Aldo Rebelo, entre outros casos.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

POR QUE OS BURGUESES SE ASSUSTAM AO SE DEPARAREM COM ALGUÉM QUE SE DEFINE MARXISTA?


Na sociedade capitalista atual há duas grandes classes sociais antagônicas: burgueses e proletários – patrões e empregados – os patrões são identificados pelos proprietários dos modos de produção: indústria, fábricas, empresas, ou qualquer outra estrutura que coloque sob seu domínio a força de trabalho; os operários é a classe social que no capitalismo serve para produzir bens, mercadorias e consumi-las para realizar a mais-valia retirada do trabalho do homem.

Karl Marx, intelectual revolucionário alemão, dedicou-se a desvendar os níveis dessa relação de exploração de uma classe sobre a outra em seu principal trabalho, “O Capital”. Essa obra expõe às claras o capitalismo é o mais prejudicial modo de produção que nos levará à barbárie.

Apesar de essa obra demonstrar tudo isso é uma das principais obras que a burguesia conhece, pois ao conhecê-la tem condições de avaliar se está usurpando ao máximo a mais-valia de seus operários.

Daí parte o principal medo da burguesia, é que os trabalhadores conheçam esses níveis de exploração e passem a questionar assa expropriação da riqueza produzida por eles. Para manter a classe explorada cada vez mais longe do conhecimento a classe dominante usa a escola pública como sua principal “indústria” de reprodução de operários servis à reprodução do capital. Isso é feito com uma grade curricular tecnicista, onde o principal objetivo é formar operadores de máquinas e não questionadores.

Quando um burguês se depara com membros da classe operária que tenha o mínimo de consciência do quanto ele é explorado e o receio maior é quando esse além de ter essa postura crítica se define como marxista, isso pressupõe que além de uma consciência crítica tem um certo nível teórico de como isso se dá, além do principal uma consciência de classe com o objetivo da tomada do poder com uma revolução socialista que põe fim à propriedade privada e a expropriação de uma classe por outra.

Hoje uma das tarefas prioritárias da burguesia é conseguir manter a classe operária alienada, através da restrição do conhecimento, do patrocínio do entretenimento e do consumismo. Um operário alienado será sempre uma arma nas mãos da burguesia para ser usada contra os próprios operários, ele será sempre o exemplo de “trabalhador” “perfeito” e de “sucesso” que a burguesia tentará dar aos demais para que se mantenham em seu nível de exploração.

terça-feira, 14 de maio de 2013

JORNALISTA JULIANA CARVALHO DESCREVE COM LUCIDEZ AS CONTRADIÇÕES DO PARLAMENTO

A Jornalista Juliana Carvalho, que trabalha como assessora de imprensa para um vereador há pouco mais de 4 meses,  fez uma excelente descrição do que é a estrutura do parlamento mirim de Imperatriz e sua composição. O texto mostra sua percepção aguçada das contradições daquela casa e de uma sociedade machista e hipócrita, sintetizada em 21 vereadores que deveriam representar os interesses do coletivo.

Leiam texto abaixo:

Fotografia

São 21. Três mulheres. Uma negra. A conjuntura responde à exclusão das mulheres dos espaços políticos, onde são colocadas apenas para cumprir uma reserva obrigatória de 30% das vagas para as eleições. 


São dois pastores e há uma bíblia na mesa que, comumente, é lida no início das sessões, onde a laicidade do Estado é desrespeitada. Dia desses, encontrei um embriagado no boteco com a camisa desabotoada. Que assim seja!


Cinco professores. Três votaram contra a própria classe, confundiram as profissões. Dois jornalistas. Trabalham ambos com um formato de programa que finge dar voz à população e só reforça a marginalização e preconceito com as minorias.


21 cadeiras brancas onde sentam 247.505 cidadãos imperatrizenses. Nos corredores da Casa, quem deveria pedir direitos pede dinheiro. De terça à quinta, paredes com ouvidos de cão. Nos outros dias, reúnem-se na sala de imprensa para assistir a qualquer coisa que não seja o jornal.


Incontáveis propostas, arquivadas logo depois de lidas. Quase tudo que é falado, logo cala. Fica guardado em vídeos sem vida. Passam mais tempo ofendendo inimigos e bajulando aliados que debatendo os problemas que a gente tem e o problema de nos faltar muita coisa. De que adianta tanto discurso e baixaria, tanto teatro, se tem tanto espaço vago na galeria?


13 de maio: seguir a luta contra o racismo e a exploração


O dia 13 de maio é reconhecido por ter sido o dia em que a Princesa Isabel, em 1888, assinou a Lei Áurea, que findou, do ponto de vista institucional, a escravidão no Brasil. Entretanto, há muitas contradições nesta data.

A primeira é que a “história oficial” acabou por fazer da Princesa Isabel uma heroína da luta contra a escravidão, o que não é verdade. Essa conquista é fruto da luta de diversos heróis negros escravos e ex-escravos que em alguns casos deram sua vida pelo fim dessa exploração baseada no racismo e na discriminação do povo negro. 

É verdade que em fins do século XIX, muitos burgueses e latifundiários já não viam mais na forma de trabalho escravo o caminho para ampliação de seus lucros. Mas não fosse a luta incansável de diversos nomes da história da luta contra a escravidão no Brasil, como Zumbi dos Plamares, Luiza Mahin, Dandara, etc, esta conquista não aconteceria. As leis anteriores que caminhavam no sentido da abolição da escravatura, como a Lei do Ventre Livre, ou a Lei do Sexagenário, também foram fruto e conquista dessa história de lutas.

Outra contradição importante é que a abolição da escravatura oficial não significou naquele momento e até hoje, o fim do racismo. A abolição foi um evento histórico que deu base para a criação do mito da igualdade racial no Brasil. A população brasileira é extremamente miscigenada, sobretudo com o povo negro que durante centenas de anos construiu o país com a força de seu trabalho, explorada de forma escrava pela burguesia brasileira. Com base nisso, construiu-se a ideia de que todos são iguais e a presença constante dessa concepção nas diversas Constituições brasileiras do fim do século XIX para cá serviu para sustentar a falsa ideia de que não há desigualdade entre negros e brancos no Brasil.

No entanto, o mito da democracia racial mascara o destino de milhares de negros e negras e por consequência de seus descentes que até hoje sofrem com a exploração e com racismo. Como disse Aliado G, do grupo de rap Face da Morte: “o que um dia foi Quilombo, hoje em dia é favela”, e desde o século XIX, a população negra brasileira foi jogada na marginalidade, sem direito a emprego, trabalho, moradia digna.

Hoje, a população brasileira é na sua maioria negra, mas os negros e negras são os mais presentes na informalidade, nos índices de baixos salários e desemprego. As populações quilombolas seguem na luta, se enfrentando com governos do PT, em esfera federal e dos partidos da oposição burguesa, em esferas estaduais e municipais, para obterem a posse dessas terras, conquistarem a demarcação desses espaços.

A luta por cotas nas universidades evidencia o histórico de marginalização da população negra, ao passo que também demonstra a que ponto está a sociedade brasileira para se enfrentar com o problema do racismo. Este debate surgiu em meados da década de 90 e recebeu, em um primeiro momento, uma repulsa muito grande de governos e setores dominantes da sociedade, trazendo a tona argumentos dos mais reacionários. Desde então, o movimento negro lutou, sobretudo os setores do movimento que não se entregaram ou se renderam a governos identificados historicamente com a esquerda, como o governo do PT, que muito pouco fez para reparar os séculos de história de exploração e opressão do povo que construiu o Brasil com suas mãos.

Fruto dessa luta, no ano passado vimos a aprovação das cotas nas universidades federais, uma conquista muito importante, que segue recebendo ataques de setores reacionários, como a reportagem da Folha de São Paulo que levantou a ideia de que os cotistas são os que possuem as piores notas. Mas essa conquista não terá consequências positivas para a inserção real da juventude negra nas universidades se não houver uma ampliação significativa do investimento em Educação, que hoje se configura na luta pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já. 

Da mesma forma, essa conquista pouco se efetivará se não vier acompanhada de medidas sociais que ampliem emprego e oportunidades para que a população negra se insira no mercado de trabalho formal, assim como medidas que ampliem os direitos da classe trabalhadora de conjunto, da qual a população negra é a maior parte.

Com essas medidas reais é que será possível combater a ideologia que inferioriza e discrimina a população negra brasileira, que promove para as mulheres negras as piores condições de trabalho, uma grande presença no mercado da prostituição, combinando ao racismo e à exploração, a ideologia machista que também discrimina, violenta e mata as mulheres negras.

O 13 de maio deve lembrar essa perspectiva de luta: de que ainda há muito o que fazer para acabar com o racismo no Brasil, e que o caminho é a luta unida de mulheres e homens, negros e brancos da classe trabalhadora.

Está em curso a maior privatização da história: 11° rodada de leilões do petróleo brasileiro


Nos dias 14 e 15 de maio, ocorrerá a 11ª Rodada de Licitações para Exploração de Petróleo da Agência Nacional do Petróleo (ANP). 289 blocos de 11 bacias sedimentares, em uma área cuja extensão chega a 155.800 quilômetros quadrados, serão leiloados para a iniciativa privada.

Este leilão, que é o sexto durante os governos do PT, deverá entregar cerca de 30 bilhões de barris de petróleo ao capital privado, principalmente às grandes multinacionais do setor. Está em curso a maior privatização da história do nosso país.

A nova rodada de leilão deve contar com a participação de 64 empresas e envolve cerca de 170 blocos de bacias sedimentares que ainda não passaram por avaliação sobre o impacto ambiental na exploração do petróleo.
 
A privatização do petróleo brasileiro não tem sido feita apenas através dos leilões. “A própria Petrobrás já não é exclusivamente estatal e a política de desmonte desta que é uma das maiores empresas do país segue sendo aplicada pelo governo do PT. O objetivo é criar as condições para privatizá-la de vez, como foi feito com a Vale do Rio Doce – hoje VALE - no governo do PSDB.

É lamentável que os governos de Lula e Dilma tenham seguido a mesma política de privatização do governo de FHC. Tem sido assim com o petróleo, os aeroportos, serviços de Correio, rodovias, hidrelétricas e até mesmo hospitais universitários.

Mobilizações serão organizadas pelos movimentos sociais contra os leilões de petróleo e em defesa de uma Petrobrás 100% estatal por todo o país. A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) estão à frente destas manifestações.

Esse e outros temas estão sendo levantados no Jornal Opinião Socialista – veículo de comunicação nacional do PSTU – Na edição especial nº 459 e em várias mesas de debate sobre os 10 anos do governo de conciliação de classe e aplicador de políticas neoliberais, que são realizados em sedes e espaços de discussão como universidade ou no parlamento onde o PSTU tem oportunidade a exemplo do de Belém com Cleber Rabelo e em Natal com a professora Amanda Gurgel.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

10 anos de PT: e a ‘privataria’ continua...


Apesar do discurso, Lula e Dilma deram sequência à política de privatizações do governo FHC

Governo Dilma está entregando o petróleo brasileiro às multinacionais

 
Nas campanhas eleitorais de Lula e Dilma, o PT sempre bradou contra a política de privatizações levadas a cabo pelos tucanos. Afinal, o governo do PSDB foi responsável pela  entrega de setores estratégicos do país, e o PT tentava se contrapor  afirmando que seu governo não privatizariam nenhuma estatal. Infelizmente a realidade é outra. Nestes 10 anos,  o governo petista deu continuidade à política de privatizações, atingindo inclusive setores que os tucanos não ousaram tocar.
Os governos do PT privatizaram rodovias, hidroelétricas, bancos estaduais e jazidas petrolíferas, inclusive do pré sal. Lula também implementou a privatização por via das PPP, as parcerias-público-privadas,  como  foi o caso da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Dilma também continua privatizando. Privatizou a Previdência dos servidores públicos, aeroportos, Hospitais Universitários, rodovias federais, e agora está retomando os leilões do petróleo brasileiro.
Petróleo: leilão é privatização
Dilma publicou o edital da 11ª Rodada de Licitação de Petróleo e anunciou a 1ª rodada do pré-sal para novembro deste ano. Neste leilão, serão entregues 289 blocos de 11 bacias sedimentares, que contém muito petróleo.
Somente na margem equatorial brasileira, estima-se que existam reservas da ordem de 30 bilhões de barris. Já as reservas do pré-sal são estimadas em no mínimo 35 bilhões de barris. O que o governo Dilma está iniciando é a maior entrega de riquezas da história do país.
Como a produção de petróleo será muito maior que o consumo interno, o país se tornará um grande exportador do produto. Como o petróleo não dá duas safras, ou seja, é um recurso esgotável, ficaremos no pior dos mundos: sem petróleo e sem perspectivas de melhoria social.
Briga por Royalties é cortina de fumaça
Os governadores dos estados “produtores” de petróleo e os “não produtores” brigam por diferentes propostas de divisão dos royalties entre eles. Mas a verdade é que, seja qual for a forma de divisão, os royalties representam cerca de 10% da produção total. Enquanto encenam esta guerra pelos 10%, os governadores se aliam ao governo Dilma para entregar os outros 90%.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) diz que as crianças vão ficar sem merenda escolar, caso o estado perca sua fatia na divisão dos royalties. Lamentavelmente, os parlamentares do PSOL como Marcelo Freixo, Jean Willis, Janira Rocha, Eliomar Coelho, Renato Cinco e Paulo Pinheiro, caíram neste discurso e estiveram presentes na manifestação puxada por Cabral no centro do Rio. A verdade é que os apelos de Cabral não passam de mera demagogia. O governador nunca priorizou a educação pública, tampouco se preocupou com a merenda escolar dos filhos dos trabalhadores pobres.
O que precisamos é defender a soberania nacional, suspendendo os leilões de petróleo. Precisamos de uma Petrobras 100% estatal e sob o controle dos trabalhadores. Queremos a integração estatal de toda a cadeia produtiva: exploração, produção, transporte, refino, importação e exportação, distribuição e petroquímica. Só assim o petróleo deixará de ser um grande negócio para os acionistas e multinacionais, e passará a atender as necessidades sociais da população trabalhadora.
Concessão é privatização
Por trás de uma falsa discussão se concessão é ou não privatização, o governo Dilma adotou uma medida, inclusive elogiada pelo PSDB, de entregar os aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília (DF) para a iniciativa privada. Também já se comprometeu com a entrega, até agosto de 2013, os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Minas Gerais.
Como se não bastasse tudo isto, o governo Dilma tenta privatizar setores da saúde e da educação por meio da implementação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que visa gerir os Hospitais Universitários.
O governo Dilma baixou a Medida Provisória 595 com o objetivo de privatizar 159 terminais de 24 portos. Esta medida encontrou uma séria resistência dos trabalhadores que fizeram uma greve que atingiu 36 portos em 12 estados. A partir daí o governo recuou e se dispôs a negociar com os trabalhadores, mas deixou claro que não abandou o seu objetivo de privatização.  
Em suma o que estamos assistindo, apesar das promessas de campanha contrárias à privatização, é a implementação do “modo petista de privatizar”. Na verdade é o mesmo ideário neoliberal do PSDB. Só a mobilização da classe trabalhadora e da juventude do nosso país poderá barrar este processo de entrega da nossa soberania.   
Artigo publicado no Opinião Socialista 459, especial sobre os 10 anos do governo do PT

terça-feira, 7 de maio de 2013

CSP CONLUTAS TEM ACESSO À NOVA PROPOSTA NEGOCIADA DO ESTATUTO DO EDUCADOR QUE ATÉ AGORA SE ENCONTRAVA SOB COMPLETO SIGILO DOS DIRETORES DO SINPROESEMMA

 Depois de muito esforço e habilidade política, a CSP-Conlutas teve acesso a uma cópia da sigilosa proposta de Estatuto que está sendo negociado entre a direção do SINPROESEMMA (PT/PC do B) e o governo de Roseana Sarney (PMDB/PT). Essa é a quarta versão. Pelo texto percebe-se que a nova proposta representa um modesto recuo em relação à destruição dos direitos da categoria, mas no essencial os ataques foram mantidos. Vamos a eles:
No Art. 15 que antes impunha o cumprimento de um 1/3 de hora atividade na escola, agora pelo menos deixa em aberto. No entanto, o governo insiste em não conceder redução dos 50% da carga horária para o professor que tenha 20 anos em exercício do Magistério e 50 anos de idade. Tanto o governo quanto a direção do sindicato estão aproveitando o reconhecimento do direito a 1/3 da jornada para retirarem do Estatuto essa conquista história.
O artigo Art. 17 determina que “O desenvolvimento dos integrantes do Subgrupo Magistério da Educação Básica dar-se-á mediante progressão por tempo de serviço e por avaliação do mérito. Esse método de avaliação de desempenho é, na verdade, o mais adequado para assegurar a submissão dos professores aos seus superiores imediatos, e implica em:
Perdas econômicas – Se o professor não obtiver nota satisfatória, na média final, não conseguirá sua progressão e perderá 5% em cima do seu vencimento;
Prejuízo profissional – Se a cada três anos o professor não atingir a média final satisfatória poderá ficar exposto que não é um bom profissional; podendo responder processo administrativo e, por consequência, ser demitido;
Danos psicológicos – Não conseguindo a média satisfatória, poderá sofrer emocionalmente, passando a duvidar de sua própria competência e, posteriormente, gerando doenças e danos psicossomáticos;
Consequências políticas – O professor fica subordinado a manter “boas relações” com seus superiores para obter notas satisfatórias nas avaliações, com receio de sofrer perseguição e perder sua progressão.
Obs: Em diversos estados e municípios do Brasil esse tipo de avaliação está sendo utilizada para destruir com a carreira e criminalizar professores. Portanto, se o problema é a “incompetência” dos professores então não há por que aumentar o finaciamento para melhorar a qualidade da educação pública.

Segundo o Art. 31. Parágrafo Único – “A gratificação de que trata o caput deste artigo constitui salário contribuição para o Sistema de Seguridade Social dos Servidores do Estado do Maranhão e será automaticamente cancelada se o servidor deixar de desempenhar atividade de Magistério”. Tanto o governo quanto a direção passam a reconhecer a validade da GAM para contribuição da Seguridade Social, mas isso não quer dizer necessariamente que a mesma será incorporada à aposentadoria, já que o texto não deixa isso bem amarrado. Por outro lado, está previsto a retirada da GAM em qualquer tipo de afastamento, excetuando os observados no art. 50, deixando desamparados os outros tipos de afastamento, a exemplo da licença saúde.
Não está expressa em nenhum dos 66 artigos da proposta a garantia do cumprimento dos direitos adquiridos de atualizações das referências antes da aprovação do novo Estatuto para posterior enquadramento. Se não existe na proposta a garantia da atualização imediata das progressões, nem sequer um prazo, ficamos à mercê da boa vontade do governo. Por exemplo, o professor que se encontra ainda na referência 19, mesmo após dez anos de serviço, será enquadrado imediatamente na referência 1, como se estivesse iniciando na carreira, sem os ganhos do tempo de serviço já adquiridos e poderá permanecer nesta condição.
Nós da CSP CONLUTAS sabemos da importância que tem essa greve e por isso estamos construindo-a. Porém, exigimos a imediata rediscussão e reformulação de cada um dos itens maléficos acima analisados. Exigimos igualmente a incorporação dos funcionários de escolas ao Estatuto tal como estava previsto inicialmente. Também não podemos abrir mão do reajuste de 20,16% conforme determina a Lei do Piso. Defendemos a imediata efetivação dos professores aprovados no concurso de 2009. Eleição direta para diretor de escola é outra bandeira que também não podemos abrir mão de maneira alguma.  E muita ATENÇÃO! Além desses problemas devemos redobrar nossas atenções para a tabela salarial que vão apresentar, posto que, na última versão negociada entre governo e direção do SINPROESEMMA os salários categoria estavam rebaixadíssimos.

Fonte: LUTA EDUCAÇÃO

sábado, 4 de maio de 2013

OGX E MPX: EMPRESAS DE EIKE BATISTA DÃO CALOTE EM TRABALHADORES EM SANTO ANTONIO DOS LOPES

SANTO ANTONIO DOS LOPES (MA) - As empresas OGX e MPX que exploram gás natural no município de Santo Antonio dos Lopes aplicaram um calote nos trabalhadores da região. Há 2 meses os funcionários não recebem seus vencimentos.  A dívida acumulada já chega a R$ 6 milhões de reais. Os trabalhadores alegam que as empresas também não depositaram os encargos sociais como INSS e FGTS.

manifestação em Santo Antonio dos Lopes
Nesta sexta-feira(03) cerca de 480 funcionários fizeram uma grande manifestação na porta da OGX e MPX . Munidos de picaretas, foices, paus e pedras eles tomaram a frente das empresas e paralisando as atividades. Eles reivindicam os salários atrasados e o deposito dos encargos sociais nas suas contas.
termelétricas sendo construídas no Maranhão

A OGX e MPX fazem parte do Grupo EBX, um conglomerado de empresas do mega empresário Eike Batista. O débito com os trabalhadores faz parte de uma série de terceirizações entre o Grupo EBX e a empresa espanhola Duro Felguera. A empresa foi contratada para realizar os projetos de engenharia, construção e montagem do complexo termelétrico  construído no Maranhão. A Duro Felguera foi contratada por R$  518 milhões pela construção de duas termoelétricas com capacidade total de 675,2 megawatts no Estado.

Martin Varão


quinta-feira, 2 de maio de 2013

DESRESPEITO COM A CULTURA E COM OS TRABALHADORES DE IMPERATRIZ

Às vezes, mesmo sem poder fiscalizar os desmandos dessa gestão nefasta de nossa cidade, com certeza tem muita sujeira nesse governo, a gente acaba se deparando com coisas impensáveis.

Percorrendo a cidade para divulgar o ato de 1º de Maio passamos pelo Restaurante Popular mantido pelo governo municipal. Já havia ouvido muitos comentários de que a higiene a qual é cobrada pelos trabalhadores e pelos visitantes do local (comida a R$1,00) é coisa de outro mundo por isso a surpresa quando me deparo com alguns jovens nas dependências do restaurante lá pelas 10 horas da noite.

Com som alto, observamos de longe que eles e fazendo movimentos de dança, então nos aproximamos para ver melhor e observamos que se referia a ensaios de um grupo de Street Dance que ensaiava ali no espaço. Alguns sentados nas mesas observando e outros a namorar. Com um entra e sai de casais de jovens me aproximei de um e perguntei: o quê está acontecendo aqui? A menina me respondeu: "estamos ensaiando passos de dança" e emendou: "temos autorização da prefeitura para utilizar o local".

Primeiro esse é o reflexo de uma gestão sem compromisso com a juventude de nossa cidade, são pouquíssimos os espaços de lazer e dependências públicos para acomodar as práticas culturais. Os espaços que poderiam se uma alternativa, as escolas, é verdadeira área privadas, os próprios alunos dessas unidades de ensino são impedidos de utilizá-las em outros horários para outras atividades como a que está sendo utilizado o restaurante popular.

Segundo é no mínimo inadequado o uso de um restaurante para outros fins que não o preparo e o fornecimento de alimento. É um desrespeito com a garantia de higiene aos trabalhadores que se utilizam daquele local como referencia de alimentação.

A vigilância sanitária deveria zelar pelo cumprimento de normas de higiene também nas dependências públicas, constatado a irregularidade deveria multar a prefeitura e corrigir o erro promovido pelos gestores responsáveis.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O FIM ANUCIADO DE UMA GREVE QUE SEQUER INICIOU: quem ganha e quem perde com isso?

Não comemoramos derrotas, entristecemo-nos. Ninguém sabe ao certo o que a diretoria traidora do SINPROESEMMA está orquestrando junto ao governo Roseana Sarney. São os direitos de mais de 40 mil trabalhadores que está em jogo nesse momento e isso não é brincadeira! Se quer publicam no site do sindicato os pontos acordados com o governo e mais uma vez tentarão empurrar decisões de camarilha em detrimento da vontade da categoria. 

Pretendem fazer isso através das tais assembleias regionais que não têm locais e datas definidas para serem realizadas. Se isso acontecer cairá por água abaixo a tão propagandeada ideia de que o PC do B queria FAZER GREVE para desgastar Roseana Sarney. Que greve é essa que se quer começou? Onde está o desgaste da governadora? A GREVE e não o seu contrário era o que eles temiam. A Ausência da Oposição era o que eles desejavam. Estavam pouco se lixando para aqueles que defendiam a NÃO GREVE e queriam induzir-nos a isso. O que certamente não queriam ver construída era a unidade dos professores do Estado com os do município de São Luís. 

O ato ocorrido na Praça Deodoro no dia 23 de abril perseguia essa UNIDADE. A CSP Conlutas, o MOPE e a Gestão Eleita Democraticamente Unidade Para Mudar estão de parabéns. Em vista disso, o PC do B Preferiu blindar o governo Edvaldo Holanda Jr. no qual detém a pasta da Educação, do que enfrentar os ataques de Roseana Sarney à educação pública. Por outro lado, um verdadeiro tsunami de greves da educação básica começa a se espalhar por todo o Brasil questionando não só os governos estaduais e municipais, mas também os ataques do governo federal a educação pública, o maior dos últimos anos. Isso ficou expresso na coluna de educadores da vitoriosa marcha do dia 24 em Brasília. Essas greves devem ser derrotadas para que o PNE privatista de Dilma seja aprovado. 

Prevendo isso, a CNTE preferiu antecipar o “piquenique” com o governo federal do dia 23 para o dia 06 de abril. Esses elementos devem ser agregados ao jogo em tela em nosso estado. Não é mera conspiração, são interesses combinados nacionalmente. Nós da CSP Conlutas não vamos ficar jogando confete sobre esse trágico fim que se anuncia. Pelo contrário, exigimos que a direção do SINPROESEMMA realize uma Assembleia Geral Unificada da categoria como reza nosso Estatuto. Exigimos também a imediata publicação do que está sendo acordado com o governo no site do sindicato.

FONTE: blog Luta Educação