sábado, 14 de dezembro de 2013

DEBATE IDEOLÓGICO: COMUNISTA X CAPITALISTA

Hoje fui surpreendido com uma provocação feita pelo Pr. Josué Paulino, acho que a surpresa foi mais pra ele do que pra mim, pois costumo fazer o embate de retoricas ideologicas (em todos os ambientes) onde me provocam, até mais do que a maioria que se diz "nulo" ou se declara capitalista, mesmo sem ser detentor de modo de produção, sendo então apenas um mero pequeno-burgues.

Mas vamos à transcrição ipsis litteris do debate e o que provocou ele:


 
Torcida do Śląsk Wrocław da Polônia. (ANTICOMUNISMO)
Fonte: "Portal Direita já"


Wilson Leite: PrJosué Paulino o argumento correto seria: quem se dá bem na exploração de outros homens através do capitalismo nunca que voltará a querer uma sociedade que busque a igualdade. "Neutro é quem já se decidiu pelo mais forte." Max Weber

PrJosué Paulino: Rsss, Interessante, as pessoas ainda sonham com o que nunca funcionou e nunca deu prova de positividade humana. Rosa Luxemburgo já dizia: “É preciso auto-disciplina interior, maturidade intelectual, seriedade moral, senso de dignidade e de responsabilidade, todo um renascimento interior do proletário. Com homens preguiçosos, levianos, egoístas, irrefletidos e indiferentes não se pode realizar o socialismo”. Ou seja talvez até daria certo em uma outra dispensarão..Rsssss.

Colega, o mundo já amadureceu o suficiente para entender que o socialismo é filosofia do fracasso, a crença na ignorância,a pregação da inveja e o seu defeito inerente é a distribuição da miséria a todos, ou seja igualdade da desgraça.Mas pensando bem, concordo com Dougglas S. Brauner sobre o seu discurso sobre o a realidade sociológica do mundo: “(Este mundo nunca estará pronto para o verdadeiro socialismo ou capitalismo, é da natureza humana ser individualista e social ao mesmo tempo. Ninguém quer igualdade, o que todos querem são vantagens, mas ocultam isto com uma mascara de solidariedade e justiça dizendo que desejam um mundo aonde todos sejam iguais, quando na verdade ele quer um mundo aonde todos esteja afundados no mesmo rio de lama que ele, e trocaria esta igualdade que ele "defende" apenas para poder estar "acima" de todos”.Rssss. O escritor brasileiro José Saramago tem sido consolo para os socialistas e comunistas desta terra, ao afirmar que: “Duvido que nos tempos mais próximos as idéia socialistas tenham qualquer oportunidade.

Wilson Leite: Seu arcabouço teórico reforça o que eu observei em seus posts, citar a camarada Rosa Luxemburgo, concordo plenamente com ela, e por que as tentativas socialistas falharam? Justamente porque os homens estavam – estão - sob uma revolução tecnológica e econômica promovida pelo capitalismo e suas doutrinas, logo, nunca que teríamos um homem ideal como ela coloca. Mas é ai que os comunistas se diferenciam dos capitalistas, eles não aceitam as imposições, buscam sempre a superação da exploração e a construção de um “novo homem”.

Justificar a manutenção do mundo de barbárie do capitalismo dizendo que o homem é ganancioso e individualista é abstraí-lo da realidade, os homens são não o que querem, mas são o que os impõem. 
Esse velho argumento, sempre usado contra os comunistas, será que ao defendermos o fim da exploração e a garantia que todos tenham uma vida plena é distribuindo miséria, e o capitalismo distribui o que mesmo? Não olhemos para nossos umbigos – que nesse momento pode estar estufado com a barriga cheia – mas para a miséria espalhadas por todo o globo. São os comunistas que promovem isso? Não, pois não há comunismo, não pode haver comunismo em um único país, o modo de produção que é hegemônico é o capitalismo, ou seja, a apropriação da mais-valia por poucos que detém os modos de produção.

PrJosué Paulino: Puxa!!! o capitalismo é tão desgraça assim que proporcionou a rendição, a incapacidade, irresponsabilidade, a incompetência do socialismo em todos os países onde governou? Afinal onde estar a fraqueza de idéias? Pq. Não deu certo em nem um lugar onde foi implantado? A aquém então é atribuída essa incompetência? Mas o judeu costuma dizer que o médico não cura cegueira da mente.

Wilson Leite: Não tem nada de rendição, foi pela força mesmo, e ai não é uma calúnia. Ou derrubaram o moro de Berlim usando flores? Antes disso a guerra fria, com ameaças de bombardeio e construção de bombas de destruição em massa, testadas em outros locais como Hiroshima e Nagasaki. Sei que é difícil entender, mas nunca houve comunismo, no máximo experiências que na disputas de qual modo de produção seria o vencedor o capitalismo comprou até mesmo os que diziam defender a proposta socialista.

Postado por Pr. Josué Paulino em seu face
Wilson Leite: Que pena, tantos estudam, mas não sabem diferenciar os discursos das práticas. Considerar governos que há décadas deixam a proposta socialista de lado - apesar de manter a sigla – para assumirem o papel de gerenciar o capital, um governo capitalista de Estado. Mas entendo, a escola é um local de replicação da ideologia dominante não será por lá que encontraremos saídas.

PrJosué Paulino: Quase todo socialista pensa assim, inibe o conhecimento amplo e usa a força.

Wilson Leite: Creio que a grande sacada da ideologia neoliberal e do capitalismo é o uso da “força” da alienação, ela impõem desde o nascimento até a morte o individuo uma vida de trabalhos (físicos e/ou intelectuais) para a sua reprodução. E suas superestruturas garantem a manutenção dessa alienação, aí vem o individualismo, o capitalismo precisa de pessoas para gerir essas superestruturas, ou seja, poucos são os que vivem na benesse desse modo de produção.

PrJosué Paulino: Mas a alienação e escravidão ideológica acontece em todos os sistemas, e principalmente no socialismo, a unica diferença é que o socialista é cometido de uma cegueira mortal.

Wilson Leite: Rsrsrs e no capitalismo todos enxergam além do alcance? Vivem de acordo com o que é ditado pelos outros e isso é enxergar? puts prefiro viver na minha cegueira então, assim não sofro por não ter o que eles dizem que preciso, e ainda vão me chamar de incompetente por não conseguir porque me roubam o tempo, o trabalho, a vida.

PrJosué Paulino: Rsssssssss,kkkkkkkkkkkkk

Wilson Leite: “Só os que podem criar os seus filhos para não fazerem nada é que os enviam à escola; os que não podem, não enviam.”(Xenofonte 430 a.C. — 355 a.C)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A DERROTA DA VERDADE A MANDO DA REITORIA DA UFMA:

uma resposta indignada à carta de apoio às mentiras da Administração Superior.

Rosenverck Estrela Santos
Professor do Campus de Pinheiro

Tive que ler! Não teve jeito. Foi enviada para o meu e-mail por um endereço que não autorizei, mas que sem dúvida tem origem no controle que a Administração superior faz de seus funcionários. Mas, tudo bem, li! E, confesso que meu fígado piorou e meu coração acelerou!
Não por que a carta foi escrita, pois é um dever dos que defendem a reitoria fazê-la, pois são nomeados em confiança em seus cargos para tanto. Mas, alguns não têm cargo e também tem o direito de expressar suas opiniões e fazer suas defesas.
O que me indignou não foi a carta em si, mas as mentiras difundidas por ela. E, pior que as mentiras é o chamado – aparentemente oculto – à repressão aqueles que estão do outro lado. Isso mesmo: do outro lado. Tudo tem outro lado! Parece óbvio, mas para esta reitoria só existe um lado: - o dela. O resto é inimigo, é amoral, é manipulador, é partidário, é minoria, ou seja, é o agente perturbador da ordem que deve ser combatido por todos os meios necessários. Isso mesmo! estamos numa guerra. E, como se diz, a primeira vítima da guerra: é a verdade. É isso que essa carta faz! Ataca a verdade dos fatos, da origem, das motivações e cria um manto democrático para a reitoria que até o mais otimista sabe que não existe.
Respeito sinceramente alguns dos que assinaram essa carta, mas não há como negar que grande parte está defendendo seus cargos comissionados, acima da Universidade e, também, que muitos deles assinam pelo simples ódio a qualquer manifestação popular e democrática. Com efeito, muitos deles se consideram de uma classe superior a dos que estão fazendo a manifestação e não tem qualquer atuação classista de luta com os professores.
Estão agora organizando a destruição do sindicato. Tentaram tomar por três vezes o sindicato para torná-lo uma simples associação de lazer, inclusive com uma chapa composta por pró-reitores, diretores do NTI, da rádio universidade, da prefeitura de campus e outras estruturas de poder. Não conseguiram tomar o sindicato e agora querem destruí-lo, pois não acreditam em formas coletivas de atuação.
Esse episódio colocou por terra o aparente consenso ad referendum criado desde o início desta administração que tem problemas com a inclusão social, apesar de avanços na inovação do controle e do autoritarismo. É a modernização conservadora daUFMA. Nesse caso reconheço sim os avanços na infra-estrutura da Universidade. No entanto, tem contradições, tem oposição e tem professores que não se submetem às práticas conservadoras do militarismo derrubado na década de 1980 e que foram bem encobertas pela grande votação para reitor do atual mandatário, muito em função da total falta de acesso ao número de alunos dos cursos especiais da interiorização e dos cursos à distância.
Mas, repito o que me indignou não foi a carta em si, mas as mentiras difundidas por ela. E, pior que as mentiras, é o chamado à repressão aqueles que estão do outro lado. Repressão esta muito bem solicitada a partir de eufemismos tais quais estes: Quantos habitantes de São Luis terão de ser prejudicados pelo caos no trânsito daquela região? Quando será dado um basta a essa atmosfera de intranquilidade que tem sido explorada de forma espetaculosa por um pequeno número, sem o respaldo da maior parte de suas entidades representativas.
Quem vai dar um basta? A polícia, o BOPE, a tropa de choque, o policiais infiltrados? Será que querem reviver a perseguição dos tempos ditatoriais. Vão invadir nossa casas à procura de livros com capas vermelhas? Vão destruir o sindicato? Quem vai dar um basta?
Digo quem vai dar um basta: os professores, alunos e movimentos sociais preocupados com o ensino público, gratuito e de qualidade e não com seus cargos de confiança que traz prestígio e dinheiro. Quem também pode dar um basta é o atual magnífico reitor, mas não com perseguição e práticas autoritárias, mas com sensatez e habilidade política para perceber que a ditadura acabou na década de 80 e que apesar de nosso Estado ter uma dominação oligárquica, a UFMA não precisa repetir tais práticas.
Com toda a indignação que me reservo é lamentável que alguns professores sinceramente honestos tenham assinado uma carta de apoio à mentira e à repressão política. De outros, não havia outra coisa a esperar.
Mas, estamos de pé a luta continua!!!!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

ANEL apoia a luta na UFMA por Assistência Estudantil

A Assembleia Nacional de Estudantes - Livre (ANEL), entidade nacional do movimento estudantil também apoia e se solidariza com a Luta por Casa dentro do Campus, e por assistência estudantil de verdade na Universidade!
#SomosTodxsJosemiro
#SomosTodxsDaniel
#SomosTodxsLutadores

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

HOJE É DIA DE LUTA PELO FIM DA VIOLÊNCIA À MULHER

Os casos de violência contra a mulher no Brasil têm crescido de forma alarmante. Mais de 90 mil mulheres foram assassinadas nas ultimas três décadas, sendo que metade disso ocorreu nos últimos 10 anos. De acordo com dados da 7ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o número de homicídios dolosos em 2012, de 47.136, representa uma taxa de 24,3 para cada 100 mil habitantes, isso significa um aumento de 7,8% na comparação com 2011. Em mais de 68% dos casos, a violência acontece na própria residência da vítima. A taxa de estupro é ainda mais preocupante, em 2012 o país registrou 50.617 casos de estupro em 2012, o que equivale a 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes, um avanço de 18,17% em relação a 2011. De acordo com o Mapa da Violência de 2012, publicado pelo Instituto Sangari, no Maranhão, a cada 100 mil mulheres, 114 são assassinadas. São Luís ocupa o 8º lugar em número de homicídio femininos, com uma taxa de 6,6, no ano de 2010. As mulheres trabalhadoras, pobres e negras são as que mais sofrem e morrem vítima de violência.

A Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, e o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, lançado em agosto de 2007, não têm dado as respostas necessárias, no sentido de coibir a violência doméstica e punir os agressores, visto que os índices de violência só têm aumentado. Faltam delegacias especializadas, casas abrigo, profissionais qualificados. A criação de 27 Centros de Referência (Casa da Mulher Brasileira) nas capitais, por exemplo, anunciada em março desse ano, nunca saiu do papel. Ou seja, o governo Dilma não faz os investimentos necessários para que a mulher possa realmente viver sem violência.

O Estatuto do Nascituro representa um ataque aos direitos reprodutivos da mulher e um retrocesso na luta pela legalização do aborto. Esse Projeto prevê o pagamento de uma bolsa às vítimas de estupro que ficarem grávidas, como alternativas ao aborto. É inadmissível que esse projeto continue tramitando no Congresso, temos que exigir seu arquivamento já!

Considerando a necessidade da organização das mulheres trabalhadoras para lutar pela transformação dessa realidade, o vitorioso Encontro Nacional do MML, realizado de 04 a 06/10, em Sarzedo-MG, que reuniu mais de 2.300 mulheres, deliberou pela realização de uma campanha nacional com o objetivo de construir um programa e organizar, através da luta direta, ações que exijam do governo dos patrões e do Estado medidas pelo fim da violência contra as trabalhadoras.

O MML-MA conclama todas as mulheres maranhenses a se juntarem a nós na construção dessa campanha.

NÃO PERCA HOJE O LANÇAMENTO DA CAMPANHA, ÀS 18 HORAS NA ÁREA DE VIVÊNCIA DA UFMA!


LUGAR DE MULHER É NA LUTA



Em Imperatriz as discussões sobre a questão da violência contra a mulher são puxadas pelo Fórum de Mulheres de Imperatriz e pelo Movimento feminista com a realização da campanha 16 dias de ativismo que promoverá uma extensa programação visando a conscientização das mulheres por seus direitos, reivindicações ao poder público no que se refere a garantia de políticas públicas em defesa da vida e da saúde da mulher, e ainda, campanha de conscientização para adesão dos homens no combate à essa violência que é enraizada através do machismo e do poder econômico através de assédios morais e sexuais nos locais de trabalho. Confira a programação completa abaixo:

Programação dos 16 dias de ativismo
25/11   Entrega  Puta de  Reivindicações do Fórum de Mulheres  ao  Ministério Publico Estadual, Defensoria Publica Estadual, Vara da Mulher, e Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher  e Secretaria Estadual da Mulher
25/11—Panfletagem na Praça de Fátima -
26/11- Audiência Popular com mulheres/comunidade são Jose do Egito as 19 hs
27/11-- Panfletagem Calçadão
28/11- Panfletagem no Bacuri e Audiência Popular parque Anhanguera as 19 hs
29/11- Panfletagem Beira rio
30/ 11- Panfletagem Mercadinho
03/11- Audiência Popular Parque Alvorada organização do Fórum Mulheres e Associação de Moradores
06/12- Laço Branco. 59 bis
10/12-Entrega da Medalha Padre Josimo no Sind. Saúde as 17 horas.
O MML-MA conclama todas as mulheres maranhenses a se juntarem a nós na construção dessa campanha.

EVENTO NA UFMA DEBATE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA

A Coordenação do Curso de Licenciaturas em Ciências Humanas – CCSST da Universidade Federal do Maranhão/UFMA-Campus de Imperatriz coordenado pelo prof. Doutor Agnaldo Silva dará início a III Jornada de Ciências Humanas que nesta edição apresenta discussões com o tema “Tramas e Práticas Urbanas: desafios de mobilidade e acessibilidade nas cidades de médio e grande porte”. O evento que tem inicio nesta terça-feira(26) com inscrições e credenciamento a partir das 18:00, logo após será realizado a palestra de abertura. A jornada vai até sexta-feira(29) com mini-cursos, oficinas, painéis etc. sempre encerrando com palestras à noite.

A III Jornada terá como objetivo levantar questões acerca da mobilidade e acessibilidade de forma ampla, fazendo com que os participantes reflitam diante dos desafios para superar os problemas encontrados nas cidades de médio e grande porte.

Muitas questões devem ser levantadas tendo como referência nossa cidade, Imperatriz, segunda do Estado em população com cerca de  247.505 hab. (censo 2010) e estimada em  251.468 hab. – segundo IBGE -  que vem acumulando ao longo de sua história problemas de pequenas cidades, como falta de infraestrutura de ruas e praças que atendam os requisitos de acessibilidade e mobilidade. E, com o atual aumento de volumes de investimentos privados em novas habitações, empresas e indústria esses problemas se agravam principalmente na circulação das vias, em grande maioria estreitas e com péssima conservação.

Apesar do corpo acadêmico seja o público alvo, com participação direta do curso de Licenciatura em Ciências Humanas (sociologia), é de grande importância que os movimentos sociais organizados de defesa dos portadores de necessidades especiais - principalmente de locomoção e visual - entre outros levem suas demandas para serem debatidas no evento e também o poder público. A universidade propicia esses debates para justamente colaborar com sugestões para aqueles que têm influência direta na solução dos problemas tenham contato com as pesquisas produzidas na academia que podem ser aplicadas na vida real da cidade.

Mais informações sobre a III Jornada de Ciências Humanas pode ser obtidas na coordenação do curso na UFMA ou com a comissão organizadora que tem a participação de vários estudantes como monitores.

sábado, 23 de novembro de 2013

ENSAIO TRUPE DE HABILIDADES CIRCENSES

Arte alternativa da Trupe de Habilidades Circenses colocando em forma de música o que eles fazem no dia a dia, é arte de todas as formas e pra todos os gostos. Confiram e compartinhem.
"Ide e Malabarizai!"

terça-feira, 19 de novembro de 2013

RAÇA E CLASSE.

Mobilizações de consciência de classe e negra movimentam as duas principais cidades do Estado do Maranhão nesta semana da consciência negra.


Em Imperatriz, o Centro de Cultura Negra – Negro Cosme realizará nesta quarta-feira(20/11) na praça da Cultura o já tradicional HIP-HOP ZUMBI, em homenagem aos lutadores pelo ideário libertário e da defesa racial. O show acontece a partir das 18hs: “esse evento busca justamente isso, dialogar e buscar a união entre as etnias! o Hip Hop busca promover através do conhecimento elem da consciência, e, assim o fortalecimento da auto-estima do povo preto...” escreveu em seu facebook o militante do CCN, Wesley Lucas.


Em São Luís, o movimento Raça e Classe e Quilombo Urbano durante toda essa semana estão promovendo debates com o tema: “Pelos Amarildos, da Copa eu Abro Mão” levantando o genocídio que ocorre nas periferias de todas as cidades brasileiras do povo negro e pobres. Os debates terão como ponto alto a realização da 8ª Marcha da Periferia que acontecerá no dia 22/11 e ao final um show de hip-hop na Praça Deodoro.


A Marcha da Periferia que está na sua 8ª edição no Maranhão este ano outras cidades brasileiras também realizaram sua primeira: São Paulo, São José dos Campos, Bauru, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Maceió, Fortaleza e Belém entre outras. 



sábado, 9 de novembro de 2013

O ERRO DA TÁTICA “BLACK BLOC”

Desde as mobilizações de junho de 2013 no Brasil surgiu em cena o “BLACK BLOC” jovens que se vestem de preto e cobrem a face - ao estilo movimento zapatista do México - e, empunham uma bandeira negra com o símbolo da ideologia política e social anarquista. Não podemos defini-los como “movimento”, “agrupamento” ou “coletivo”, pois como eles mesmos se definem “BLACK BLOC não é um movimento, BACK BLOC é uma tática militante”. Tática essa que tem como ação principal o confronto com as forças militares e a ação contra símbolos de opressão ou de opressores identificados como empresas, principalmente financeiras, que representam o modo de produção explorador que é o capitalismo. É importante que os leitores deste texto pesquisem sobre a filosofia e teorias anarquistas – basicamente seria uma organização política, social e econômica sem a existência de Estado ou de qualquer tipo de hierarquia com a função de determinar as ações individuais, ou seja, a formação da sociedade se daria pela auto-organização, sem direção, dos indivíduos livres - para entender melhor nossa crítica sobre o erro tático que vamos levantar. 

Voltemos ao auge das mobilizações, os BLACK BLOC apareciam em meio aos manifestantes e seguindo sua tática agiam, naquele momento a maioria dos manifestantes não entendia a forma de reivindicar BLACK BLOC. Passado algum tempo e assim diminuindo o número de manifestações e pessoas sua presença ficou cada vez mais perceptível iniciando/encerrando ou apenas encerrando atos. Seus atos diretos colocam rapidamente - da forma com que vemos a mídia da burguesia definindo-os: vândalos, baderneiros, os mascarados etc. – contra seus princípios libertários. A partir daí a tática passou, a nosso ver, ser um “erro BLACK BLOC”, a tática que seria uma forma de despertar o espírito de luta contra as forças repressoras e ao capitalismo tornou-se um exemplo de deseducação revolucionária das massas – apesar do próprio BLACK BLOC fazerem propaganda de consciência de classe através de panfletos -.  No momento em que passaram a se apresentar como os únicos e suficientes dispostos a agir da forma “[...] que os manifestantes não têm coragem”, ou seja, dando o mau exemplo de que seria necessário apenas um aglomerado de “sem rostos” para confrontar a hegemonia do capital e suas superestruturas de estado, onde o correto seria a auto-organização das massas em torno de um objetivo comum como diz Engels ao citar



“Portanto, querendo-se pesquisar as forças motrizes que - consciente ou inconsciente e com muita freqüência inconscientemente - estão por trás destes móveis pelos quais atuam os homens na história, e que constituem as verdadeiras molas mestras da história, não nos deveríamos fixar tanto nos móveis de homens isolados, por muito importantes que fossem, quanto naqueles que mobilizam grandes massas, povos em bloco e, dentro de cada povo, classes inteiras; e não momentaneamente, em explosões passageiras como fugazes fogos de palha, mas em ações continuadas que se traduzem em grandes transformações históricas." (ENGEL, apud FRAMARION, 2002, p. 464; grifo nosso)


Essa tática na verdade desloca a classe trabalhadora, ao se colocarem como os últimos “moicanos”, recentemente há até a adesão de um super-herói - “batman” do Rio empunhando a bandeira negra do anarquismo – veja como o simbolismo pode ser distorcido -  podem ser comparados ao que fazem os partidos reformistas, que mesmo se dizendo de esquerda, não conspiram contra a ordem do estado burguês, limitam-se a reivindicar liberdades democráticas, como se a burguesia fosse dar o poder de mãos beijadas sem lutar. Ou seja, essa ação BACK BLOC é muito parecida com as organizações do estado – ao assumir o papel das massas - dizendo com ações que apenas a tática aplicada é o bastante.

Os marxistas sabendo que a burguesia através de seus aparatos repressores são violentos e reacionários, e é, nesse momento que uma tática como as do BACK BLOC é válida, para a defesa dos camaradas contra as ações das forças repressoras, mas o mais importante é a conquista das consciências dos trabalhadores para se reconhecerem na classe e conscientemente tomar posturas de ataque contra a ordem estabelecidas, um “BLOC”(bloco), seja BLACK (preto), vermelho, amarela ou um arco-íris mas juntos por um ideal de sociedade, o socialismo.  

Vale a pena ler outro artigo: 

Anarquismo e Marxismo, o debate segue


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

DE UMA IMPERATRIZ DOS “SONHOS“ A UMA IMPERATRIZ REAL

Não diferente do processo de colonização do Brasil através da “necessidade” de pilhagem de outros continentes pelo “velho mundo” – Europa – e do Maranhão desde os tempos das capitanias hereditárias a nossa região e em especial nossa cidade passou por vários momentos de pilhagem, seja pelo ciclo da Madeira, do arroz através dos grandes latifúndios – em grande parte grilada – até a especulação imobiliária e o atual processo de industrialização, se apenas a instalação de uma ou outra empresa pode ser considerado industrialização.

Em um artigo recente o assessor de comunicação do governo Sebastião Madeira/PSDB, Élson Araújo, postou em seu blog mais recente artigo intitulado “Outra Imperatriz” no qual não esconde seu entusiasmo na “evolução” da economia Imperatrizense e mais uma vez procura capitalizar politicamente o que independe de uma gestão – vinda de empresas – no mais quando há interesse ele pode abrir mão de arrecadação para tornar mais atrativo/lucrativo à instalação como acontece em qualquer cidade do Brasil, ficando assim com o ônus social/ambiental a população. Essa propaganda lembra muito Joseph Goebbels (propagandista do governo nazista Alemão) que dizia "Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade"1.

Vejamos, com uma política macro econômica promovida pelo governo neoliberal do PT, com o nome de PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, nos últimos anos que vem liberando aos grandes aglomerados empresariais linhas de créditos através do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, a exemplo dos recursos liberados em 2011 (cerca de R$ 1,2 bilhão) cujo valor total do aporte seria de R$ 2,2 bilhões para empresa Suzano papel e Celulose2 e, para a hidroelétrica de Estreito o financiamento foi de R$ 2,6 bilhões3 só pra citar dois grandes mais conhecidos e propagados.

Imperatriz é realmente outra? Apesar de ver construções de edifícios pela cidade e conjuntos habitacionais, em áreas de especulação imobiliárias há décadas inclusive com a aparição de decisões judiciais para reintegração de posse como é o caso da Vila Zenira, sendo que a finalidade não é a de reduzir o déficit habitacional histórico mas garantir empreendimento imobiliários – também com linha de crédito de bancos Estatais - para os trabalhadores de até R$1,5 salários, instalação de shoppings vinda de uma indústria e suas “satélites”, instalação de cursos técnicos e superiores e futuramente o de medicina é comprovação de que Imperatriz é outra?

A nosso ver esses empreendimentos mudaram as vidas dos empresários – em primeira ordem – e dos políticos que detém o poder que tornam ainda mais lucrativos seus empreendimentos – em segunda ordem – aos trabalhadores a realidade ainda é a mesma. Mesmo aqueles que estão sendo explorados com salários precarizados com um grau de rotatividade no emprego altíssimo, principalmente na construção civil basta ir aos sindicatos de classe e agências do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego para constatar. Os cursos nessa lógica de criar força de trabalho de reserva – dito qualificada – é a garantia de manter entre a classe operária a concorrência, que garante a linha progressiva de redução dos salários.

A promessa de um curso de medicina mudou a realidade da saúde de Imperatriz? Não, e infelizmente ainda vão fazer muita propaganda para enganar a população em cima desse discurso. Só quem não conhece o caminho para que realmente inicie as aulas nessa formação é que já está pensando em fazer a inscrição amanhã. Basta perguntar aos alunos do curso de engenharia de alimentos e enfermagem da UFMA, já instalados no campus avançado do Bom Jesus, se apenas ter um prédio recém inaugurado é suficiente. Só quem não precisa ir num posto de saúde de bairro é que diz que a saúde pública de Imperatriz está melhor, mas ao mesmo tempo, tentam impedir que os defensores públicos tenham a liberdade de adentrar neles como já aconteceu por quem propaga as mudanças.

Não consigo visualizar o que esses empreendimentos que vieram para Imperatriz vêm ajudando ao município resolver seus problemas graves de infraestrutura seja na Saúde, educação, saneamento, etc. O pouco que a prefeitura faz não condiz com o discurso de uma tal “Outra Imperatriz” pelo contrário que vemos é um acirramento de outros problemas comuns em grandes cidades que é cada vez mais o isolamento da miséria para fora do alcance dos olhos das elites, com a expansão da central da cidade os bairros antes periféricos passam ser centrais e assim criando outras periferias mais afastadas geograficamente, isso não significa o fim delas.Outra Imperatriz: todos os bairros com saneamento básico, água encanada, escolas públicas com infraestrutura para a prática de lazer e esporte, postos de saúde com medicamentos, servidores públicos bem remunerados e motivados, uma infraestrutura de vias urbanas que propicie a acessibilidade e mobilidade urbana, transporte público de qualidade com custo baixo, rio Tocantins protegido contra os agentes poluidores (esgoto e industriais), uma gestão que vise o bem estar aos trabalhadores e vulneráveis economicamente e socialmente, etc. Essa Imperatriz não é resultante de um gestor, mas de um povo consciente desses objetivos e organizados em suas entidades civis que discutam e tenham intervenção junto às políticas e ações públicas.



______________________
1-citado em "The Sack of Rome" - Page 14 - por Alexander Stille e também citado em "A World Without Walls: Freedom, Development, Free Trade and Global Governance" - Page 63 por Mike Moore - 2003 (fonte: http://pt.wikiquote.org)

domingo, 3 de novembro de 2013

HOJE ALIADO (CAPACHO), AMANHÃ OPOSIÇÃO (CONVENIENTE)

O parlamento Imperatrizense tem figuras bastante interessantes do ponto de vista pedagógicas para explicar como funciona a tal representatividade do povo no parlamento. Desde vereadores da base do governo que após ter votado pela criação da “CPI da CAEMA” e que devem retirar seus votos depois da ordem do patrão. Mas vamos expor esse último, que considero mais relevante e não tão sui generes como parece, o caso do vereador João Silva que além de ser da base do governo também é detentor de um contrato de aluguel de um prédio que funciona uma escola pública, que tem diploma de direito e quer cessação de direito democrático de um corpo educacional (professores e pais de alunos) de escolher a direção escolar.

Não pensem que vou entrar justamente nesse debate, não, não vou, já há outras pessoas que estão fazendo com propriedade. Prefiro pôr o dedo direto na ferida e demonstrar que além do interesse de legislar em causa própria como diz o post do blog Marcelo Lira  o que está em jogo não é o simples fato de voltar ao poder do executivo municipal o poder de indicação das direções dessas unidades escolares. Mais do que ter um correligionário – cabo eleitoral – como dirigente de uma escola indicado através de uma barganha por apoio político está o poder de manipular recursos do PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola, verbas transferidas do governo federal direto para as unidades escolares para serem gastos com a compra de merenda escolar até pequenas manutenções predial geridos através de uma conta bancária e gerenciada por esses diretores. 

O projeto de lei sugerido pelo vereador, que vai na contramão da luta social por democracia na gestão da coisa pública para agradar o prefeito e a ele próprio. Mas há uma situação que pode ser protelada – e já está – por muitos meses e/ou alguns anos, mas não para sempre que causará uma mudança radical de posição do vereador João Silva que hoje se coloca em favor dos interesses mútuos. Essa mudança é o calcanhar de “Aquiles” de políticos como segundo o próprio vereador em discurso da tribuna propícia a “aquisição de seus votos”, conforme post do blog de Kely – isso mesmo aquisição, esse tipo de político compram votos não conquistam.

A foto abaixo é a da escola que há três anos iniciou sua construção e a mais de seis está concluída sem funcionar. Ela pode ser o motivo da mudança de posição do vereador com relação ao governo municipal, caso seja transferidos os alunos das várias escolas alugadas que fica nos entornos dos bairros: Boca da Mata, Bom Sucesso, Asa Norte, Planalto e São José, inclusive a do próprio vereador. A única saída para não mexer no contrato e no controle dos correligionários do prefeito a essas escolas alugadas seria a criação de novas vagas ou a transferência de outra escola pública para o local, vai depender muito da força de coerção que vereador possa ter e a importância do papel que cumpre na defesa dos interesses da gestão municipal.

Cabe a nós nesse momento apoiar a classe dos professores ao se posicionarem contra esse retrocesso e aguardar como se desenrolará os próximos espetáculos no picadeiro do circo dos horrores que é a câmara municipal de Imperatriz com seus sujeitos que só nos ensina o que não devemos ser e como não podermos aceitar como política que representa interesses próprios e de grupos para a manutenção do poder nas mãos dos ricos.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A leviandade da AGU no caso do licenciamento da fábrica da Suzano em Imperatriz

O governo Dilma Rousself/PT-PMDB cumpre a agenda do agronegócio e da mineração.  Então não deve soar estranho o titulo “Procuradorias comemoram a prevalência da tese de que é supletiva a competência do IBAMA no licenciamento de atividades que afetem diretamente apenas um Estado da Federação.” Desde quando a Advocacia Geral da União se comporta como torcida organizada? O Ministério Público Federal entrou com um pedido de tutela antecipada referente ao licenciamento da fábrica da Suzano em Imperatriz. Um dos questionamentos do MPF dizia respeito aos impactos da fábrica sobre o rio Tocantins. No entender da AGU, e da justiça federal que acatou os seus argumentos, os impactos da fábrica se restringem ao estado do Maranhão porque os seus resíduos serão tratados antes que cheguem ao rio. Há ai uma contradição no argumento da AGU. Se, como observa o Eia Rima, “...os efluentes do processo produtivo serão submetidos a um rigoroso tratamento para inibir qualquer alteração ambiental relevante na qualidade do corpo hídrico receptor e, portanto, os impactos ambientais diretos não ultrapassarão os limites territoriais do Maranhão, razões pelas quais a atribuição para o licenciamento é do órgão estadual ambiental.”, então a AGU deveria explicar que impactos são esses e como eles somente ocorrerão nos limites territoriais do Maranhão. Parece que os limites territoriais maranhenses se comportariam como uma rolha que vedaria a passagem dos resíduos para o lado tocantinense. A alegação dos advogados é despropositada, mas se deve recordar que ela se baseia num documento aceito pela Secretaria do Meio Ambiente do Maranhão.   Os advogados da união e os técnicos da SEMA esquecem que o rio Tocantins é um corpo só, então qualquer coisa que aconteça do lado maranhense afeta o lado tocantinense. A comemoração da AGU, expressa no titulo da matéria, tem muito de leviandade até porque o IBAMA assumir o licenciamento ambiental da fábrica da Suzano só tornaria a fiscalização mais severa. A SEMA leva a fama, mas quem elaborou o termo de referência para a fábrica da Suzano foi a empresa de consultoria Elabore.




Comentário do blog:
Essa relação promiscua entre os órgãos ambientais nas esferas federa, estadual e municipal já foi constatada por nós em um post anterior, releia:

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

UMA SEMENTE FOI PLANTADA

As mobilizações que ocorreram em outros países: França, Grécia, Estados Unidos, Egito, etc., tendo como pano de fundo os mais diversos temas: étnico, trabalhista, capitalismo, ditaduras respectivamente tiveram grande influência nas manifestações ocorridas no Brasil este ano. Seja por questões de desocupações, ambientais como a construção de hidroelétricas no Xingu, transporte público ocorridas em junho e mais recentemente contra a privatização do pré-sal defendida pelo governo federal.

A sociedade está se mobilizando quase “instintivamente” ao se depararem com algum tema que chama a atenção de algum grupo social e recebe apoio dos demais para que unidos consigam avançar as lutas, foi o que ocorreu no caso do transporte público que iniciou em São Paulo e se disseminou em todos os estados brasileiros. Hoje os movimentos sindicais, apesar de estarem – em sua grande maioria – atrelados aos governos não conseguem controlar suas bases, que passam por cima das direções para irem às ruas em busca de conquistas, e, para não perder o pouco de credibilidade as direções também seguem a base, uma posição oportunista, mas necessária no momento, que fortalece mais a classe do que a sua direção.

O tema mais atual, apesar de ter uma importância para a nação – o petróleo – ainda não é debatido em todo o país, mas as mobilizações que estão centralizadas no rio de Janeiro pelo fato de ser naquele estado onde serão realizados os leilões poderá despertar o “instinto” pela defesa das riquezas naturais contra a privatização defendida pelo governo em favor das grandes corporações internacionais.

A nosso ver, a semente das mobilizações populares ainda precisa de um caráter mais consciente para avançar na união dos trabalhadores em torno de conquista de espaço na esfera do poder – hoje nas mãos da burguesia conservadora -, mas comparado aos anos de apatia dos movimentos sociais nos 10 anos anteriores do governo do PT ficamos bastante entusiasmados com o que ocorre hoje.

Vamos “regar essa semente” e que ela se torne uma produtora de transformações sociais de percepção de classe e isso não se dá sem organização revolucionária e de vanguarda.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

DEPENDÊNCIA FINANCEIRA DOS MUNICÍPIOS

A matéria publicada pela FOLHA/UOL é um retrato que venho afirmando a anos sobre a dependência financeira dos municípios e tendo como referência Imperatriz, mas, o que mais tornam os municípios dependentes não é realidade apenas a "incapacidade de arrecadação", mais do que isso é a maus gestos dos recursos e falta de planejamento, e quando se arrecada é todo desviados pelos gestores. Releiam alguns posts sobre o tema:

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, A LEI DA IRRESPONSABILIDADE SOCIAL

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Em mais da metade dos municípios, receitas próprias não chegam a 10% do Orçamento

A criação de novos municípios, como a que o Congresso permitiu ontem, pode fazer sentido do ponto de vista administrativo, porque são os prefeitos que conhecem mais de perto as necessidades da população.

As regras brasileiras, no entanto, estimulam a existência de prefeituras sem nenhuma capacidade de gerar receitas, vivendo eternamente dos repasses do Estado e do governo federal.
Dados reunidos no mês passado pelo governo federal mostram que, de um total de 4.581 municípios com dados disponíveis, 2.546 (56%) geraram menos de 10% de suas receitas no ano passado.

Um levantamento feito pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) sobre o ano de 2011 mostrou que, em 84% das prefeituras do país, os repasses estaduais e federais respondiam por mais de 80% das receitas.

É natural que municípios recebam recursos de outros entes da federação, porque sua capacidade de tributar é limitada. Mesmo uma metrópole como São Paulo depende de repasses federais e, principalmente, estaduais para um terço de seu Orçamento.

Mas a disponibilidade de recursos garantidos por tempo indeterminado permite que prefeitos gastem mais tempo pedindo favores adicionais a governadores e presidentes do que tentando elevar a arrecadação. A receita com IPTU, por exemplo, fica abaixo do potencial na maior parte do país.

Fonte: UOL

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

MARANHÃO 2014

Há quase 48 anos da posse como governador do Estado do Maranhão, 1966, o clã chefiado pelo maior estrategista para se manter no poder, José Sarney/PMDB, está às vias de ser abandonado no Maranhão justamente pelo partido que depende diretamente de seus tentáculos espalhados pelos “poderes” em nível nacional como comentam a mídia sobre o possível apoio do PT à candidatura do PCdoB de Flávio Dino?

Sinceramente, reconhecendo o poder de articulação – sob vias imorais/antiéticas – do patriarca do clã será pouco provável que o PT e LULA consigam convencer os Sarney´s a deixar seu domínio sobre o Estado miserável que ele construiu e que tanto se locupleta há quase meio século.

No tabuleiro do jogo do poder pelo poder que é a política do PT e dos demais partidos da direita brasileira o PCdoB não teria tantos trunfos na manga como quer passar ao tentar pressionar o PT – onde também é da base aliada - com ameaças de apoios a partidos de oposição na disputa nacional.

Com essa visão, desenho duas possibilidades no cenário eleitoral analisando essa refrega de compadres: Primeiro, como o projeto do PT é uma coalizão ampla para deixar mais fácil a permanência do partido na esfera federal, como direção do capital e terá no Estado de pouco peso econômico um caso peculiaridade de dois aliados estarem numa briga pelo poder regional a melhor saída seria que o partido não declarasse apoio a nenhum ou a ambos, no caso de ambos dividindo as figuras públicas do partido em aparições a cada candidatura, nesse caso a briga seria em que candidatura o que elege até poste apareceria, LULA. Segundo, é a possibilidade mais provável para mim - apesar de muitos acharem o contrário - que é uma aliança de aliados na esfera federal - PCdoB/PMDB - compondo no estado. Nessa configuração a meu ver seria mais fácil para o PT e para Lula convencer os Sarneys que esse seria a melhor saída, haja visto que, os Sarneys não conseguem encobrir os frutos de tanta pilhagem do clã ao povo maranhense, apesar de que essa rejeição praticamente some durante o processo eleitoral com o volume de dinheiro que circula na compra de votos que chamam de campanha.


Essa politicagem pode pintar um quadro ainda mais surreal (nem tanto) em Imperatriz. Com a “alma” vendida aos Sarneys – e promessa é dívida – se o segundo cenário se confirme teremos mais um “expoente da politicagem” ligado ao projeto do PT, estou me referindo ao prefeito do PSDB em Imperatriz, que já está nessa “rede” melhor dizer malha (PCdoB, PT, PMDB, Madeira/PSDB) tecida onde o nó está no simples objetivo comum, estar no poder.

Sara Al Suri (Síria) no I Encontro do MML

Atividade de apresentação do PSTU contou com cerca de 1500 mulheres que participavam do I Encontro Nacional do Movimento Mulheres em Luta, em Sarzedo-MG.

Fonte: SITE DO PSTU

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

CARTA-PROPOSTA DO FMI

A Secretaria Municipal de Saúde
A Secretaria Municipal de Política para a Mulher
Ao Ministério Público Estadual

 A Constituição de 1988, conhecida como a Constituição Cidadã, reconhece a saúde, como direito de todos, e como um dever do Estado. De acordo com o texto constitucional, cabe ao Estado a tarefa de garantir a saúde para todos, através de políticas sociais e econômicas voltadas tanto para a "redução do risco de doença e de outros agravos", quanto "ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".
Não é possível que a Prefeitura de Imperatriz através da Secretaria Municipal de Saúde continue assistindo o número de câncer de mama crescer entre as mulheres do nosso município sem tomar medidas concretas que reverta este quadro cruel. Sabe-se que se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom para o câncer de mama. A prevenção e a identificação precoce são fundamentais para a redução das taxas de morbidade e mortalidade desse tipo de neoplasia, para tanto o exame clinico não pode ser transferido para a responsabilidade das mulheres através do auto-exame, esta deve ser uma prática das mulheres mais ela não pode  simplesmente substituir  o exame clínico realizado por um profissional pelo menos a cada 06 meses,  consideramos ser as práticas abaixo necessárias e eficazes na prevenção  de tal  enfermidade, e solicitamos  o empenho e o compromisso desta administração na efetivação  destas ações.
  
11.    Implantar o exame clínico das mamas como rotina nas Unidades Básica Saúde/Unidade de Saúde da Família;
22.    Oferecer infra-estrutura adequada para a realização do exame nas Unidades Básica de Saúde  (sala, mesa, 2 cadeiras, maca forrada e confortável, escadinha de 2 degraus, iluminação apropriada; instalações para lavagem das mãos);
33.    Realizar ação de captação precoce e acolhimento da usuária (captar mulheres do público alvo para realização do exame clínico das mamas);
44.    Realizar a busca ativa nas Unidades Básicas de Saúde/Unidades de Saúde da Família para acompanhamento e seguimento das mulheres;
55.    Investir em ações de mobilização social (adquirir  material informativo/educativo e realizar palestras educativas junto a população);
66.    Ampliar a rede de serviços de mamografia credenciados ao SUS;
77.    Capacitar lideranças femininas como multiplicadoras para mobilização social .


Imperatriz, outubro rosa de 2013


Entidades do Fórum de Mulheres de Imperatriz – Coordenação Feminista do Centro de Promoção da Cidadania e Defesa dos Direitos Humanos Pe. Josimo, Associação de Mulheres do Bacuri e Adjacência, Centro de Educação do Trabalhador Rural – CENTRU, Sindicato dos Trabalhadores da Saúde – SINDSAÚDE, Federação dos Trabalhadores na Educação e Serviços Públicos nos Municípios, Movimento dos Sem Terra – MST, Movimento de Mulheres Camponesas – MMC 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

PARÓDIA: Eduardo e Marina

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pela oposição?
E quem irá dizer
Que não existe razão?
Eduardo abriu os olhos, mas não quis polemizar
Devolveu os cargos, bons cabritos não berram
Enquanto Marina tentava montar a sua Rede
Mas parou no TSE, como eles disseram
Eduardo e Marina um dia se encontraram sem querer
Nem conversaram muita coisa pra tentar se conhecer
Um carinha do partido do Eduardo que disse
"A Rede não tá legal, eles querem se unir"
Governo estranho, com base esquisita
"Eu vou pro outro lado, não agüento mais petista"
E a Marina riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o governador que poderia apoiar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
"Se eu não ligar pro Lula, eu vou me ferrar"
Eduardo e Marina trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se aliar
O Eduardo sugeriu uma vice-presidência
Mas Marina queria mesmo era se candidatar
Eduardo e Marina eram nada parecidos
Ele estava na rabeira e ela tinha 26
Ela fazia discurso contra o velho esquemão
E o PSB no mundinho pequeno-burguês
Ela gostava do Sirkis e do Gabeira
Do Castells e de Sambô
E o Eduardo gostava era de frevo
E ocupava o cargo que era do seu avô
Ela falava coisas sobre sustentabilidade
Também ecologia e metabolização
E o Eduardo ainda estava no esquema
"Escola, hospital, porto, transposição"
E, mesmo com tudo diferente
Veio mesmo, de repente
Uma vontade de concorrer
E os dois se encontravam todo dia
E a campanha crescia
Como tinha de ser
Eduardo e Marina querem chegar em Brasília
Com o PPS e até o Kassab na coligação
Porque 2014 a luta é dura
Tem o Aécio e tem o Lula
E a presidente Dilma tá bolada
Pensando só na reeleição
E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pela oposição?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

COM PRESSÃO POPULAR A COISA VAI.... PASSE-LIVRE JÁ!

Estudantes lotam novamente a Câmara e Passe-livre é aprovado em Natal

Projeto da vereadora Amanda Gurgel foi aprovado por unanimidade

A juventude lotou novamente as galerias da Câmara para acompanhar a votação da proposta e reivindicar sua aprovação pelos vereadores. Do lado de fora do prédio, muitos outros estudantes e trabalhadores animavam a forte mobilização com uma batucada e palavras de ordem. Ao término da sessão, eles seguiram em passeata pelas ruas do centro de Natal. “Esse é o primeiro passo para uma vitória histórica da juventude e da classe trabalhadora. A conquista do passe livre para os estudantes é a prova de que as vitórias só são possíveis com o povo nas ruas”, comemorou a professora e vereadora do PSTU, Amanda Gurgel.

A aprovação do Passe-livre é fruto das fortes mobilizações realizadas pelos estudantes e trabalhadores em Natal. Desde junho, quando milhões de pessoas foram às ruas protestar em todo o Brasil, a reivindicação pelo Passe-livre no transporte ganhou força e destaque. Seguindo o caminho das lutas que já conquistaram a gratuidade em 14 cidades, os estudantes e trabalhadores de Natal mostraram que a mobilização organizada é capaz de arrancar grandes vitórias.
O projeto de lei foi aprovado em primeira votação. Na próxima terça-feira, dia 8, a proposta será votada em segunda discussão. Em seguida, o Passe Livre segue para a sanção ou veto do prefeito Carlos Eduardo (PDT). Os estudantes já avisaram que irão continuar mobilizados até que o direito à gratuidade no transporte seja sancionado e vire realidade.