domingo, 29 de abril de 2012

NOTA DA MILITÂNCIA DO PSTU DE IMPERATRIZ



NOTA OFICIAL

O dia 1º de Maio tem uma importância histórica e de luta para a classe trabalhadora. A exemplo da manifestação ocorrida em Chicago, Estados Unidos em 1886, por redução da carga horária de trabalho de 13 para 8 horas e após a proclamação pela II Internacional Socialista de Bruxelas, o 1º de maio como dia Internacional dos trabalhadores. Em 1891 uma manifestação no norte da França é dispersa pela polícia resultando na morte de dez manifestantes, marcando assim, esse dia como um dia de luta e reivindicações por direitos.

O nível da expansão do capitalismo no mundo afeta muitos direitos adquiridos através de lutas pelos trabalhadores que deram a vida para conquistá-los. O ataque do capital contra o trabalho usufrui-se das crises, como as que acontecem na Europa, nos Estados Unidos e, disfarçadamente no Brasil, através de concessões exigidas dos trabalhadores para salvar os ricos, tendo como papel de mediador os movimentos sindicais atrelados aos governos que são as correias de transmissão de políticas econômicas adotada por governos de frente popular. Reformas trabalhistas, reformas previdenciárias etc, são alguns exemplos de quanto os trabalhadores são atacados mais diretamente em momentos que o capitalismo não resolve seus problemas de superprodução.

E nessa conjuntura internacional e nacional que nós militantes do PSTU de Imperatriz fazemos um chamado à organização dos trabalhadores para uma unidade a fim de que o dia 1º de Maio não seja tido como um dia de comemoração de uma “guerra” que ainda não foi vencida, mas um dia em que nos conscientizamos dos ataques do capital e seus governos  contra os trabalhadores, para a partir daí, respondermos com a força que temos. O dia 1º de Maio tem que ser visto como um dia de orgulho pelas conquistas de nossos antepassados, pelas lutas travadas pelos movimentos: sindical, social, popular e estudantil revolucionários no objetivo de unir a classe trabalhadora para exigirmos nossos direitos e a implantação de um modo de produção socialmente democrático, o socialismo.

É com o sentimento de assumir essa tarefa que os militantes do PSTU, CSP-CONLUTAS, ANEL e LIT-QI reforçam seus compromissos com a classe trabalhadora organizando em São Paulo um ato e participando em todos estados e municípios desse dia em que se reconhecem as vitórias e aponta para novas lutas dos trabalhadores pelo mundo.

Viva a classe trabalhadora!
Viva o Socialismo!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sem medo de ser Socialista, sem medo de ser PSTU!


Por Letícia Pinho*

Em 1º de Maio de 2002 houve a gota d'água de uma grande reviravolta da minha vida. Sempre me lembro desse dia como uma data que marca a certeza absoluta de que lado estava e continuo estando na história. Alguns anos depois a convicção foi aumentando: do anarquismo ao socialismo.Depois de uma jornada cheia de avanços, retrocessos, erros e acertos, encantos e desencantos decidi dar um passo adiante. 

Decidi fazer uma experiência - cheia de inseguranças, dúvidas e incertezas - com o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, o PSTU. Esse dia foi 26 de abril de 2012 e nesses intensos 30 dias chego a conclusão de que boa parte dos meus receios iniciais foram superados. 

Hoje, 30 dias depois de uma data que sem sombra de dúvidas é um marco na minha vida, posso dizer que estou muito feliz com a minha escolha. Tem sido muito bom construir um partido tão poético e aguerrido, de luta. Mas esses 30 dias também tiveram algumas tristezas. Me deixa triste por exemplo ver que tantos companheiros ao longo desses anos, por diversão pueril ou pura falta de informação caluniem tanto o PSTU - e eu, por inúmeras vezes acreditei nessas calúnias. Somente agora pude ver se desmanchar aos meus olhos tantas coisas que injustamente proclamam aos quatro ventos.

Estou falando que o partido é perfeito? Não, longe disso. Não acredito em perfeição. E esse é outro ponto que tem colaborado bastante para a nova percepção que tenho da organização: o duro e fraterno combate às nossas debilidades, aos nosso erros, aos nossos tropeços, às nossas falhas em busca do fortalecimento das nossas fileiras nessa longa caminhada histórica. 

Agradeço aos que tiveram paciência, agradeço às longas madrugadas insones debatendo sobre revolução e sobre socialismo, agradeço a todos que conheci ao longo da minha trajetória de militância, agradeço a todos que polemizaram, criticaram e apontaram defeitos no meu caminhar e nas minhas decisões políticas pois com base em tudo que dialoguei com vocês, com base em tudo que vi e vivi nessa minha (ainda) breve vida é que tenho total clareza de todo o aprofundamento político que me fez escolher esse partido como O Partido que eu quero construir.

É isso,

Sem medo de ser Socialista, sem medo de ser PSTU! 

"Se cada hora vem com sua morte
se o tempo é um covil de ladrões
os ares já não são tão bons ares
e a vida é nada mais que um alvo móvel
você perguntará por que cantamos
se nossos bravos ficam sem abraço
a pátria está morrendo de tristeza
e o coração do homem se fez cacos 
antes mesmo de explodir a vergonha
você perguntará por que cantamos
se estamos longe como um horizonte
se lá ficaram as árvores e céu
se cada noite é sempre alguma ausência
e cada despertar um desencontro
você perguntará por que cantamos
cantamos porque o rio esta soando
e quando soa o rio / soa o rio
cantamos porque o cruel não tem nome
embora tenha nome seu destino
cantamos pela infância e porque tudo
e porque algum futuro e porque o povo
cantamos porque os sobreviventes
e nossos mortos querem que cantemos
cantamos porque o grito só não basta
e já não basta o pranto nem a raiva
cantamos porque cremos nessa gente
e porque venceremos a derrota
cantamos porque o sol nos reconhece
e porque o campo cheira a primavera
e porque nesse talo e lá no fruto
cada pergunta tem a sua resposta
cantamos porque chove sobre o sulco
e somos militantes desta vida
e porque não podemos nem queremos
deixar que a canção se torne cinzas."


MÁRIO BENEDETTI: PORQUE CANTAMOS


* estudou ciências sociais na UFMA, foi Centro Acadêmico "Florestan Fernandes" participou ativamente do movimento estudantil dessa Universidade, ajudou a construir a maior ocupação de reitoria (2007), na luta contra a aprovação do REUNI. Atualmente mora em São Paulo e cursa ciências socias na USP

quinta-feira, 26 de abril de 2012

#EuQueroMeuDireitoPorInteiro! - Anel Maranhão

Nelson Junior da executiva estadual da ANEL Maranhão, fala da manifestação realizada no dia 24/04 no Pórtico da UFMA, culminando num ato no Terminal da Praia Grande, e reforça o chamado a juventude de São Luís a irem às ruas, reivindicar melhoria no transporte coletivo da ilha e a garantia da meia-passagem.

sábado, 21 de abril de 2012

A coisificação do homem e a mulher como objeto


O capitalismo transforma os homens em coisas. Não são o José, o João, a Maria. São o mecânico da oficina, o balconista, a caixa do banco. Sua qualidade é ser torneiro, pedreiro, ajustador. Uma propriedade externa a ele. Maria é uma ótima garçonete, e a ninguém ocorre conhecer realmente Maria, basta ser uma boa garçonete, um “objeto de consumo”, como os produtos que ela serve à mesa. Homens e mulheres ficam “coisificados”.

Conta um trabalhador, que era expositor de produtos em prateleiras de supermercados, que os colegas chamavam uns aos outros pelas marcas dos produtos que expõem, não pelos seus verdadeiros nomes. Um era o Bombril, o outro era o Omo. Ele era o Vodka. Não vem ao caso se a única razão para seu “nome” era o produto que expunha ... mas mostra bem a tendência à coisificação do homem pelo próprio homem.

Este é o quarto aspecto da alienação do trabalho estudado por Marx. Como as relações sociais entre os homens são substituídas pelas relações entre as coisas, que ganham vida, os homens estranham-se mutuamente. O homem não se reconhece em sua própria espécie humana. Ele vê no outro homem um concorrente, um produtor, um explorador, mas não outro homem, com suas qualidades, seus defeitos, suas emoções. Ao não reconhecer a espécie humana no outro homem, este não reconhece a si mesmo.

A situação da mulher
Esta alienação, ou estranhamento, do homem consigo mesmo no capitalismo encontra seu ápice na relação do homem com a mulher. Para Marx, “na relação com a mulher como presa e criada da volúpia comunitária está expressa a degradação infinita na qual o ser humano existe para si mesmo” . Isto é, a situação degradante da mulher é uma demonstração da situação do próprio gênero humano, já que a relação mais natural entre os homens é a do homem com a mulher, a relação de procriação. Com m que o casamento é “uma forma de propriedade privada exclusiva” e a prostituição é “elevada” à categoria de negócio lucrativo, sendo a forma mais degradante de propriedade privada, pois nela o homem usa sua própria espécie como mercadoria, fica claro que vivemos numa sociedade doente, sendo o machismo e o racismo as piores de suas doenças.

O homem só pode emancipar-se quando conseguir transformar a relação natural do homem com a mulher na mais humana das relações, pondo fim ao machismo. Ao mesmo tempo, a luta contra o machismo no capitalismo é parte da luta pela emancipação do homem, que só terá um fim com o fim da propriedade privada, inclusive aquela do homem em relação à mulher.

Fonte: PSTU

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Por Claudio Pereira: O pequeno Burgues

Olá camarada Wilson Leite, tudo bem? Ultimamente tenho procurado escrever crônicas sobre os vícios e os antagonismos da sociedade burguesa. Tenho procurado ironizar termos que são aplicados equivocadamente no cotidiano da mídia brasileira. Termos do tipo: a grande maioria; mau tempo (quando há previsão de chuvas), etc. Lembra que há algum tempo se dizia risco de vida?

Há alguns anos, depois de inúmeras críticas, uma apresentadora de TV reconheceu que a expressão: jogo de vida ou morte, tão propalada antes dos grandes clássicos do futebol serviam de incentivo à violência entre os torcedores. Neste sentido escrevi o texto: América para os americanos e não somente para os Estados Unidos algo que gerou ira por parte da pequena burguesia.

A repulsa em escritos carentes de clareza põe em claro a pobreza de embasamento teórico do pequeno burguês frente a uma crônica e a realidade que o cerca. Mas respeito a opinião deformada dele, devido a crise de identidade do pobre diabo. Questiono: quem é o pequeno burguês, esse ser sem personalidade que vive a imitar vozes alheias?

O burguês na origem era um indivíduo extremamente disciplinado no trabalho voltado para a obtenção do lucro. O burguês atual ostenta luxo reiteradamente, tem desprezo pelo trabalho, esnoba o trabalhador difundindo estilos de vida luxuosos em programas de TV distantes da realidade da massa. Mase o pequeno burguês? Ah! Este apesar de não desfrutar do poder político e econômico, almeja ser uma classe para si e não em si. O mesmo se move em permanente contradição e oscila quanto a sua identidade: não é rico, entretanto não é pobre; almeja ser burguês no sentido literal, vislumbra, mas teme cair no pauperismo, pois está mais próximo deste. Inseguro quanto a sua capacidade, se curva perante aos interesses dos seus senhores. Prostitui sua mente, mente descaradamente. É servil e obediente. Não tem posse, mas tem pose. Ostenta estilos de vida e ideologias distintos de sua condição material. Ele quer um mundo melhor (pra ele com certeza). Fale sobre o socialismo, o comunismo e logo se percebe o radicalismo dele em proteger a riqueza que não usufrui.

 Para defender seus senhores e demonstrar fidelidade tenta justificar o injustificável. É mais realista que o rei.
O pequeno burguês, alheio ao seu tempo, crê piamente que no capitalismo é possível com um retoque aqui e outro ali realizar a justiça social. Sem embasamento teórico para o debate sobre a realidade contraditória da sociedade em que vive, apela. Quer melhorar o mundo com as armas de quem o oprime. Embevecido com o consumismo, estupefato com as mazelas das grandes cidades (isto é sem dúvida, cronicamente inviável).

É cômico, mas também deprimente que muitos dos que se encontram nesta condição, sofreram muito, passaram necessidades extremas, hoje, reinventam um passado aristocrata em uma Europa pós-revolução industrial ou num Brasil bucólico que os desprezou. Desprezam a luta e o sangue dos seus antepassados que lhes permitiram um pouco mais de dignidade. Consciência de classe é algo abstrato.
Diante do exposto caro amigo, o que impressiona é como novas formas de dominação autoritária surgem e contribuem para manter a docilidade, a submissão, o status quo em um mundo extremamente dividido entre uma minoria de ricos que subjugam a maioria pobre cotidianamente.

Nós defensores do socialismo temos embasamento, nós vivemos o mundo real, nós interpretamos as contradições desse mundo e temos as ferramentas para transformá-lo. Nós não negamos nossas origens. O pequeno burguês pode estar contra o socialismo. Isso não quer dizer nada. Pode estar contra estando a favor. Ele não é personagem ativo, mas passivo dentro dessa trama hierarquizada rigidamente em classes sociais com interesses antagônicos.

Claudio Pereira é Geografo, professor e estudante de Direito da UFPA.


POR ISAC SANTOS: RATOS DA EDUCAÇÃO


Para que serve os cofos, se não para o milho? Para que o conhecimento, se não para o homem? Imagine um cofo sem milho, observe agora e veja um homem sem conhecimento. Vá além e sinta que não haveria essência humana sem o conhecimento, agora se desfaça da alienação que ti acompanhou por toda tua vida. Finalmente, você reconheceu que a educação é tudo e que o milho ultrapassa o aspecto nutritivo.

É  natural perguntar agora como nascem os homens e o conhecimento, quanto aos homens o parto é natural, em relação ao conhecimento só com uma cesáreana; Os homens  nascem e seguem o seu curso: crescem, reproduzem para finalmente morrerem e com isso encerram o primeiro estágio da criação, mas o conhecimento, esse não morre, pois  ele não pode advir do ventre e encontra-se em evolução e eterno, sendo este ainda a linha tênue entre Deus e o homem. Olhe e veja o homem em seu estado natural, incapaz de uma lágrima, de uma memória, ou de uma nota de alegria, completamente embrutecido, vivendo dos extintos, filho da carnificina.

Suba, eleve-se ao conhecimento, esse elemento que saciou os filósofos, nutriu os gênios, alimentou e engordou toda a ciência, veja o vigor, sinta a textura, agora tenha a impressão de um século e de um homem, mas alguém meu caro leitor, pode excitar ou concluir, que os homens têm vida independente do conhecimento, breve engano, guincho dos ratos, conclusão dos cofos vazios e se não ti dar por satisfeito leitor, vá  em frente e toque os “sinos” da curiosidade. Como toda coisa neste mundo o que não é ruído pelos ratos é destruído pelo fogo, mas levando-se em conta que só os ratos  comem milho e que o fogo encedeia apenas os maus espíritos, segue-se que tudo que é conhecimento,  esta sujeito a esses roedores.

Se há ratos existem ninhos, paciência, especificarei os ratos, seus ninhos e sub ninhos, suas colônias, sua hierarquia, veja, para colônias temos o sistema educar..., e para ninhos as universid..., e seus sub ninhos o privado, e para a hierarquia  o minister..., e todas vivendo do milho. Porém, mesmo nestes domínios há os dedetizadores, os gatos, e uma série de predadores de ratos, cultivadores do conhecimento. Bom, para o espanto, o que ensinam esses ninhos? Que arte? Como educam? Em resumo, eis o método pedagógico: canibalismo  ou  arte de devorar seu semelhante.

Finalmente meu bravo leitor afiançando ti que os ratos são uma espécie que em longo prazo será incendiada ou pelo fogo, ou pelo conhecimento e para a grande satisfação das outras espécies, que habitam as universidades, há uma razão direta para a sua existência: a destruição total das espécies dos ratos.

Isac Santos, universitário do curso de administração/UEMA e militante do PSTU/ITZ


segunda-feira, 16 de abril de 2012

ESCRAVIDÃO MODERNA DO ESTADO CAPITALISTA


O estado brasileiro em vista a garantia dos investimentos necessários à reprodução do capital tem tocado obras de infraestrutura principalmente no ramo energético como a Usina Hidroelétrica de Jirau em Rondônia e usina Hidroelétrica de Belo Monte no Pará aos moldes dos escravos que construíram as pirâmides egípcias.

Greves e protestos já foram registrados nos canteiros dessas obras foram “controladas” através do uso da coerção da força militar do estado contra os trabalhadores. Relatos como o feito pelo camarada Atnágoras Lopes, membro da Central Social e Popular – CSP-CONLUTAS até agora é desprezados por outras centrais sindicais governistas que tem o papel de garantir junto ao governo e a polícia a continuação das obras, mesmo que pra isso os trabalhadores devam ser “açoitado” pela mão invisível do mercado, aqui vestido pela luva do estado brasileiro dirigido pela Presidenta Dilma Rousself/PT.

Assistam o depoimento de Atnágoras Lopes:

sábado, 14 de abril de 2012

Comentário de Claudio Pereira: América para os americanos

Caro Wilson Leite, parabéns pelo trabalho realizado em pról da classe trabalhadora de Imperatriz e região.


Estive lendo alguns comentários postados no seu blog e resolvi fazer um breve comentário  acerca de um assunto aparentemente pouco expressivo, mas que no entanto, se analisado, pode clarear sobre o caráter servil da maioria da população mundial. Vejamos:

Subtende-se que americano é o habitante natural da América e não apenas dos Estados Unidos. O indivíduo de mente colonizada não faz esta distinção e ingenuamente manifesta sua submissão.


O termo europeu, por exemplo, é aplicável a qualquer  habitante natural da Europa e não simplesmente para os habitantes de um determinado país daquele continente.


Creio que estadunidense é o termo apropriado para quem nasceu nos Estados Unidos e possui o titulo de cidadania daquele país.


Americano é um termo aplicável a qualquer pessoa nascida na América, independentemente do país que nasceu.


América para os americanos e não para os Estados Unidos como está implícito na Doutrina Monroe.

Claudio Pereira é Geografo, Professor e Bacharel do VIII período do curso de Direito da UFPA

Wilson Leite: Não tinha como não publicar o comentário de nosso camarada Claudio Pereira que apesar de está longe não deixa de nos visitar virtualmente.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

COMUNISTA versus ANTICOMUNISTA


Quais são os traços físicos, psicológicos, sociais e comportamentais de um comunista? Quanto ao primeiro não há particularidades nem linhas, olhos azuis, castanhos ou de qualquer cor, pele parda, branca ou negra, alto, baixo, mediano ou espadaúdo, não há traços físicos essenciais na figura de um comunista, em relação ao segundo, todo comunista é por excelência um forte: um super-homem, sendo seu único conflito o mundo exterior, para o terceiro, a luta permanente e inflexível pelas grandes causas, finalmente ao último: o amor, o ímpeto da paixão e a transformação por um mundo melhor, eis os traços que defini um comunista, sem o risco de reduzi-lo ou deixar de ampliá-lo.

Se o bom senso nos remeteu a essa ideia de comunista, a ampliação do bom senso nos levou a composição do anticomunista e numa descrição sintética do que é  sê-lo, eis o aqui, caracterizado pelo galardão das castas, pela brancura da neve, pela ideia hedionda do superego, pela mais infame e virulenta condição de classe, pelo comportamento assintomático a pobreza humana, está o anticomunista, ora disfarçado nas fileiras vermelhas da gloria, ora  abertamente no discurso do ódio, em resumo, incorporação física do demônio, portador de toda maldade e disseminador da pobreza.

Mais do que uma configuração da maldade, o anticomunista é uma ponte para  a reafirmação  do comunista, é razão pela qual o comunista não existe pra si  e sim para o mundo, porem não é condição primaria, nem fundamental para existência do comunista, pois ele, o comunista,  vive nos traços definidores do seu caráter e na luta com  o povo.

Para todos os fins o anticomunista é um meio para um fim, sem importância necessária, mas apenas contingente, portanto ele, o anticomunista, se reduz ao  nada absoluto, nada é, nada será.

Isac Santos, universitário do curso de administração/UEMA e militante do PSTU/ITZ

quinta-feira, 12 de abril de 2012

ILDON MARQUES "PEGA" TAXI-LOTAÇÃO RUMO À PREFEITURA

Quem leu um pouquinho que seja de Marx, mesmo que não concorde com ele, sabe que um dos principais objetivos de sua pesquisa é o modo de produção capitalista, e o poder que as relações econômicas têm sobre as classes sociais. Pois bem, é nesse sentido que surge uma das explicações para a categoria dos Taxistas-Lotações estarem ascendendo uma vela pra todos os “santos” para que Ildon Marques possa ser candidato.

É inevitável que aonde eu vá, que a conversa tome o rumo do processo eleitoral de 2012, foi em uma dessas conversas que um dos trabalhadores do transporte alternativo de taxi-lotação me confidenciou: “estamos todos ansiosos para que Ildon Marques possa ser candidato”, curioso com o taxista com o êxtase perguntei se essa opinião era só a dele, ele rapidamente retrunca, não moço, ”somos todos nós do taxi-lotação. Nos reunimos várias vezes  com ele e, nos prometeu regularizar o serviço, mostrou até o projeto pra nós... só falta assinar pra valer.”

Segundo o tal projeto o sr. pré-candidato a prefeito de Imperatriz, regularizaria o serviço e criaria um corredor de circulação para funcionar o serviço. Reivindicação da categoria, que foi assumida pelo então candidato e atual prefeito Madeira. Como gosto de provocar o debate voltei a insistir para que ele contasse mais detalhes, mas vocês têm confiança nessa promessa? Com uma confiança quase fé, ele respondeu: “se ele prometeu ele vai cumprir”, mais uma vez questionei mais Madeira também não tinha dada a mesma garantia a vocês isso? Ai ele disse, mais dessa vez vai....

Foi o momento de descer, fica claro que os trabalhadores, devido sua dependência econômica, de garantir o meio de vida, aposta nos ricos para isso. Até quando?

quarta-feira, 11 de abril de 2012

MADEIRA ESTÁ APROVADO, COMO COMEDIANTE


Em sua fala, durante a abertura do seminário promovido pela Federação dos Municípios do Estado do Maranhão –FAMEM, nesta quarta-feira 11/04, o prefeito de Imperatriz,  Sebastião Madeira, faz uma verdadeira apresentação de  “stand up comedy” ao dar exemplos próprios de “armadilhas”  de condutas vedadas em campanhas eleitorais. Durante toda sua fala a platéia se divertia com as peripécias do antão candidato Madeira, eram visíveis os sorrisos e gargalhadas da platéia, confesso que eu também sorri e muito.

Tenho que reconhecer que quase confundi o seminário com uma apresentação teatral, para encerrar sua fala, ele “soltou” a última ao contar um “causo” que segundo ele costuma citar como exemplo de sua persistência para chegar ao tão sonhado cargo de prefeito. Disse: tinha uma senhora que mora em coquelândia que dizia que o sangue dela não batis com o meu, mas depois da quarta campanha para prefeito de Imperatriz ela disse que dessa vez iria votar nessa “desgraça” pois há muitos anos ele é candidato.”

A platéia foi ao delírio, após algum tempo ele passou por mim, que estava sentado num dos corredores e me fez duas perguntas, uma delas é se eu havia ouvido a fala dele, confirmei que sim e eles seguiu. Tenho que admitir que quase pedia autografo pela apresentação de “stand up comedy dele, mais como sou um homem comedido fiquei na minha.

terça-feira, 10 de abril de 2012

O SÉCULO DA TÉCNICA


Num século dominado pela técnica e pela forma de executar mecanicamente as coisas, as diferenças são excluídas, o que resulta numa redução militar da forma de agir e pensar. O conhecimento é invariavelmente submetido a um padrão, pensar por etapas, seguir uma programação, ser predeterminado, constituem o arquétipo do homem moderno, que destituído do que legou o passado, reprimi em si o gênio criativo; o filosofo, o homem de ciência, o aficionado pela arte, o entusiasta da musica clássica, enfim toda cultura superior, para eleger a técnica e a formatação dos costumes como toda fonte de progresso e desenvolvimento humano.
  
Originariamente a técnica não excluía a criatividade, ela confundia-se com a arte, eram complementares e necessárias para evolução geral do espírito humano e da união das duas resultaram sem exageros em todas as criações legitimas de veneração, incontáveis obras artísticas, arquitetônicas e literárias foram feitas com as ferramentas da técnica e as inspirações da arte, as catedrais góticas que o digam. Porém, ao longo do tempo foram separadas e precisamente no século vinte houve a ruptura definitiva, numa completa inversão da linha da historia, o século vinte maximizou a técnica, deu uma uniformidade militarista ao comportamento, deu ares de superioridade e soberba a ela e encaminhou o homem para o enquadramento de um ser sem espírito, sem criação e obstinado à cadeia do objetivismo.

Isac Santos, universitário do curso de administração/UEMA e militante do PSTU/ITZ

segunda-feira, 9 de abril de 2012

PSTU PROPÕE UMA FRENTE DE ESQUERDA SOCIALISTA PARA IMPERATRIZ


O Partido chama a formação de frente socialista com PCB e PSOL e lança Wilson Leite como pré-candidato.
Em outubro teremos eleições e a maioria dos partidos políticos buscam alianças para tentar eleger representantes a qualquer custo, independentemente dos programas e projetos de cada um, mesmo àqueles que antes já estiveram em campos opostos. Os partidos ditos de esquerda (PT, PC do B, PSB, PDT) apresentam a mesma estratégia eleitoreira se aliando com os empresários e corruptos da cidade dando às costas para os interesses da classe trabalhadora.
Enquanto isso em Imperatriz problemas históricos na infraestrutura dos bairros periféricos e em zonas no centro da cidade demonstra o abandono de todos os gestores dos ricos; A educação vem sendo privatizada com convênios de prédios entre apadrinhados do prefeito e seus secretários para funcionar como escolas, enquanto os estudantes se apertam em salas inaptas e superlotadas; Na saúde a privatização dos postos de saúde também é evidente, agravados com a falta de médicos e medicamentos básicos; Todo esse cenário é fruto da falta de processos licitatórios e/ou viciados além de uma ampla renúncia de receita aos empreendimentos da construção civil e da indústria, imposto pelos empresários, aceito pela gestão e homologado por uma câmara municipal conivente.
Esse vale tudo eleitoral cria, com razão, uma grande desconfiança dos trabalhadores e da juventude nos partidos políticos. É preciso uma organização política que tenha em seu programa a importância da luta direta dos trabalhadores e da juventude para arrancar dos governos nossas reivindicações e que apresente a necessidade da busca pela transformação social, a derrubada do sistema capitalista e a instalação de um governo operário, ainda que estas tarefas estejam limitadas pelos níveis de consciência da massa.
O PSTU faz um chamado aos companheiros e companheiras do PCB e do PSOL  para a construção de uma FRENTE DE ESQUERDA, com um programa socialista, em oposição aos governos Dilma Rusself/PT, Roseana Sarney/PMDB e Sebastião Madeira/PSDB. Uma frente para as lutas e que organize todos os explorados contra os desmandos dos governos submissos aos grandes empresários e corruptos.
O PSTU espera conseguir formar essa frente em Imperatriz, com os três partidos que se localizam na esquerda, que defenderão um programa classista e socialista para Imperatriz. Neste sentido, o PSTU lança o companheiro Wilson Leite como pré-candidato à prefeitura de Imperatriz no sentido de somar forças e ser esta alternativa.
Imperatriz, 09 de abril de 2012
Núcleo do PSTU de Imperatriz

sábado, 7 de abril de 2012

LUIZ NOLETO MINISTRA CURSO DE FORMAÇÃO POLÍTICA EM IMPERATRIZ





O curso Como Funciona a Sociedade? é o curso básico de iniciação à Introdução à Teoria Econômica Marxista. No curso conceitos sobre valor, mais-valia e mercadoria demonstra como a burguesia explora a classe trabalhadora através do trabalho.

Os educadores populares seguem a metodologia do grupo 13 de Maio de São Paulo, que forma militantes dispostos na tarefa de formação política por todo o Brasil.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

“CUBA É REALMENTE MISERÁVEL E A CULPA É POR SER COMUNISTA”


É recorrente nos comentários feitos em textos que escrevemos sobre a luta de classe e nossa defesa do modo de produção socialista os anônimos, apógrafos e covardes citarem Cuba como uma exemplo de uma tal “decadência” do regime Comunista. Essa campanha terrorista e sem base histórica, teórica e legal é repetidamente de forma biônica feita por alguns alienados que ouvem informações de fontes patrocinadas basicamente pelos imperialistas norte-americanos, que apesar de usar sua força bélica ideológica e econômica não consegue fazer com que a população da ilha adotem o capitalismo para que eles possam vender em Cuba, sim pois os únicos interesses dos americanos é explorar e vender seus produtos.

O texto abaixo publicado o Wikipédia retrata bem o quanto Cuba sofre há 50 anos os ataques imperialista dos EUA, enquanto isso a ONU demonstra sua ineficiência quanto reguladora de normas internacionais de garantia dos direitos humanos, alias, mais que isso, demonstra que o poder econômico é capaz de tudo para garantir a hegemonia dos ricos.

Vamos ao texto:

O embargo dos Estados Unidos a Cuba é um embargo econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos que iniciou em 7 de Fevereiro de 1962. Em 1999, o presidente Bill Clinton ampliou este embargo comercial proibindo que as filiais estrangeiras de companhias estadunidenses a comercializar com Cuba, a valores superiores a 700 milhões de dólares anuais. A medida está em vigor até os dias atuais, tornando-se um dos mais duradouros embargos na história moderna. Apesar da vigência do embargo, é importante notar que nem todo comércio entre Estados Unidos e Cuba está proibido. Desde 2000 foi autorizada a exportação de alimentos dos Estados Unidos para Cuba, condicionada ao pagamento exclusivamente à vista (antecipado: as mercadorias devem ser pagas antes de o navio zarpar do porto americano), e os Estados Unidos são o sétimo exportador de alimentos para a ilha.

Este embargo permanece uma questão extremamente controversa em todo o mundo, e é formalmente condenado pelas Nações Unidas. A Assembléia Geral das Nações Unidas em 2007, "determinada a encorajar o estrito cumprimento dos objetivos e princípios consagrados pela Carta das Nações Unidas "(...) e "reafirmando, dentre outros princípios, a igual soberania das nações, a não-intervenção e a não interferência em seus assuntos internos "(...) condenou, pela 16º vez consecutiva, o embargo imposto a Cuba pelos Estados Unidos, por 184 votos a quatro. Votaram a favor da manutenção do embargo apenas os próprios Estados Unidos, apoiados por Israel, Palau e Ilhas Marshall. Essa última Resolução da ONU, aprovada dia 30 de outubro de 2007, pede o fim do embargo econômico, comercial e financeiro contra Cuba "o mais rápido possível". Segundo a BBC "todos os que se manifestaram na Assembléia Geral nesta terça feira (30 de outubro) denunciaram o embargo americano, considerado desumano e um vestígio da Guerra Fria". A Resolução da ONU foi aprovada uma semana após o presidente George Bush ter declarado que "o embargo contra Cuba será mantido enquanto o regime comunista estiver no poder na ilha". Essa Resolução da Assembléia Geral da ONU, no entanto, não tem força legal para ser imposta contra seus infratores. FONTE: Wikipedia

Como foi relatado no texto, fica provado o porquê da situação precária da estrutura física da Ilha Comunista, em contraponto tem um povo saudável, alegre e inteligente, sem contarmos com o desenvolvimento da educação e da medicina reconhecida nos quatro cantos do planeta.

Então meus caros, antes de comentar repetindo a opinião falaciosas dos outros, perda um tempinho tentando achar argumento consistente sobre o que você vai dar como exemplo para qualquer assunto.

terça-feira, 3 de abril de 2012

POR REWRISON MORAIS: “O Capitalismo Selvagem”


O capitalismo vivi momentos decadentes como nunca em nossa história, agonizando e delirando em busca de mais poder, mais lucros e ganhos à custo dos mais pobres. Desde sua primeira grande crise em 1929 até a de 2008, o mesmo tenta se reerguer das próprias cinzas como se fosse uma fênix.  “O capital não pode ter outro objetivo que não sua própria auto reprodução, à qual tudo, da natureza a todas as necessidades e as aspirações humanas, deve se subordinar absolutamente” (MÉSZÁROS, 2002, P. 800). Se submeter ao capital é mesmo que submeter-se a opressão, o medo e a falta de democracia.
 
O conservadorismo é o norte deste sistema que teme as mudanças necessárias à dignidade e a liberdade humana; vive cegamente derrubando todas as barreiras que vêem pela frente nem que para isso o caos venha a reinar. A sociedade é refém de si mesma, nunca vimos à mesma tão sedenta por consumir os desejos do capital, que se faz e desfaz a todo o momento. Para mudar esse cenário é preciso “Consumir menos, repartir melhor”. Não existe a “mão invisível” do mercado, mas sim uma grande alternativa em busca das verdadeiras mudanças da realidade corrente – o Socialismo.

Rewrison Morais é Estudante UEMA/ITZ e Militante do PSOL/ITZ

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A EUFORIA DE UMA CAPITALISTA E VELHA RETÓRICA


Acabo de me deparar com um artigo da Revista Veja, edição 2261 de abril, página 28, com o título “O capitalismo vai sobreviver. Mais uma vez”, onde Maílson da Nóbrega euforicamente que o capitalismo se reinventará, mutará sempre e, que isso se dará através de marcos regulatório e ações para reverter a concentração de renda de alguns países ricos. Infelizmente ele omite uma questão que é crucial no modo de produção capitalista que é justamente a concentração, a acumulação.

Como é de praxe, os capitalistas recorrem a Karl Marx para explicar o próprio capitalismo e as análises de mutação do capital para demonstrar a “fenixidade” do modo de produção capitalista. Inicia passando a velha retórica de que os comunistas esperam a queda do capitalismo para só então o surgimento de um novo modo de produção. Já escrevi um post O SURGIMENTO DO SOCIALISMO falando sobre isso.

Vale à pena ler o texto de Mailson de Nóbrega não pela análise bajuladora de seu ponto de vista. Quem é Maílson de Nóbrega? Foi ministro da Fazenda entre janeiro de 1988 e março de 1989, após longa carreira no Banco do Brasil e na administração direta do governo federal. Depois de deixar o ministério, tornou-se consultor. É sócio da empresa Tendências Consultoria Integrado, participa de diversos conselhos de empresas. Um dos defensores do receituário do FMI e Banco Mundial (LRF) no governo FHC/PSDB(fonte Wikipédia).

Durante todo o texto ele confirma as fragilidades do capitalismo, mas segundo ele o resultado dessas crises é o aperfeiçoamento do sistema. Bom cada um tem o direito de se iludir ou tentar iludir os outros, mas pelo menos ele deveria ser menos otimista em relação a reversão da concentração de renda, pois distribuição de renda não é uma bandeira capitalista e sim do socialismo.