segunda-feira, 31 de outubro de 2011

AGENTES DA POLICIA CIVIL TRABALHAM COMO “OLHEIROS” DA VBL

Durante a reunião na prefeitura municipal, na qual os taxistas que faziam protesto pedindo o fim da perseguição promovida pela prefeitura pela falta de projeto para regularização e normatização da prestação de serviço de taxi compartilhado foi assinado um documento que os taxistas teriam que voltar aos pontos fixos e aqueles que voltassem a compartilhar as corridas seriam multados em dez mil reais.

Até ai ficou tudo certinho, nos dias posteriores os taxistas notaram que ao passar por alguns pontos da cidade – rua Padre Cícero com Rio Grande de Norte – havia uma pessoa fixa com um caderninho anotando algo, curiosos os taxistas questionaram a pessoa que não teve nenhuma descrição e relatou qual tarefa estava realizando. Segundo a pessoa estava a serviço da VBL para anotar os taxis que passavam pelo trecho para que seja entregues às “autoridades” e que era agente de polícia civil. Afirmou ainda, que outros agentes locados em outros pontos também tinham a mesma tarefa dele.

Sabemos que os servidores públicos da policia civil sofrem com o governo do estado que paga mal os agentes civis, fazer “bico” não vejo problema seja da VBL ou de uma boate, o que não pode é usar é o poder de policia fora do trabalho.

Enquanto à fiscalização é estranho que a interessada assuma o papel de fiscalizar se há ou não a continuidade do serviço de compartilhamento, tão pouco, se o taxi que circula pela cidade está ou não compartilhando o serviço. Isso deve ser feito pelas PM ou SETRAN, pra mim esse tipo de ação é igual a uma gravação sem autorização judicial, não serve como prova e é crime.

Como podem ver, o poder econômico ainda é quem manda, e a gestão municipal cumpre o papel de menino de recado da VBL sem tomar nenhuma medida concreta para resolver o problema e garantir a locomoção dos trabalhadores e estudantes Imperatriz.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

TRABALHADORES DE TAXI COMPARTILHADO MUDAM DE POSTURA

Sou defensor da teoria que só através da luta direta e declarada entre classes (burguesia x operário) se tem maior possibilidade de ser resolver problemas e elevar o nível de consciência dos trabalhadores, apesar da correlação de forças desfavorável aos trabalhadores, pois o burguês tem o poder político, econômico e judicial para garantir seus desejos, em muitos casos a elevação da consciência de classe é mais vantajosa que a própria vitoria pontual.

Durante três anos o prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira - que havia prometido em campanha a regulamentação do serviço de compartilhamento de taxi – persegue os trabalhadores para defender a empresa VBL – Viação Branca do Leste – que tem a concessão do serviço coletivo municipal, mas que há muito tempo vem explorando trabalhadores e clientela com preços abusivos na tarifa.

Só agora, depois do acirramento dessa perseguição que os associados perceberam que o presidente da associação dos taxistas era o principal entrave na luta pela regularização do serviço, pois o antigo presidente é correligionário do gestor - tendo sua esposa como comissionada na prefeitura – e fez “corpo mole” para não bater de frente contra seu patrão. Após assembléia os associados escolheram nova direção e prometem lutar em pé de igualdade na instancia judicial para garantir o direito de trabalhar, servindo a comunidade.

A postura dos trabalhadores mudou, isso se percebe ao conversar com eles durante uma “corrida”, deixaram de por nas mãos de dissimulados politiqueiros para tomar uma postura de confronto em todas as instancias necessárias para garantir o direito de trabalhar sem a sensação estarem num ilícito como tenta passar os secretários e o próprio prefeito. Se ele tinha consciência que era ilícito o serviço porque foi um dos pontos de promessa perante a categoria durante a campanha eleitoral? Simples, é que sua dissimulação rompe a barreira da verdade se o resultado pode ser mais um voto no 45.

Estaremos acompanhando de perto o desenrolar dos acontecimentos, aguardem novos posts tenho mais informações sobre o que vem acontecendo nesse conflito.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

V Assembleia Estadual da ANEL Maranhão

Militantes estudantis em nível fundamental, médio e superior do Maranhão realizarão neste próximo fim de semana, dia 29/10, a V Assembléia Estadual da ANEL Maranhão.






Fonte: Coordenação ANEL Maranhão


sábado, 22 de outubro de 2011

VBL E PREFEITURA X TAXI-LOTAÇÃO

Há mais de três anos o conflito entre prefeitura e taxis-lotação vem tendo capítulos onde ambos os lados não tem como chegar a uma solução. A prefeitura se diz “obrigada” a cumprir decisão judicial cuja foi movida pela empresa de VBL, antiga Transportes Coletivo de Imperatriz TCI.

Precisamos analisar as questões materiais desse conflito, no nosso ponto de vista só poderá ser resolvido pelo poder público com uma medida enérgica na solução da problemática do transporte público de Imperatriz, com o objetivo de garantir bons serviços no transporte: passagens baratas, paradas com conforto e segurança, pontualidade e agilidade.

Ao longo dos anos a empresa VBL tem tomado medidas que vão na contramão das necessidades de seus usuários, promovendo aumento e/ou manutenção do preço da tarifa de transporte absurda em nossa cidade. Irrisórios investimentos no melhoramento da frota de ônibus, o tempo de espera dos passageiros nas paradas ultrapassando os 45 minutos e, em nossa opinião o mais grave, redução das vagas de trabalho ao colocar dupla função ao motorista, que hoje exerce a função de motorista-cobrador. Todas essas medidas a fim de reduzir os custos e aumentar o lucro tinham a justificativa de que as vias urbanas eram péssimas para o trafego dos veículos que quebravam, mais o que vemos é que, o poder público, quando asfalta, tem como preferência sanar os problemas prioritariamente nessas vias onde circulam os coletivos.

O serviço de taxi-lotação deu-se origem justamente na falha desse serviço essencial para qualquer cidade do mundo: a população tem necessidade de se locomover, os trabalhadores (motoristas/cobradores) precisam de trabalho. Essa questão foi muito tempo depois, com o fim da paciência da população tomando formas de uma prestação de serviço alternativo em nossa cidade. Tendo êxito na prestação de serviços por se igualar à tarifa – cara – dos ônibus com a vantagem da agilidade e conforto.

A lei da física diz que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço num dado tempo, então se comprovou isso no serviço de taxi-lotação, ao serviço de transporte coletivo deixar de ocupar - com a qualidade que os clientes exigem – seu espaço, então, veio os taxis-lotação. Outro fator é a falta de definição o que é lotação, pois um taxi “normal” não está impedido de pegar passageiros estando em movimento pela cidade, e ao parar várias pessoas acordadas resolver compartilha o taxi, o taxista recusa a corrida? Tenho certeza que não. Então o serviço de taxi-lotação não existe, o que existe são taxis regularizados que aceitam que a corrida seja compartilhada.

Para engrossar a discussão ainda temos os serviços de taxi e moto-taxistas, que vendo uma “concorrência” direta, embora não haja, tomam posições contra os trabalhadores de categorias similares à deles, esquecendo que também tiveram que lutar para conquistar o que hoje dizem que são seus direitos.

Concluímos então que, só existe o conflito e a perseguição aos trabalhadores no serviço de taxi compartilhados porque há uma ação judicial movida por uma empresa de transporte coletivo privado. E, a prefeitura sendo o órgão responsável pelo cumprimento da ordem judicial diz ser obrigada a cumprir. Então a solução parte por municipalizar(estatização) o serviço de transporte publico municipal absorvendo assim, mão de obra advinda desses trabalhadores, garantindo um serviço barato e de qualidade, passe livre aos estudantes e desempregados, sem a perseguição do poder publico aos que permanecerem prestando o serviço de compartilhamento de taxi.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

MARANHÃO: O ESTADO AINDA NÃO DEIXOU DE SER UMA CAPITANIA HEREDITÁRIA

Bem bolada a definição da jovem jornalista do SBT sobre o Estado do Maranhão: "um estado que mais parece uma capitania hereditária".

Ainda me lembro das aulas de história na quarta série, que justamente apresentei um trabalho sobre o assunto, lembro até da definição que usei: “Capitania hereditária eram lotes de terras doados a fidalgos e colaboradores da coroa portuguesa...”.

Parece que só o povo do Maranhão não percebe o quanto representa o atraso que essa família e seus abutres que dão sustentação nas esferas de poder: mídia, política e judiciário



Vídeo postado por BlogMarapá

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

NOVO BLOG: PSTU IMPERATRIZ

Militantes do PSTU DE IMPERATRIZ divulgam blog oficial do partido. O objetivo do blog é criar um canal de propaganda e agitação na rede, direcionado ao Municipio de Imperatriz e refletindo as discussões estaduais, nacionais e internacionais da luta de classe.



Em nota o militante Wilson Leite faz uma chamado aos trabalhadores de Imperatriz com o objetivo de fortalecer o partido tendo como foco a composição massificado no proletariado da cidade. Segue nota da integra:

Aos Trabalhadores de Imperatriz

Sempre estivemos sob a bandeira do socialismo, com esse fim, após a ida do Partido do Trabalhadores, em 2002, para se tornar um partido de sustentação da ordem burguesa ajudamos a construir o PSOL, entre 2005 e 2010, que pretendia ocupar o espaço deixado pelo antigo PT. Nesses cinco anos procuramos manter a coerência e a moral revolucionária, premissa fundamental de um militante de esquerda. Conseguimos ser reconhecido pelos trabalhadores de Imperatriz e do Maranhão como aliados na luta contra a exploração dos patrões.


Juntamente com outros camaradas, em abril de 2011, decidimos nos retirar desse partido, após vários embates ideológicos e políticos com as direções nacionais do partido, inclusive, Heloísa Helena, que começou a se colocar acima da militância de base e do Partido. Chegamos assim à conclusão de que o PSOL também havia se curvado à lógica capitalista e hasteou a bandeira branca, preferindo assim ocupar apenas cargos eleitorais da democracia burguesa, uma degeneração programática completa.



Dando continuidade na nossa contribuição em ser um “peso” na luta de classes em favor dos trabalhadores com o objetivo da tomada do poder político e econômico mundial e, em especial, no espaço geográfico do Estado e do município que atuamos. Durante quatro meses debatemos com a militância do PSTU e, em 22 de setembro decidimos por ingressamos às fileiras do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado.



Não começaremos do zero, o PSTU é um partido no qual sempre compomos uma frente de ação nas lutas da classe trabalhadora no Maranhão. E, com nossa coerência quando representávamos o PSOL de Imperatriz certamente os trabalhadores imperatrizenses continuarão nos vendo como membro da classe que nunca deixará de defender os objetivos pontuais e estratégicos para capitular à conciliação de classe que sempre pende à garantir os anseios da burguesia.


Recebemos a tarefa de construir juntamente com outros trabalhadores de Imperatriz o PSTU, com apoio da militância de base e dos dirigentes regionais e nacionais do partido. É com toda serenidade que acolhemos a tarefa e, com toda certeza seremos bem sucedidos, conseguindo chegar aos trabalhadores de Imperatriz para termos um partido forte composto em sua maioria por trabalhadores conscientes do papel de um partido revolucionário e de seus militantes rumo ao objetivo comum a todos os trabalhadores: a tomada dos meios de produção, derrubada do capitalismo, pelo fim da propriedade privada, da garantia de alimentos, moradia, educação, saúde e pela emancipação do homem.


Saudações Socailistas,


Wilson Leite

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

LIVRO: PT: DE OPOSIÇÃO À SUSTENTAÇÃO DA ORDEM, CYRO GARCIA


Gostaria de indicar o livro do meu camarada, Cyro Garcia. O livro: “PT: de oposição à sustentação da ordem” relata a trajetória do PT, desde sua fundação até os dias de hoje, tem o prefácio escrito por Valério Arcary* que pode ser lido na integra no link: aqui

Já grifei logo no inicio da leitura esse trecho do prefácio:

(...)Ensina uma boa escola historiográfica que para explicar o passado e, em especial, para elaborar uma história das idéias políticas dos partidos nas sociedades contemporâneas, é bom admitir que as cabeças acompanham o chão que os pés pisam. E a direção do PT deixou de pisar as portas de fábrica, e passou a pisar os tapetes dos parlamentos e dos palácios. Deixou de correr os riscos que são inerentes às lutas operárias e populares, e escolheu o conforto das concertações sentados à volta de mesas cercados de autoridades que representam a riqueza e o poder. Como se diz nas ruas, pegaram o gosto pela coisa.

Ainda esse ano o livro deve ser lançado no Maranhão, veremos a viabilidade de realizar o lançamento conjunto em Imperatriz. Até lá o livro pode ser adquirido é só falar comigo.


*Valerio Arcary, professor do IFSP (Instituto Federal de São Paulo), é autor de As Esquinas Perigosas da História, situações revolucionárias em perspectiva marxista

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PERDA CAPITALISTA: MORRE SEU PRINCIPAL VENDEDOR, STEVE JOBS.

O modo de produção de mercadorias e os capitalistas tiveram neste mês uma grande perca com a morte de Steve Jobs, criador de uma das maiores corporações no ramo da informática com foco ao entreterimento em forma de mercadorias compactas e com fácil interface para o usuário.

Como é comum na propaganda capitalista, Steve Jobs foi apresentado como um “gênio” que criou mercadorias inovadoras, compactas, baratas e de fácil aceitação pelas massas como: iPads, iPods e iPhones entre outros que tiveram grande impacto mundial, mudando conceitos em diversas áreas, como informática, publicações e indústria musical.

Esses exemplos são passados de vez enquanto para tentar convencer as massas que apenas no capitalismo é possível desenvolvimento tecnológico e o poder criativo do homem, além disso, reforçando o individualismo para mascarar a exploração dos verdadeiros desenvolvedores que estão nos laboratórios, dedicados à pesquisa e aos experimentos, os trabalhadores.

É muito comum o capitalismo omitir o sujeito principal do desenvolvimento tecnológico e de tantas outras áreas. Focam a apresentação de um único ser: fundador de um banco bem sucedido, um grande empresário das Comunicações: Silvio Santos e Roberto Marinho; Bill Gates e Steve Jobs para incentivar o individualismo comum do liberalismo como doutrina. Mas em todos esses casos foram os trabalhadores, explorados pelo capitalismo, que desenvolveram conhecimento e a evolução tecnológica, a mais-valia(riqueza) que é atribuída a esse único ser.

Realmente é uma grande perda para o capitalismo a morte de Steve Jobs, precisarão construir a partir de agora um novo “gênio” para continuar apresentando novas mercadorias para serem consumidas, possibilitando assim, a manutenção da forma de exploração dos trabalhadores através desse modo de produção.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

GREVE DOS CORREIOS CONTINUA, ATÉ QUE A CATEGORIA DECIDA EM ASSEMBLEIAS.

Apesar do que vem sendo veiculado por parte da imprensa, a greve continua. Nesse dia 5 ocorrem assembleias nos estados que vão decidir os rumos do movimento.

Cerca de dois mil trabalhadores dos Correios acompanharam, do lado de fora, a audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST) entre o Comando de Greve e a direção da empresa. Caravanas de várias partes do país foram a Brasília protestar por reajuste e contra o corte dos dias parados realizados pelo governo. Os funcionários dos Correios completaram 21 dias de greve nesse dia 4 de outubro, demonstrando força e indignação com a forma truculenta com que o governo vem tratando o movimento.

Após quatro horas de negociação, a vice-presidente do TST, Maria Cristina Irigoyen Peduzzi chegou a um acordo com a maioria do Comando (setor ligado à Fentect, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos). O acordo estabelece reajuste de 6,87% retroativo a agosto e aumento linear de R$ 80 a partir de outubro, mas mantém o desconto nos dias parados, um dos principais entraves nas negociações entre a direção da ECT e os trabalhadores.

Dias parados
Sobre um dos principais entraves na negociação entre trabalhadores e o governo, a direção da empresa, pelo acordo, terá que devolver os seis dias que já descontou nos contracheques, mas eles serão descontados novamente, desta vez parcelados em 12 vezes a partir de janeiro do ano que vem. Os outros 15 dias seriam compensados com trabalho extra nos finais de semana.

“Colocamos essa proposta em votação aqui e ela foi rejeitada por unanimidade pelos trabalhadores”, informou de Brasília Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, dirigente da FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios, oposição à Fentect) ao Portal do PSTU. “Todos ficaram muito revoltados com a manutenção do desconto, ninguém aqui concorda com isso”, ressalta o dirigente.

Comunicado publicado pela Federação nesse dia 3 de outubro informava com destaque “Comando reafirma: não negociará desconto dos dias parados” . A direção da Fentect , porém, não só negociou, como aceitou o acordo e está orientando o final da greve. “Depois de 21 dias de greve, os funcionários estavam ansiosos para voltar ao trabalho", justificou o secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva, o “Talebã”, ao Portal do G1.

Da redação SITE DO PSTU

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A REVOLUÇÃO SOCIALISTA É INEVITÁVEL

Pôr em pauta a discussão da necessidade dos trabalhadores em criarem um projeto voltado à sua própria classe - isso não pode ser feito fora de um partido revolucionário -, seja nos processos eleitorais ou nas oportunidades que esses partidos tenham por vacilo da direita ou pela representatividade deles no processo de luta de classe. Os partidos autênticos de esquerda sofrem constantemente as conseqüências do medo que a burguesia tem numa possível concretização da organização dos trabalhadores numa experiência socialista. Até dentro dos partidos de esquerda há filiados que expressam a ideologia pequeno-burguesa que domina as consciências hoje. Essa contradição interna só demonstra que a tarefa não é e nunca foi fácil, mas sempre houve e continuará surgindo trabalhadores dispostos em levar o projeto adiante.

Mesmo lutando contra o terrorismo ideológico propagado pela direita reacionária através de seus poderes auxiliares: meios de comunicação, judiciário, militar e econômico e, em alguns momentos, o apoio inconsciente de trabalhadores que não tem identidade de classe. Apesar disso, os partidos de esquerda acreditam e confiam na capacidade revolucionaria dos trabalhadores, seja em nosso território, seja em qualquer parte do mundo. Os processos históricos comprovam, quando a classe trabalhadora decide agir contra a opressão ela busca a auto-organização no objetivo de garantir a sobrevivência de todos. Até mesmo quando o capitalismo dá algumas concessões a classe está num processo de reconhecimento que a riqueza produzida, fruto do trabalho, é apropriada pelos seus exploradores, fazendo assim aflorar uma consciência de classe. A contradição de termos nações ricas e povos miseráveis, só poderá ser resolvida com a tomada do poder pelos trabalhadores e a implantação do modo de produção socialista.

Reacionários travestidos de militantes de esquerda têm um papel fundamental na manutenção do controle ideológico burguês. Temos muitos exemplos disso no Brasil com a eleição dos presidentes do PT e de Fernando Henrique Cardoso/PSDB, ambos de “frente popular”, tentam a todo o custo garantir que o capitalismo continue sua tirania, desde que, eles sejam o pelego que suaviza a dor dos “calos” dos trabalhadores. Os pseudos de esquerda que não tiveram a oportunidade de estar à frente do poder, propagam aos quatro cantos que estamos num processo histórico pós-moderno, assim como os teóricos neoliberais decretaram o “fim da história” - e que o acirramento da luta de classe neste momento é inviável.

Outra ala reacionária, composta pelos partidos reconhecidamente representantes da pequena parcela dos ricos brasileiros não escondem suas ideologias liberal e/ou neoliberal, basta lembrarmos as gestões de Fernando Henrique Cardoso/PSDB que entregou muitas empresas estatais lucrativas a preço de banana estragada ao capital internacional e, a nível local, os governos de Jackson Lago e de Roseana Sarney – estadual - Ildon Marque/PMDB e Sebastião Madeira/PSDB – municipal - governam exclusivamente para o empresariado em troca de fartos recursos financeiro em períodos eleitorais.

Para dar um basta na hegemonia da burguesia e do capital, precisamos aglutinar forças daqueles que lutam até contra si mesmo, mas tal aglutinação não pode estar baseada na conciliação de classe, mesmo que pontual. Entre o objetivo da classe trabalhadora e o objetivo dos patrões a classe trabalhadora sempre foi colocada de lado quando os patrões si sentiram seguros. Esse, a nosso ver, foi o principal erro das experiências revolucionárias, patrões são traidores imutáveis. Ao passo que alcançarmos um espaço devemos ter a preocupação em reforçar as bases conquistadas a todo o momento e preparar o avanço no objetivo que é a construção de uma sociedade socialista, esse tempo de preparação para o avanço deve estar em consonância com trabalhadores de outros países e continentes.

A revolução socialista é inevitável, os defensores do capitalismo e seus partidos sempre procuraram demonstrar o contrário promovendo evolução tecnológica e a possibilidade de consumo a mais pessoas, à custa da exploração do homem e dos recursos naturais, mais nunca conseguiram garantir o estado de “bem estar social” no qual se propuseram. Assim como suas promessas que nunca foram cumpridas o terrorismo contra comunistas começa a cair por terra, cabendo então acirrar ainda mais o discurso de que a única alternativa para a humanidade e para o planeta passa pelo poder nas mãos dos trabalhadores no modo de produção socialista.


Texto publicado no Jornal Notícias Populares, edição de Outubro.