terça-feira, 19 de abril de 2011

CUBA E O COMUNISMO ALIMENTAM DEBATES

Em matéria publicado pela agência Reuters, Por Jeff Franks Reuters – seg, 18 de abr de 2011 21:11 BRT com o título: "Partido Comunista aprova reformas econômicas em Cuba"


Abriu espaço para o debate, veja o comentário feito pelo camarada Acrísio Mota:

A volta da Russia, e da China à forma plenamente capitalista, assim como a gradual volta de Cuba, atraves de medidas como as que ora se anunciam e ja veem sendo implantadas, somente comprova o acerto das teses de Karl Marx, em a Ideologia Alemã, quando ele diz que.


Primeiro, o Socialismo só é possivel em uma sociedade que produza em abundancia os meios fundamentais de vida, ou seja, quando as FORÇAS PRODUTIVAS MATERIAIS experimentarem um amplo desenvolvimento, alta produtividade, sob pena de a luta pelo necessário, fazer voltar a "imundice" das relações anteriores, da atual sociedade.


Segundo, que este nivel de desenvolvimento atinja o mundo inteiro. Jamais num só país.

Portanto, a realidade de Cuba, a experiência de Cuba, tentou subverter essas duas teses fundamentais do socialismo científico, mas não teve exito. NUnca chegou ao socialismo, não passando de uma economia estatizada, em que a propriedade - alicerce fundamental do capitalismo - foi abolida, apenas de forma aparente, mantendo-se de forma modificada, atraves de seu controle estatal.


Para Marx (ver por exemplo em A GUERRA CIVIL NA FRANÇA, onde ele analisa a experiencia da COMUNA DE PARIS), o socialismo é fase de transição ao comunismo, uma forma de sociedade sem Estado e sem Partido. E por isto, esta forma transitória, já deve trazer em si os elementos da forma acabada, qual seja, um Estado, uqe já é um NÃO-ESTADO, que sem dúvida não pode ser a reprodução do Estado Burguês, baseado na representação democratica, mas um Estado baseado na participação direta dos trabalhadores, a nova classe dominante.


Aliás, também a classe trabalhadora tem que apontar para a sua extinção enquanto classe, tudo se encaminhando para uma sociedade sem partido, sem classe e sem estado, numa auto-organização DOS PRODUTORES LIVREMENTE ASSOCIADOS.


Não se trata, portanto, de unir de maneira formal, as duas formas (capitalismo e socialismo), trata-se de rechaçar a forma política de organiozação capitalista, radicalmente, que é baseada na superioridade do individuo sobre o coletivo e reconstruir a forma histórica comunitaria, agora em um outro patamar, o da abundância de viveres, propiciado pela ciencia.


Só que isto não se atinge por um mero ato de vontade, há que se empenhar em entender a realidade à luz da ciência - O MATERIALISMO HISTORICO E DIALÉTICO - e identificar na realidade os pontos onde podemos atuar para que este processo histórico possa avançar no rumo que desejamos, sem querer dar saltos mais longos do que as nossas pernas.

As experiencias Russas, Chinesa e Cubanas, representam riquissimos laboratórios dessa nossa aprendizagem. Mas só podemos entendê-las se apreendermos a teoria. No momento, o que mais nos falta é estudo da teoria. Ficam todos(as) convidados(as).

Um comentário:

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  1. Não há um debate: os comunistas fogem do debate publicando as mentiras com o nome dos Liberais.

    Não há uma "volta da Russia, e da China à forma plenamente capitalista" pelo simples fato que nunca houve um sistema capitalista em qualquer dos países que se tornaram comunistas.

    Os países que se tornaram comunistas eram miseráveis, imperialistas ou monarquias atrasadas e serviriam de massa de manobra para os mercados internacionais, pois não possuíam uma elite comercial e industrial, apenas proprietária de terras e pessoas - escravidão.

    Por falta de espaço publiquei a resposta aqui: http://viabsb.wordpress.com/2011/05/02/cubanismo-os-brasileiros-pagam-a-conta/.

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