segunda-feira, 10 de maio de 2010

IMPLANTAÇÃO DE GRANDES PROJETOS NO MARANHÃO E O ÊXODO RURAL

Após assumir o governo do Maranhão em 1966, José Sarney em aliança com a Ditadura Militar e governos subseqüentes, seguiram a linha de implantação de grandes projetos no Maranhão: Projeto Grande Carajás, Alumar, plantação de eucalipto, cana de açúcar, soja, pecuária bovina, guseiras etc. Tudo isto com forte subsídio governamental tanto federal quanto estadual.

A SUDENE e SUDAM liberaram vultosos recursos subsidiados. O mesmo procedimento ocorre com recursos do BNDES.

Parcelas significativas dos grandes projetos foram implantadas com recursos públicos. Significam o investimento público para promover o desenvolvimento capitalista que beneficia apenas os proprietários.

Foram e são projetos altamente concentradores de renda e proporcional ao investimento, pouco gerador de empregos.

Além do mais, causadores do desmatamento sem planejamento como o caso da produção de carvão para as guseiras , constituição de desertos verdes de eucalipto e devastação do serrado para plantio de soja.

O resultado não poderia deixar de ser catastrófico para a maioria da população.

Provocou acelerado êxodo rural.

Analisando os dados do Censo Agropecuário 1970/2006-IBGE, constatamos que em 1985 havia 531.413 estabelecimentos rurais e em 2006 reduziram para apenas 288.698.

Ocorreu acelerado processo de concentração da terra.

Em 1985 o IBGE nos informava que o pessoal ocupado na agropecuária era 1.672.820. Em 2006 era apenas 994.144, redução de 40,57%.

Os governos que administraram o Estado aplicaram uma verdadeira política de terra arrasada para a população do campo.

Os projetos agropecuários subsidiados com recursos públicos não cabiam esta população que na prática foram expulsos da terra pela asfixia econômica .

Tiveram que migrar para as cidades do próprio Estado ou tentar sobrevivência perambulando pelo Brasil afora em busca de sobrevivência.

O resultado desta política que há 44 anos é liderada pela família Sarney, é o Maranhão estar disputando com Alagoas e Piauí os piores índices econômicos e sociais entre todos os estados brasileiros.

Não houve uma política de industrialização que pudesse desenvolver o estado e absorver com dignas condições a força de trabalho do campo que migrou para a cidade.

Um comentário:

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  1. Nildeth Maria Brandão11 maio, 2010

    Sou mãe de uma aluna da escola Lauro Tupinambá Valente, na Rua Coriolano Milhomem, Bairro Bacuri. Meu problema é o seguinte, ou melhor, são vários. O horário determinado para as crianças entrarem é às 13h30. Os alunos chegam no horário, mas os funcionários não estão lá; chegam às 14h00. As coitadas das zeladoras são que ficam correndo do portão para a sala de aula, para aquietar os alunos, enquanto chegam as professoras. A diretora, essa quase não aparece. A secretária sempre diz a mesma coisa: “ela chega mais tarde”, “ela não vem hoje”, “volte mais tarde”. A merenda escolar, minha filha todo dia chega dizendo que não lanchou porque não tinha fósforo pra acender o fogão, não tinha açúcar para adoçar o suco. Olha, eu não estou fazendo questão de minha filha lanchar, não; estou falando isso por causa das outras criançasque não têm como comprar lanche. Para onde tá indo o dinheiro da merenda escolar? Que escola é essa que a diretora não pode comprar um fósforo para acender um fogão? A secretária ainda diz para as crianças, numa boa, que não tem lanche por causas desses problemas. As crianças ficam jogadas na escola, até as educadoras chegarem brigando, furando uns aos outros com lápis etc. porque nem todas as mães esperam as ‘tias’ chegarem. É um verdadeiro absurdo. O ensino público está sendo levado com os pés, se me perdoem a expressão. Para que essas ‘tias’ fazem tanto curso? Senhor prefeito, minha filha só estuda em colégio público porque não posso pagar particular. Mas ficar como está não pode. Cadê seus supervisores, que não vêem isso? Fazem o que na secretaria de Educação? Ninguem visita as escolas mais? Vão lá na escola Lauro Tupinambá, façam uma visita surpresa antes das 14h00 pra ver se tem professor em sala de aula. Estou revoltada, porque nossos filhos são tao jogados! É porque estão lá de graça? E perguntem pela diretora! Não existe. Se tem um lugar que ela não pisa é no colegio. Pelo amor de Deus, vamos fazer uma reciclagem no ensino público, pois do jeito que anda não sei aonde vamos parar.
    (Nildeth Maria Brandão – Imperatriz MA)
    Estou mandando esta carta para todos os jornais e blogs do estado

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