sábado, 22 de outubro de 2011

VBL E PREFEITURA X TAXI-LOTAÇÃO

Há mais de três anos o conflito entre prefeitura e taxis-lotação vem tendo capítulos onde ambos os lados não tem como chegar a uma solução. A prefeitura se diz “obrigada” a cumprir decisão judicial cuja foi movida pela empresa de VBL, antiga Transportes Coletivo de Imperatriz TCI.

Precisamos analisar as questões materiais desse conflito, no nosso ponto de vista só poderá ser resolvido pelo poder público com uma medida enérgica na solução da problemática do transporte público de Imperatriz, com o objetivo de garantir bons serviços no transporte: passagens baratas, paradas com conforto e segurança, pontualidade e agilidade.

Ao longo dos anos a empresa VBL tem tomado medidas que vão na contramão das necessidades de seus usuários, promovendo aumento e/ou manutenção do preço da tarifa de transporte absurda em nossa cidade. Irrisórios investimentos no melhoramento da frota de ônibus, o tempo de espera dos passageiros nas paradas ultrapassando os 45 minutos e, em nossa opinião o mais grave, redução das vagas de trabalho ao colocar dupla função ao motorista, que hoje exerce a função de motorista-cobrador. Todas essas medidas a fim de reduzir os custos e aumentar o lucro tinham a justificativa de que as vias urbanas eram péssimas para o trafego dos veículos que quebravam, mais o que vemos é que, o poder público, quando asfalta, tem como preferência sanar os problemas prioritariamente nessas vias onde circulam os coletivos.

O serviço de taxi-lotação deu-se origem justamente na falha desse serviço essencial para qualquer cidade do mundo: a população tem necessidade de se locomover, os trabalhadores (motoristas/cobradores) precisam de trabalho. Essa questão foi muito tempo depois, com o fim da paciência da população tomando formas de uma prestação de serviço alternativo em nossa cidade. Tendo êxito na prestação de serviços por se igualar à tarifa – cara – dos ônibus com a vantagem da agilidade e conforto.

A lei da física diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço num dado tempo, então se comprovou isso no serviço de taxi-lotação, ao serviço de transporte coletivo deixar de ocupar - com a qualidade que os clientes exigem – seu espaço, então, veio os taxis-lotação. Outro fator é a falta de definição o que é lotação, pois um taxi “normal” não está impedido de pegar passageiros estando em movimento pela cidade, e ao parar várias pessoas acordadas resolver compartilha o taxi, o taxista recusa a corrida? Tenho certeza que não. Então o serviço de taxi-lotação não existe, o que existe são taxis regularizados que aceitam que a corrida seja compartilhada.

Para engrossar a discussão ainda temos os serviços de taxi e moto-taxistas, que vendo uma “concorrência” direta, embora não haja, tomam posições contra os trabalhadores de categorias similares à deles, esquecendo que também tiveram que lutar para conquistar o que hoje dizem que são seus direitos.

Concluímos então que, só existe o conflito e a perseguição aos trabalhadores no serviço de taxi compartilhados porque há uma ação judicial movida por uma empresa de transporte coletivo privado. E, a prefeitura sendo o órgão responsável pelo cumprimento da ordem judicial diz ser obrigada a cumprir. Então a solução parte por municipalizar(estatização) o serviço de transporte publico municipal absorvendo assim, mão de obra advinda desses trabalhadores, garantindo um serviço barato e de qualidade, passe livre aos estudantes e desempregados, sem a perseguição do poder publico aos que permanecerem prestando o serviço de compartilhamento de taxi.

Um comentário:

// ]]>
  1. Concordo plenamente com você meu cara Wilson, espero que você compareca ao nosso movimento, nos ajudando com sua capacidade de fazer politica e de saber interagir ao poder publico.

    ResponderExcluir

Não veto comentário de ninguém, pois apenas os covardes se escondem por trás de um anonimato. Não seja você um.