sexta-feira, 1 de março de 2013

DEBATE SOBRE TRANSPORTE PÚBLICO, OBSERVAÇÕES

Na audiência pública realizada na Câmara Municipal, nesta quinta-feira (28/02) em Imperatriz, para debater sobre o caos em que se encontra a prestação de serviço de transporte público mais uma vez os vereadores deram uma prova de suas inoperâncias e mais, do descolamento com as demandas da comunidade. O teatro entre tropa de choque do governo Madeira e a dita oposição deu um belo espetáculo da cena política imperatrizense, nada mais que a mera disputa pelo poder de seus partidos ou pessoais.

Sem sombra de dúvida o proveito que se tira do evento foi à participação de estudantes, trabalhadores, lideranças populares ao refutar com palavras de ordem os argumentos dos vereadores da base do governo e dos empresários do setor.

Observamos que tanto o governo, os vereadores – situação e oposição – são a favor da quebra do contrato com a atual empresa VBL que tem a maior fatia da concessão, apesar disso, o posicionamento pessoal de não dar espaço político uns aos outros tornou o debate em um verdadeiro pastelão, pizza só no Congresso Nacional.  O único que teve um discurso no caminho da solução dos problemas, seja com a correção dos erros por parte da empresa, seja pela quebra do contrato foi do promotor Sandro Bíscaro, abafado pelos egos do poder.

No consenso de que a empresa não está cumprindo com suas obrigações contratuais surgiu uma pulga atrás da orelha: Já que a “solução” mais defendida é a quebra do contrato – até deram exemplo de “qualidade” à outra empresa que também presta serviços em Imperatriz, e que esses ali não dão ponto sem nó, qual “nova” empresa se beneficiaria? Sim, pois para os usuários não haverá beneficio algum, continuarão sendo assaltadas ao pegar o ônibus – 2,30 é um roubo! E os idosos desrespeitados.

Não podemos deixar passar também mais uma observação, os vereadores do “bloco de oposição” que se dizem de esquerda, da juventude e dos movimentos sociais (Rildo Amaral, Aurélio, Marco Aurélio e Carlos Hermes) – Carlos Hermes foi dirigente da UMES – nesses momentos é que se precisa conquistar direitos e/ou ampliá-los,  ficaram bitolados em replicar as críticas, pedir providências do governo e a quebra do contrato, mas não chegaram a citar uma bandeira histórica do movimento estudantil, PASSE-LIVRE,  tampouco do valor que é cobrado em Imperatriz.  Esse é o resultado da adaptação ao parlamento burguês.

Vamos hoje à manifestação organizada pelo movimento #ForaVBL, às 17hs (concentração na frente da UFMA). É nas ruas que se fortalece o debate e a luta.

Só a luta muda a vida.

3 comentários:

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  1. Meu cidadao em nenhum momento foi discutido a divida da prefeitura de imperatriz com a vbl,ao que me consta sao milhares de vales transportes entregues pela vbl a prefeitura e a rumores que a pmi tem uma grande divida com a dita vbl,deve ser investigado essa informacao,ok.

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  2. Da mesma forma que deve ser investigado como a referida empresa mantém contratos vigentes e fornece os vales transportes para prefeitura sendo que nao possui nenhuma certidão vigente. Será que a obrigação de regularidade fiscal foi suprimida da lei 8666?

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  3. Uma coisa é certa: há muita coisa por trás dos contratos com o poder público. Se houvesse transparência da gestão não haveria tantas demandas. A burguesia tem medo de um dia o poder executivo cair nas mãos de um trabalhador que quebre esse ciclo vicioso e corrupto que enriquecem poucos, eles até admitem - em algumas vezes - que um da classe trabalhadora chegue ao poder, desde que, esse não mude a lógica do poder para os ricos.

    Por isso não basta chegar ao poder, é preciso ter um lastro social que defenda a retaguarda de um governo para os trabalhadores e só com independência de classe é que se pode iniciar um governo nesse nível.

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