sábado, 21 de fevereiro de 2009

PERSEGUIÇÃO AOS BARES DE "POBRES"

Fiquei abismado com o que aconteceu no programa policial "Bandeira 2" apresentado pelo repórter-vereador Raimundo Roma. Em um bloco uma comerciante, Sra. Íris deu depoimento indignada com a ação de policiais que "ordenaram" o fechamento do seu bar, nem sequer analisou a documentação que ela tinha em mãos. Quando a comerciante resolveu fazer um apelo ao prefeito Madeira via o programa a reação do nobre vereador foi de rapidamente tirar “o corpo fora” do prefeito, defende-lo dizendo que a ação dos policiais é de responsabilidade do governo estadual - me veio logo a pergunta: onde está o tal de municipalismo? - e que o prefeito nada tinha a ver com o que está acontecendo na cidade (acirramento no cumprimento no horário de funcionamento de bares).

Em outro bloco, outra proprietária de bar, apresentando toda a papelada "autorizatória" para que funcionasse até as duas horas da manhã. A comerciante relatou que os policiais que ordenaram o fechamento do seu bar argumentaram que o bar estava localizado em área residencial, logo tinha que fechar às onze horas, e que só é área comercial onde há indústria: "mas se bares só podem funcionar até as duas horas onde tem indústria teria que sair de imperatriz" disse a micro-empresária.


Na verdade, a polícia nada mais é que o "braço armado" dos governos (seja municipal, estadual ou federal) e o que está acontecendo em Imperatriz é uma versão imperatrizense do programa "cidade limpa" - dos trabalhadores ao invés dos bandidos - do governo CASSAB/DEM de São Paulo, a diferença é que o prefeito daqui se esconde por trás da polícia. Esta ação tem o objetivo de dar lucros aos bares "classe A" do centro da cidade, ele se equivoca ao fomentar esse tipo de ação acabando com a única forma de lazer dos moradores da periferia, que não visita os bares e casas noturnas do centro, achando que assim garante mais lucro aos empresários tidos como elite.

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